A DANGEROUS PASSION (versão adaptada)

Cap. 01

Olá leitor!
Espero que goste desse primeiro capítulo da nova (mas não tão nova assim) A Dangerous Passion, que eu estou trazendo pra você com o maior carinho ♥️ E claro, queira continuar por aqui, acompanhando :)

Não esqueça de deixar um comentário se tiver gostado! xoxo

***

Lembro que um dia antes do meu aniversario de dez anos, meu pai estava decidido a organizar nosso álbum de família, o qual estava abandonado no sótão desde que minha mãe havia falecido.

Aquele dia, a nostalgia nos pegou pelas pernas, e em meio a tantos registros de alguns momentos que eu nem me lembrava mais, meu pai me perguntou qual era a minha memória favorita que eu tinha com a minha mãe. 

Na época, não soube responder e por muito tempo me questionei, porque era tão facil esquecer as memorias boas enquanto as ruins...

*

Segunda, 06:00.

O celular soou àquela que era minha música preferida, ERA, até a minha brilhante ideia de usar como despertador. A receita perfeita para começar a odiar qualquer música, era usa-la como despertador. Eu sabia disso, mas aparentemente tinha me esquecido.

Segurei o travesseiro contra o rosto, como se aquilo fosse capaz de abafar o som do celular que estava há poucos centímetros de mim, na cabeceira da cama.

- Chega... – resmunguei pegando o celular, ainda sem abrir os olhos e o desliguei.

Esfreguei os olhos antes de conseguir abri-los e o peso nas pálpebras dava a impressão de que eu não havia dormido o suficiente, mesmo tendo ido pra cama as nove da noite. Talvez os culpados fossem os analgésicos que eu havia tomado antes de dormir, caso contrario não teria conseguido pregar os olhos a noite toda.

Tudo isso, por quê eu estava ansiosa para o dia de hoje. Na verdade ansiosa para o que isso representava. Meu primeiro, último dia de aula no colégio. Apenas mais um ano me separava de realizar um dos meus maiores sonhos.

Desde jovem eu dizia que iria para a mesma universidade onde minha mãe estudou e que me tornaria escritora, assim como ela.

Não era segredo pra ninguém, que eu tinha minha mãe como minha maior inspiração. Guardava comigo todos os livros que ela já havia publicado e seus cadernos de anotação com todos os rascunhos, onde ela escrevia todas as suas ideias brilhantes. Eu tinha minha mãe como uma verdadeira ídola, mesmo tendo passado apenas seis anos da minha vida com ela. Não foi tempo suficiente pra aprender tudo que eu tinha pra aprender, mas tempo suficiente pra saber que queria ser como ela.

- Bom dia! – meu pai disse abrindo um pequeno vão da porta, conferindo se poderia entrar. - Ainda está deitada?

- Estou, parece que um caminhão passou por cima de mim enquanto dormia... – resmunguei ainda com a voz de sono.

- Não seria diferente, você esteve tensa a semana toda. - ele disse rindo, indo até a janela para abrir a cortina. - Mas levante, hoje é o dia especial. – disse ainda com aquele bom humor que só ele conseguia ter todas as manhãs. Eu com certeza não tinha puxado isso dele.

- Eu sei, estou tentando.

- Vem, eu te ajudo!... – ele disse pegando minhas mãos e me forçando a sair da cama.

- Ok ok, ja levantei. - disse rindo, antes que ele me derrubasse.

- Ótimo, agora vá se arrumar, o café já esta na mesa. - disse satisfeito saindo do quarto e como se me conhecesse como a palma da mão, o que de fato conhecia, voltou antes que eu me deitasse novamente. - E não volte a dormir!