Cap. 07

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Eu estava descansando no sofá, ao lado do meu pai, que falava ao telefone com algum colega do trabalho. Connor entrou pela porta da frente e eu o olhei, confusa.

- O que você esta fazendo em casa agora? - perguntei olhando as horas no meu celular.

- Te interessa? - ele respondeu sem me dar a mínima e foi em direção ao seu quarto, subindo as escadas, mas parou no meio do caminho. - Aliás... - ele disse voltando e checando se nosso pai estava distraído o suficiente ao telefone. - Preciso que você faça algo pra mim. - ele disse sorrindo e eu o encarei sem entender.

- Porque eu faria... - comecei a questionar e logo me toquei. Olhei para o lado e papai não estava prestando atenção. - O que você quer? - perguntei revirando os olhos e me levantando do sofá, pra ter aquela conversa em outro lugar.

- Não é nada demais, preciso que você vá la na casa do Danny, entregar uma coisa que ele me pediu. - ele disse, assim que chegamos na cozinha.

- Porque você mesmo não vai? A casa dele é umas quatro quadras daqui e você tem um carro. - eu resmunguei olhando pra ele, enquanto ele abria a geladeira e procurava algo, de novo, não me dando a mínima.

- Não posso, hoje é meu aniversario de namoro... - ele respondeu tranquilamente, pegando uma maça.

- Nossa, meus parabéns, foda-se e dai? - respondi cruzando os braços.

- Eu preciso me arrumar, ué... - ele respondeu dando de ombros.

- Connor, são cinco horas da tarde... - eu bufei. Não era possível que ele ia me fazer de empregada a partir de agora.

- Meu Deus Hayley, você questiona tudo. - ele resmungou. - Será que você não consegue só fazer o que eu te pedi, sem fazer mil perguntas?

- Meu querido, eu não sou sua empregada. - eu rebati revirando os olhos.

- Bom, você quem sabe, eu posso mostrar aquele vídeo pro pai agora, que tal? - ele disse tirando o celular do bolsa e saindo da cozinha. Inferno de garoto.

- Ta ta, eu vou. - eu disse e ele parou me olhando com um sorriso idiota.

- Boa menina. - ele respondeu e eu senti meu rosto esquentar de raiva. - Vem, ta no carro. - ele disse saindo e eu o segui.

Papai ainda estava ao telefone, completamente envolvido com o que quer que fosse o assunto em questão. Saímos de casa até o carro do Connor que estava parado em frente a garagem e ele tirou uma caixa de papelão do porta malas.

- Não deixa isso cair de jeito nenhum, é de vidro. - ele disse me entregando.

- Não sou idiota, não vou deixar cair. - resmunguei tirando da mão dele.

- Bom mesmo. - ele respondeu, de novo, com aquele sorriso estúpido. - Ah, se ele perguntar de dinheiro, fala que eu pago ele semana que vem, sem falta.

- Você ta devendo ele? É por isso que você não quer ir? - eu o olhei sem acreditar em tamanha cara de pau.

- Talvez... - ele respondeu dando de ombros e voltou pra dentro de casa.

- Garoto dos infernos... - eu resmunguei, ajeitando a caixa nos meus braços e indo até a casa do amigo do meu irmão.

Danny era algum tipo de amigo da época da escola, que diga-se de passagem, meu pai não ia muito com a cara. Exatamente por isso, ele não costumava frequentar muito a nossa casa, mas meu irmão vivia na casa dele, junto com os outros amigos, mas desde que ele começou a namorar, acho que se afastaram um pouco.

Eu só sabia onde ele morava pelas incontáveis vezes que meu pai ia buscar Connor pelos cabelos, tarde da noite e eu tinha que ir junto.

Também não era como se eu conhecesse perfeitamente o caminho da casa dele, tanto que dessa vez, eu acho que estava perdida.

A DANGEROUS PASSION (versão adaptada)Onde histórias criam vida. Descubra agora