donuts

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Estava a caminho da minha casa, eram em torno de sete e vinte e quatro da noite.
Haviam muitas pessoas pelas ruas, bastante lugares com diversas luzes coloridas acesas, muito som e conversa.

—Wonwoo! — parei subitamente de andar, virando meu corpo para trás. —Eu disse que pediria seu número quando estivesse fora do trabalho. — Mingyu sorriu, balançando o cartão.

Nossos olhares se encontraram facilmente. A sensação era eletrizante, parecia que eu havia levado um choque pelo meu corporate todo.

—Você... é inacreditável. — ri baixo, me aproximando. Coloquei a mão direita para atrás, procurando alguma caneta nos bolsos da mochila.

Mingyu sorriu.

Aquele sorriso brilhante e mágico, aquele sorriso onde você conseguem ver suas presinhas, aquele sorriso que você deseja morar para todo o sempre por ser tão lindo, te causa um relaxamento e felicidade de uma maneira instantânea.

Espera... Wonwoo? Do que você está falando?

—Então... — balancei a cabeça para o lado esquerdo, tombado a mesma. —Você quer o meu número?

—É. — Mingyu respondeu.

Ainda um pouco desnorteado, ou talvez, bobo o suficiente, assinei o meu número naquele card com a minha foto.

—Toma. Eu espero genuinamente que me ligue de volta. — entreguei o card, logo guardando a caneta esferográfica preta.

—Eu irei. Não faço as coisas atoa. — Mingyu olhou para o objeto em suas mãos. —Você fez até um coração? — perguntou de uma maneira um pouco desacreditada.

—Ah, eu fiz! — respondi simplista. —Espera o que? — a ficha caiu não é, Jeon Wonwoo? —Ann... é costume! Minha chefe sempre diz para os funcionários fazerem decorações fofinhas e bonitinhas quando vamos assinar, talvez seja isso. — eu senti o meu rosto começar a esquentar, em pouco segundos já estaria vermelho.

Mingyu concordou com a cabeça levemente, guardando aquele bendito cartão no bolso da calça.

—Você saiu do trabalho agora? — ele perguntou.

—Sim, foi sim.

—Quer comer alguma coisa? Eu pago.

—Mingyu, eu não quero abusar de você em relação a isso, eu estou falando sério. — sinalizei com as mãos.

—Wonwoo. — chamou minha atenção em um tom sério. —Eu estou te convidando, você aceita ou não?

—Mingyu, eu juro que não precisa! — insisti. —De verdade.

—Tudo bem, você aceita. — Mingyu pegou na minha mão, me puxando para atravessar a rua.

Nós dois andamos por cinco minutos até achar um lugar interessante para comer. Ficamos em silêncio o tempo todo e foi um pouco estranho pra mim... sabe, eu conheço o Mingyu mas ao mesmo tempo eu não o conheço.

—Eu gosto de donuts, podemos ficar aqui? — perguntei balançando nossas mãos, olhando para a cafeteria na cor rosa em um tom claro.

—Sim, o que você quiser, Wonwoo. — Mingyu sorriu. Entramos na loja e os meus olhos foram diretamente para aquela vitrine cheia de donuts coloridos com diversos cremes, recheios e coberturas. Fora os granulados brilhantes.

—Wow! — acabei soltando sem querer. —Quantas opções! — eu estava completamente animado.

—Pode escolher quantos você quiser. — Mingyu colocou as mãos no bolso, me olhando atentamente.

—Mingyu... — fiz um cara séria.

—Ei... — se aproximou do meu corpo. —O que eu tenho que fazer pra você aceitar o que eu te dou?

—É que eu não quero me aproveitar de você, é diferente!

—Só escolhe, tá legal? — Mingyu começou a olhar a vitrine também.

—Eu vou querer um de chocolate, um de morango, um de creme, um de café e um de limão. — arrumei a postura, deixando de ficar inclinado para olhar os donuts.

—O que vai querer pra beber? — Mingyu desviou o olhar para mim.

—Chá gelado de limonada. — continuei apreciando todos aqueles donuts, até que eu bati o olho em um específico. —Mingyu, Mingyu, Mingyu! — tentei segurar em sua mão, como uma forma de chamar sua atenção.

—O que foi? — perguntou com uma face confusa.

—Pode comprar um donut de creme de avelã? Por favor! — apontei para o doce.

Mingyu sorriu com seus caninos, eu senti que foi um sorriso sincero, balançando a cabeça em afirmação.

—Vai querer apenas isso? — Mingyu tirou a carteira de seu bolso, pegando seu cartão de crédito.

—É... — respondi tímido. —Só isso...

—Certo! — guardou a carteira, ficando com apenas o cartão na mão. —Me espera ali, por favor. Eu já volto. — foi em direção a uma atendente.

Fui ao lugar que o Mingyu pediu, deixando minha mochila ao meu lado.

where is my happy ending?Onde histórias criam vida. Descubra agora