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Estão gostando de me acompanhar nessa aventura? Haha

Boa leitura, pessoal!



BENNET

Não imaginava que o vestido ficaria tão bem nela. Seios fartos, cintura fina e uma bunda que só pela misericórdia. Admito que analisei tudo, muito mais do que deveria, enquanto Mônica estava gostosamente corada em minha frente, até pude perceber os bicos dos seu seios se enrijecerem sob meu olhar. Eu daria a volta no quarteirão, nu, só para abocanhar aqueles peitos! Só fui perceber o quanto eu estava babando por aquela mulher quando Marta pigarreou ao meu lado, chamando-nos para tomar café da manhã com um risinho sacana nos lábios.

— Onde estamos indo? – abri a porta do carona e ajudei-a a entrar. Seth e Garret nos seguiriam a uma distância segura, não queria que ela soubesse da presença dos caras.

— Ao shopping.

— Shopping? Mas... – ela passava as mãos nas pernas a todo momento, olhando sempre para o retrovisor.

— Mônica, estamos seguros. –sem rodeios, encosto o carro, olhando dentro de seus olhos.

— Eu... eu... Ah, Bennet. –ela chora cabisbaixa. Minha vontade é de aninhá-la em meus braços, mas ainda não farei isso.

— Seja sincera comigo, está fugindo de alguém, não está? – ela assente, ainda com o olhar fixo em suas mãos; — Essa pessoa... Foi ela que lhe deixou naquele estado?

— Eu... precisei fugir, ele iria me matar se eu ficasse, eu juro para você.

— Ei, não se desespere, venha aqui. – tiro seu cinto de segurança e puxo-a para meu colo. Mônica se aninha como uma gata manhosa, apertando-me em seus braços enquanto pequenos tremores balançam seu pequeno corpo.

Ele.

Seria um namorado? Algum parente?

Estou aqui, Sereia, não deixarei nada de ruim acontecer com você. – prometo, quando sua respiração se tranquiliza um sorriso lindo surge em seus lábios.

— Obrigada por tudo, Ben. –ela beija meu pescoço e, depois de algum tempo olhando em meus olhos, retorna ao seu lugar.

O trajeto do Itaim Bibi, onde eu morava, até o Iguatemi São Paulo foi rápido. Em menos de vinte minutos estávamos adentrando o shopping e eu ainda queria tirar toda essa história a limpo, saber quem é o cara, mas aquela não era a melhor hora.

— Bom dia, posso ajudar? – a vendedora me aborda assim que entramos na loja e olho para Mônica aguardando sua resposta.

— Gostaria de ver alguns vestidos, por favor.

— Claro, me acompanhem, a seção feminina é por aqui. –lhe seguimos enquanto ela não parava de tagarelar. Algumas mulheres vinham seu freio.

Sereia não demorou muito para escolher as peças. Eu estava sentado em uma poltrona vermelha, muito confortável por sinal, enquanto bebia uma taça de Chandon. Cada nova peça que Mônica provava, vinha me mostrar. O tecido caía incrivelmente bem em seu corpo curvilíneo, e para mim todos ficaram maravilhosos. Mas sabe como é mulher, né?

— E peças íntimas? Sempre é bom renovar para dar uma apimentada na relação, não é, senhor Kisle? – essa era a Maria Tagarela Valentina, a vendedora.

— Eu acho melhor...

— Vamos lá, Sereia.

Animei-me e entrelacei nossas mãos, conduzindo-lhe até lá. Tinha lingerie para todos os gostos e tamanhos, e devo confessar que nunca imaginei ser uma área tão interessante. Imaginar a Mônica vestida em um lingerie vermelha como a que acabo de ver, já é uma alegria e tanto para minha mente maliciosa.

— Leve aquela. – aponto para as peças em um manequim.

— Não é muito... pequeno?

— Não, é perfeito para você.

— Você é uma mulher de sorte. Além de quente, seu namorado tem um ótimo gosto.

