- Pra onde vamos , mamãe ?
Segurava a mão da minha mãe e na outra segurava minha boneca Lucy, mamãe havia feito pra mim no meu aniversário de oito anos, com o pouco de tecido que tínhamos
- Vamos procurar um lugar seguro, vamos ficar bem, você confia na mamãe não é?
Eu assenti com a cabeça e olho ao redor da floresta onde já caminhávamos a horas, mamãe parecia aflita olhava ao redor como se tivesse com medo de um monstro, como as histórias que o papai me contava, aliás não sei por que o papai não havia ido passear com a gente não o tinha visto essa manhã
- Mamãe tô cansada
Ela então me pegou no colo e passou a mão no meu cabelo, posso sentir seu cheiro de alfazema..como eu gostava de sentir aquele cheiro
- Jaja iremos achar um lugar pra ficarmos
E então ela parou, sinto ela ficar tensa mas não consigo vê já que ela escondeu meu rosto em seu pescoço
- Aonde pensa que vai?
Ela me pôs no chão onde eu encarei o homem enorme parado em nossa frente era esse o monstro que papai descrevia nas suas histórias, tremo de medo rapidamente mamãe me pôs para trás de sí e então eu a vi puxar uma faca oque fez o homem sorrir maliciosamente, eu abraçava minha boneca e apertava os olhos com força, papai havia me dito que se eu fizesse acordaria do pesadelo mas não deu certo, por quê não deu certo? Papai mentiu pra mim?
E quando o homem avançou vi pela última vez minha mãe olhar pra mim, seus olhos pretos brilhantes como uma noite estrelada, seus cabelos negros grandes e ondulados, sua pele branca, ela era tudo oque eu queria ser quando crescer e é a última lembrança que eu tenho dela
- CORRA AURORA
Ela gritou e eu corri, mamãe já havia me alertado sobre perigos na floresta, quando ela pedisse pra eu correr, era pra eu correr o máximo que eu pudesse e foi isso que eu fiz. Corri o maximo que pude deixando Lucy e mamãe para trás e com elas minha infância.
Mas eu não fui muito longe , no caminho eu esbarrei em um galho que me derrubou mas não cai no chão, cai em cima de botas, botas marrons de couro olhei pra cima e vi os olhos castanhos escuros de um homem grande e muito barbudo, ele me deu um sorriso me pegando no colo
- está perdida garotinha? - e foi a última coisa que eu me lembro antes dele por um pano na minha boca me levando embora. Naquela floresta ficou tudo o que eu tinha, mamãe, Lucy e minha infância perdida.
10 anos depois, Inglaterra 1850
Em um conto de fadas normal, um passarinho pousaria no meu ombro e ratos seriam minha companhia em momentos como esse, eu arranjaria um príncipe em um baile e viveríamos felizes para sempre, possa ser que a minha história seja um conto mas as fadas morreram faz tempo.
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Efeito Borboleta
Teen Fiction"O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um furacão do outro lado do mundo" Antes mesmo de Edward Lorenz descobrir a teoria do Caos, ele já acontecia da vida de Aurora uma jov...