O som da porta sendo praticamente socada me tirou dos meus devaneios.
Pacificadores.Cerrei meus punhos, lembrando que iria embora.
- Sim? -eu disse, a voz grossa.
- Está pronta? - um dos Pacificadores disse.
- Aham. -concordei com a cabeça.
Um deles agarrou meu braço, me puxando para fora de casa.
- Para onde vamos?
- Edifício da Justiça. Depois, para a estação de trem.
Fechei a porta, e sendo ameaçada e empurrada para andar, caminhamos rapidamente até o prédio.
Abriram as portas, e os Pacificadores me jogaram para dentro. Fomos em direção à uma porta prateada sem maçaneta, o que supûs ser a porta do elevador. Quando as portas se abriram, entrei sem reclamar, pois sabia que se o fizesse, seria machucada, ou jogada em direção ao chão da cabine. Um botão acendeu depois que um dos homens vestidos de branco o apertasse.
Bipe. As portas se fecharam.
Bipe. O elevador começou a subir.
Bipe. As portas abriram. Duas pessoas, suponho serem mais Pacificadores, entraram na cabine.
Bipe. As portas fecharam.
Bipe. O. elevador voltou a se movimentar
Bipe. A cabine parou.
Bipe. As portas abriram.Eu saí do elevador, escoltada por 4 Pacificadores. Agarraram meus braços, e praticamente me arrastaram até a última sala do corredor. Uma porta cinza, com a maçaneta quase caindo. Quando entrei, senti meu queixo cair ao ver os móveis do ambiente. Uma sala grande, pintada de azul bebê. Duas poltronas de couro azul turquesa e uma mesa de madeira com detalhes esculpidos nas laterais do tampo e nos pés. Um jarro transparente de água e 5 copos residiam em cima da mesinha. Me sentei em uma das poltronas. Logo depois, uma outra foi trazida. Ouvi o barulho da maçaneta pendurada sendo girada, e a porta se abriu. Vi minha mãe e meu irmão entrando,e se sentaram cada um em uma poltrona. Não disse nada, apenas os abracei mais forte que os meus braços me permitiam. Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu as deixei rolarem pelo meu rosto, molhando meu cabelo e as mangas do vestido de minha mãe. Quando me soltei, vi os rostos manchados de lágrimas de minha mãe e de Liam, meu irmão.
Me sentei na poltrona e desvirei um copo, e o enchi da água límpida e aparentemente sem impurezas que preenchia o vazio dentro da jarra de vidro transparente. Bebi lentamente, deixando o líquido passear pela minha boca.Engoli e deixei o copo na mesa. Levantei a cabeça, e vi minha mãe e Liam saindo escoltados por Pacificadores.
Alguns minutos, a porta se abriu novamente.Era...era Percy.
Ele estava com lágrimas nos olhos. Ninguém falou nada. Só nos fitamos intensamente por alguns minutos. Pelo menos até eu não conseguir ficar sentada. Me levantei correndo e o abracei. O abraço mais sincero que já tinha dado na minha vida. A única pessoa que realmente me trazia paz. Que me deixou feliz. Eu ia abandoná-lo. Me recusava. De um jeito ou de outro, indo sem hesitar ou recusando, ia parar na arena. Não importam as minhas ideias. As minhas reclamações. Porque aqui,o que importa é a Capital. E ela quer acabar comigo. E com todos nós, que vamos ser forçados a ir para a arena, lutar até que nossos corpos não suportem tamanha pressão. E só um vai ficar. Só uma pessoa pode vencer os Jogos Vorazes.
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The Hunger Games
Fanfiction"Eu vou matá-lo" Era tudo que se passava pelos pensamentos de Mitchie Collerman ao saber que iria para os Jogos Vorazes com o seu maior inimigo. Mas após diversos acontecimentos,será ela conseguirá mudar seus conceitos e escolhas para transformar J...