Capítulo 7 | Quebra do casulo

19 1 0
                                    

A vida não deveria ser tão complicada, não é mesmo?

A cada 26 horas matam alguém da comunidade LGBTQIA+, talvez em até em menos horas se os registros forem atualizados.

***

Por qual motivo é tão difícil nos mostrar por completo para a sociedade, digo nós da comunidade do vale, você sabe o que é o vale neh? Se não sabe pergunte a um gay e ele te responderá (risos). Contudo acho que a imagem abaixo irá lhe esclarecer.

Mas vamos lá, pergunta íntima, você já se assumiu para sua família? Me senti no bate bapo do MSN agora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mas vamos lá, pergunta íntima, você já se assumiu para sua família? Me senti no bate bapo do MSN agora. Mas, se sim, como foi a reação deles? Me conta ai nos comentários, que logo a seguir irei contar como foi a minha experiência.

Me assumi para minha mãe por volta dos meus 14, 15 anos, mas mães sempre sabem o filho que tem, se fazem de cegas muitas das vezes, mas sempre sabem.

Lembro muito bem de quando ela me perguntou sobre minha sexualidade, e lembro melhor ainda de por qual motivo ela chegou a essa conversa.

As bichas mais novas devem nem saber do que se trata, até porque só quem viveu sabe, mas você sabe o que é um disparate? Já teve um? Já fez de tudo para aquele menino que você tinha uma quedinha, hoje chamado de crush, responder?

Pois é, eu tive vários caderninhos, nos quais era feito o disparate, e muitos que também respondi. Era um caderno com várias perguntas, umas até muito intimas para aquela época, era uma febre na escola que estudei, e servia muito para saber quem era a fim de quem.

Eu tive um crush de pré adolescente, e quem nunca teve, não é mesmo? O meu era em um menino mais velho que trabalhava em um supermercado próximo a minha casa, ele era tipo um faz tudo lá

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu tive um crush de pré adolescente, e quem nunca teve, não é mesmo? O meu era em um menino mais velho que trabalhava em um supermercado próximo a minha casa, ele era tipo um faz tudo lá. Era o atendente, o ajudante, o entregador... e por ai vai.

Eu fiz um disparate e nele eu respondi que era a fim dele, e certa vez fui ao supermercado, e como alguém desleixado, fiz de conta que deixei cair meu caderninho entre o balcão das frutas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu fiz um disparate e nele eu respondi que era a fim dele, e certa vez fui ao supermercado, e como alguém desleixado, fiz de conta que deixei cair meu caderninho entre o balcão das frutas. Fui em um horário próximo de fechar, pois eu sabia que ao encerrar o expediente ele iria organizar as coisas, e lá encontraria o caderno, meu coração só faltava sair pela boca com a ideia dele ver e, quem sabe, sentir a mesma coisa.

Sai do supermercado as pressas, comprei apenas bombom, e agora iria para casa esperar o dia seguinte, queria ser o primeiro a chegar lá, pois iria dizer que havia esquecido meu caderno e que tinha ido buscar. Meu Deus, aquela noite não parecia ter fim.

***

Amanheceu, disse para meus avós que eu iria comprar o pão, me deram o dinheiro e fui. Peguei o caminho que passava por frente do supermercado, não sabia o que tremia mais, minhas pernas, minhas mãos, mas logo iria descobrir que era minha voz, pois ao entrar no supermercado quase não conseguia falar, de tão tremula que ela estava.

Bom dia - disse eu quase soletrando.

Bom dia chefe - disse ele, com um sorriso safado no rosto. Pensei logo assim, pronto, fudeu, ele viu e agora vai zoar com a minha cara. Mauricio, se você soubesse que seu sorriso fudia ainda mais meu psicológico.

Tomei fôlego e coragem e fui ao que interessava:

- É... deixa te perguntar, tu viu um caderninho pequeno por aqui, acho que esqueci ontem por aqui - Perguntei na cara de pau.

- Eita cara, vi não, mas se quiser dar uma olhada pode ficar a vontade - Disse ele pra minha decepção de inicio. Mas eu não entendia, ele continuava com aquele sorriso safado no rosto.

Fui no local onde havia deixado o caderno, e pra minha surpresa não estava no mesmo local, foi ai que tive certeza de que ele havia mexido nele, pronto ele sabia, e eu não entendia porque eu estava tão envergonhado se era isso que queria com esse plano.

Passei por ele feito bala, apenas gritei lá de fora que tinha achado e disse muito obrigado. Meu Deus, com que cara iria voltar naquele mercantil?

Fui pra escola aquele dia, mas eu não estava na sala, meu corpo sim, mas meu pensamento não. A professora falava e eu juro que via os lábios dela se mexer, mas não escutava uma palavra, pois meu pensamento estava ligado ao sorriso safado do Mauricio. A gente quando ta apaixonada fica tão abestado.

Quando dei conta já era o fim da aula, e no meio dos devaneios do meu pensamento me dei conta que tinha escrito isso no meu caderno:

Quando dei conta já era o fim da aula, e no meio dos devaneios do meu pensamento me dei conta que tinha escrito isso no meu caderno:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olhei para o meu caderno e fiquei parecendo um bobo. Fui pra casa sorrindo com o vento. Quando cheguei em casa fui logo tomar um banho, joguei minhas coisas na mesa da cozinha, o que naquele momento foi a coisa mais estupida que eu poderia ter feito.

Quando sai do banheiro, minha mãe estava lá, parada, com meu caderno. Meu corpo gelou quando ela perguntou:

- Caleb, o que significa isso? - Virou para mim, naquele momento, aquela bendita página.

E ai delicias do meu prazer, esse foi mais um capitulo, espero que gostem e logo mais solto a continuação.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 23, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Desventuras do amor (Drama Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora