Capítulo 50 - Eu vou acreditar que sim

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Sexta-feira, 28 de Agosto
22:40 p.m

- KYUNGSOO ! - berro, arfando de tanto correr eu viro mais um corredor, depois de cair nas escadas ao ter que usá-las por não conseguir esperar eu manco - KAI ! KAI ! - me jogo nos seus pés, minhas pernas falham quando o vi sentado no meio de duas cadeiras, e agarrando suas pernas, levanto meu rosto para o seu coberto por lágrimas - K-k-kyun... Onde... On... está... - aperto suas coxas, e quando suas sombracelhas se juntaram, suas mãos agarraram firmes meus ombros, assim como suas lágrimas, as minhas caíram, e eu não me segurei, me desmontando no chão.

Enterro meu rosto nas suas pernas, e sem me segurar, grito, esperneio, berro, soluço, e sinto tudo rodar quando seus dedos começaram a me alisar, soluçando mais que eu.

- E-ele... Ele está em estado grave. - agora um pouco mais calmo, levanto meu rosto, encontrando o seu em uma situação que nunca esperaria - M-mesmo assim, Youngjae, aparentemente seu corpo está reagindo bem, me pediram para esperar até eles nos darem alguma notícia. - agarrado os meus ombros, com sua força me força a ficar em pé, me arrastando até sentar do seu lado.

- C-como isso aconteceu ? - passo a palma da minha mão na minha bochecha, inutilmente tentando secar as lágrimas, que reaparece com novas.

Ele encosta na parede, desviando o olhar para a porta na nossa frente seus olhos se enchem de novo, e assim ele abaixa a cabeça.

- Y-youngjae... Eu... - inspira fundo, levantando a cabeça para o teto - Estávamos discutindo, Kyungsoo estava como o de costume, sem explicar o porque de sua raiva, sempre espera que eu saiba o motivo e o peça desculpas. Eu... eu... - não adiantando, as lágrimas descem pelas suas bochechas - Eu iria. Sempre perco, eu... Eu... Eu amo aquela porra, Youngjae ! - seus lábios tremem quando ele soca o ferro da cadeira com seu punho fechado - D-de repente eu ouvi um barulho de freio, então tudo ao mesmo tempo, os... os... gemidos d-dele... Eu gritava ! Eu gritava por ele ! Mas se veio algum mais forte e tudo acabou ! - com seus punhos fechados, pressiona nos olhos - Rastreei sua ligação, e ao chegar no lugar, liguei para uma ambulância, a... A terra estava afundando o carro... Eu... Eu pulei lá dentro... Tinha um buraco no carro... Quando... Quando o vi... - morde o lábio que tanto treme, desço meu olhar para sua calça rasgada e suja, seu moletom coberto por sangue, seu corpo, até o cabelo, com lama, assim como seus punhos estão roxos e seu pescoço completamente arranhado, está descalço e dois dos seus dedos estão com a unha quebrada - Meu Deus... - com seus dedos avermelhados, sujos, esfrega pelo rosto, sujando-o mais ainda.

Sem pensar, toco seu ombro com minha mão trêmula, tornando a chorar quando ele mordeu tanto o lábio que ao abrir sua boca seus dentes foram cobertos por sangue, tomando liberdade para agora abraça-lo, circulando meus braços no seu tronco, quase caindo da cadeira. O ouço gemer de dor no meu ouvido, suas lágrimas molhando meu cabelo, meu rosto.

Não tão diferente das minhas.

Oh, Kyungsoo... Meu amigo... Por favor... Por favor volte comigo... Não se vá assim...

Kyungsoo... Kyungsoo... Por favor, não me deixe... O que eu serei sem você ? O que eu sou sem você ?

Meu irmão... Não se vá primeiro que eu...

Seu filho da puta, não ouse me deixar nesse mundo louco sem você !

- M-me diga que isso é mentira. - ouço a voz de Mark, com dificuldade por achar conforto em Kai, me afasto do seu corpo, e me sentando, encontro o rosto vermelho de Mark.

Por quê eu não te amo mais, Jaebum ?Onde histórias criam vida. Descubra agora