Férias

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As férias estão se aproximando, meu coração encontra-se pequeno, angustiado, não sei o que pode vir por aí, mas de uma coisa eu sei, preciso mostrar para Maia o quanto a amo, me pergunto como tirar um lindo sorriso dela (já sei, vou pegar meu celular).

Moça vocês entregam? - Sim. Por gentileza entregar e no cartão colocar assim: Que seja doce tudo o que tiver de ser!

Comecei a contar os dias, estava ansiosa para ver o quanto iria deixar Maia feliz. Chegou o tão esperado dia, estava chovendo, logo me preocupei com a entrega, mas me confirmaram que tudo iria sair bem, escolhi três lindas rosas, era um pequeno gesto de amor, de loucura, de vontade de ter ela para sempre em minha vida. Maia já estava suspeitando pois com minha língua grande quase contei tudo o que tinha planejado. Estávamos no trabalho, o telefone da sala tocou, atendi e era Maia. Mirella foi você né?! Tentei brincar, disse que não sabia do que ela estava falando, por fim ela desligou já estava próximo do horário de almoço dela, mas senti um frio enorme na barriga, quando pude perceber o sorriso no canto da boca, fiquei imaginando a quão tímida ela devia ter ido receber às flores na frente de amigos do trabalho. Um pouco mais tarde no meu horário de almoço eu fiquei com Maia conversando, ela me chamou de louca, mas ela tinha feito uma promessa de não brigar comigo. Na verdade, eu já tinha planejado tudo então para que ela não brigasse por causa das flores fiz com que ela me prometesse não brigar durante três dias.

O dia foi perfeito consegui tirar o sorriso de Maia, ela ainda não compreendeu o quanto a amo, ela é única. Chegou a sexta feira era meu último dia, minha cabeça estava a mil por hora, como seria meus próximos vinte dias sem aquele sorriso lindo, aquele olhar que me acalmava, sem os cuidados, sem os horários de almoços juntas, que tortura tudo isso, o que me resta pensar é nos goles do desgraçado, em todas as garrafas de whisky que pretendo beber, nas drogas que poderiam me acalmar. Os próximos dias seriam impossíveis sem a presença dela. Então ao terminar meu horário de almoço daquela sexta feira Maia me deu um presente, já imaginava o que era, fazia parte do livro que ela tinha me dado uns dias atrás para ler. Era uma pulseira na qual ela tinha desenhado em meu braço, ela comprou uma pulseira idêntica ao desenho que fez, e em um pedaço de papel ela me disse o quanto era importante, rapidamente desci as escadas, e pedir para que ela colocasse a pulseira assim como o desenho que ela tinha feito em meu braço. (Momentos poderosos Mirella).

Cheguei em casa, rapidamente tomei um banho, pensei em sair, mas não consegui, minhas pernas tremiam, sabia que logo iria acabar usando algo, ou beber demais da conta. Fiquei em casa ao telefone com Maia pois estava com medo dos próximos dias. Na verdade, não era medo dos próximos dias, era medo de perder a Maia por completo. (Boa noite Maia, amo você), então dormimos, chegou o sábado, arrumei a casa enquanto conversa pelo App de conversas com ela. Meu telefone tocou, - irmã vamos para uma festa em outro bairro. Conversei com Maia e por fim decidir ir. Um tempo depois já se encontrava na festa, tinha muitas bebidas, muitas pessoas, som alto, cigarro. O vazio estava me dominando, enchi um copo atrás do outro, fiquei conversando com Maia pelo o app, mostrando como tudo estava ocorrendo, já estava bêbada, já era tarde da noite, não conseguia parar de encher o copo, bebi um gole atrás do outro, era um cigarro atrás do outro. (Que droga se sentir assim), o rosto da Maia estava em meu pensamento a todo instante mesmo completamente embriagada.

Era tarde Maia estava com sono e meu celular estava prestes a descarregar, não podia colocar para carregar se não fosse perto de mim, o local não era de confiança, então desejei boa noite a Maia e continue a beber até não me aguentar em pé. Já era madrugada, meu irmão queria ir para outro local, um barzinho com a galera, me recusei a ir e fui deitar em uma das casas do beco, não dava para solicitar uber, pois nenhum uber aceitava corrida. Amanheceu, e meu celular carregou um pouco, encontrava-se melhor, então mandei mensagem para Maia, precisa vê-la antes de ir para casa, insisti, mas ela se recusou, não me deixou ir na casa dela, acredito que Maia estava com medo que ainda tivesse embriagada, ou que fizesse algo, pois tinha bebido a madrugada praticamente toda. Então Maia me mandou ir para casa, e disse que talvez fosse para lá. Bufei, não acredito que ela não me deixou ir, vim no carro bolada, chateada, era o fim.

Para Maia, com amorOnde histórias criam vida. Descubra agora