Por quê eu não te amo mais, Jaebum ?

Capítulo 44 - Eu não posso remoer isso para sempre

Terça-feira, 2 de Junho
Youngjae

- YOUNGJAE, PORRA !

Bufo, desistindo de tentar ignora-lo, virando-me ao ouvir seus passos se aproximarem, encarando o seu rosto vermelho de raiva. O meu não deve estar muito diferente também.

- Minho. - cumprimento baixo, curvando minha cabeça para ele. Agora que não somos nada, demonstro meu respeito para o mais velho, e como claramente sendo uma provocação, ele riu alto, colocando os dois punhos na cintura, esperando eu levantar minha cabeça para agora ele bufar - O que você quer ? Por que está me seguindo até o meu trabalho ? - sem enrolação, pergunto, começando a ficar impaciente com essa teimosia.

Eu ia sim falar com ele ontem, mas ele não veio, e eu percebi que não era realmente importante, então deixei para lá. Pensei que ele perceberia quando me levantei quando ele se sentou do meu lado, o deixei falando sozinho no ponto e entrei dentro do ônibus, e até olhei para a sua cara e atravessei a rua sem nem dizer um oi.

Mas cá estamos nós. Ou melhor, cá estou eu, sem um pingo da minha pouca paciência para esse cara.

- O que eu poderia querer, Youngjae ?! - preciso fechar os olhos e inspirar o mais frio ar quando ele continuou com o tom alto - Eu quero conversar sobre nós !

Abro os olhos, sorrindo de lado.

- Minho. - junta as minhas duas mãos, apontando para o seu rosto, ele segue meus movimentos com os olhos - Vou simplificar para que você entenda e me deixe em paz, ok ? - pergunto com meu tom delicado. Fino e doce. - Não existe mais nós desdo momento que você insinuou algum que eu NUNCA vou ser capaz de fazer. Poderia ti perdoar até aí, mas tomar o celular da minha mão ? - pergunto indignado, rindo pela sua expressão murchar - Gritar comigo ? Me acusar de mentiroso ? Quebrar o meu celular ? Querer me acertar por um ataque infantil de ciúmes ? Desculpe, Minho, mas eu não curto caras infantis, e eu pensei ter deixado bem claro isso.

- Ma...

- Não. - interrompo-o, dando um passo há frente - Eu não quero escutar seu drama, lamentações ou desculpas. Você fez e ponto final, comigo não tem duas ou meia chance, eu perdoo e tento entender muitas coisas, mas esse tipo de coisa eu abomino com todas as minhas forças ! - me deixo ser levado pelas minhas emoções, sentindo meu coração acelerar - Por quê eu não me apresento para os pais do meu namorado ? Bem, Minho, você descobriu a resposta. - dou só mais um passo, parando na sua frente - Todos são maravilhosos por 6 meses, o depois é que me interessa. É o tempo para que duas pessoas se conheçam. Infelizmente você se mostrou um lixo como os outros, felizmente eu pude ver o seu verdadeiro eu rapidamente. - olho de um olho para o outro da sua expressão confusa.

Levanto minha mão, tocando seu ombro, enfiando meu rosto no seu pescoço e soprando minha respiração no seu ouvido.

- Eu não quero uma criança comigo, eu quero alguém que confie e entenda o porque de todos os meus receios. Você não é ele. - sussurro baixo no seu ouvido, olhando para as pessoas que passam ao nosso lado com uma mistura de expressões - Você vai pagar a porra do concerto do meu celular e depois, Minho, nunca mais me procurar. Eu reconsideraria que fossemos amigos, mas... - com minha língua, passo rapidamente no lóbulo da sua orelha. Por sorte limpo. - não. Como todos, Minho, o problema não fui eu, e sim você, caralho. - ao ter seu olhar surpreso ao virar o rosto para me olhar, eu sorri mais largo, empurrando seu corpo para longe antes que suas mãos me tocassem.