— Ele não é meu namorado, nós...

— Moramos juntos, na verdade. – A Sereia vira-se em minha direção igual a menina do exorcista, percebendo que deixei aquilo subentendido propositalmente.

Merda.

Voltem sempre! – pego as incontáveis sacolas, ignorando os olhares das outras clientes e algumas vendedoras sobre mim.

Deixei Monica no salão de beleza e fui guardar as sacolas no carro. Quem diria que umas simples compras cansariam tanto?

— Estou entediado. – Seth resmunga ao meu lado mais uma vez, tomando seu terceiro sorvete. — Muito entediado.

— Não era nem para você estar tão à vontade. Está em serviço, seu idiota, não esqueça que eu sou seu patrão. - ele bufa. Estou sem moral mesmo, não é?

— Posso estourar os miolos de qualquer pessoa daqui mesmo, sem ao menos tirar meu sorvete da boca.

— É bom mesmo.

— Relaxa, chefe. Estamos em um shopping, o que poderia acontecer?

— Uma miragem... – Garret se pronuncia pela primeira vez desde que nos encontramos, olhando algo atrás de mim com os olhos brilhando. Acompanho seu olhar e deparo-me com a verdadeira Afrodite, deusa do amor, da beleza e da sexualidade.

— Oi, rapazes. – e ela para bem em nossa frente.    


MORGANA

Os três estão de boca aberta, analisando-me da cabeça aos pés repetidas vezes. Eu deveria estar muito feia para eles ficarem desse jeito agora. Não houve nenhuma mudança radical, só clareei as pontas dos meus cabelos e coloquei um pouco de maquiagem.

Antes que qualquer um coloque em palavras o que está pensando, o celular de Bennet toca, tirando-o do torpor. Seth e Garret se entreolham e levantam-se.

Afinal, o que vieram fazer aqui?

Fala, Axel... Como assim brigaram? Elas não podem exigir porra nenhuma, caralho. Onde está o Olliver? E o Mason? Merda! Daqui a quinze minutos estarei aí para resolver isso – ele reclama furioso. Dou um passo para trás, com medo de sobrar para mim como sempre acontecia quando o Frederico se aborrecia, mas para a minha surpresa, ele suspira e entrelaça nossas mãos novamente, lançando-me um sorriso continuo.

— Pronta para conhecer a BK, Sereia? –assinto rápido, não por saber realmente o que é BK, mas sim porque quero ficar ao seu lado o maior tempo possível. — Comprem algo para almoçarmos, não chegaremos em casa a tempo. – Dito isso, Bennet me conduz até o estacionamento, enquanto os gêmeos tomam o caminho oposto.

Alguns minutos depois, estávamos parados em frente a um bar chamado Kisle's Club. Eu me lembro desse lugar. Passava por aqui quase todas as noites, enquanto procurava algo para comer. As luzes neon piscavam rapidamente, e o fluxo de clientes deveria ser intenso, considerando o grande número de seguranças e as pessoas bem vestidas que eu já vi entrando ali.

Bennet me guiou entre as mesas, o bar ainda estava vazio. Apenas dois homens com roupas escuras conversavam próximos à entrada que, provavelmente, daria para os fundos do bar.

— Bom dia, Sr. Kisle.

— Bom dia, Stuart.

— O que... –eu olhava o corredor iluminado por uma luz vermelha, tentando descobrir onde estávamos indo. Pouco antes de chegarmos ao final do corredor, em direção à saída, Bennet virou à esquerda e digitou uma série de números no painel acoplado a uma parede e ela deslizou. Um novo corredor era iluminado por pequenas luzes e duas letras em um tom neon de azul, piscando, me surpreendeu.
Eu só tinha uma única certeza: Ali era a BK e eu não sabia se gostaria de ver o que havia por trás daquelas portas.

BENNET KISLE -  Livro 1 da Série BKOnde histórias criam vida. Descubra agora