O MEIO

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Chegou o mês de junho, e nesse mês tem datas e feriados importantes, uma dessas datas importantes é o aniversario de Maia e o dia dos namorados. Conversando com um amigo do trabalho, ele comentou assim: ir Mirella tem que dar dois presentes esse mês, só que como iria dar dois presentes para Maia se a gente não namorava, então comentei com Maia o que ele estava achando da nossa relação, rapidamente ela brincou e falou é verdade tem que ser dois presentes, então entre horas de conversas sobre o meio (o meio é amor, nem amizade, nem namoro, apenas nos amar, sem definições e status) pedi Maia para ser minha meia namorada, ela relutou, tentou correr, perguntou o porquê da importância, continuei insistindo, afinal queria que ela desse uma chance para o nosso amor, um passo a mais que amizade, que fossem tentativas novas, um TALVEZ para um novo começo. Perguntei novamente, Maia quer ser minha meia namorada, ela aceitou. Dentro de mim estava uma explosão, Aaaaaa que felicidade, ela aceitou o meio, é uma tentativa, pode ser nossa chance para amar. Estava completamente feliz pela tentativa, mesmo com possibilidade de dar errado, e ciente de todas as possibilidades possíveis, mesmo assim, Maia tentar significava muito para mim, e dentro de mim.

Rapidamente no dia seguinte precisava começar me organizar dia 9 de junho se aproximava, o aniversário da minha meia namorada, liguei para minha irmã, pedi ajuda para fazer um pequeno gesto de amor para ela, me programei pra dormir na minha vó, assim seria mais fácil chegar cedo na empresa, sim no dia do aniversário dela, ela tinha que trabalhar, na verdade tínhamos, cuidei de cada detalhe com amor, Maia merecia o impossível, então foi o que fiz, quando chegou o dia do aniversário dela. Mandei um textão gritando Maia Eu Amo Você, fui correndo pra empresa, levei os presentes, e passei o dia tirando sorriso, atrás de sorriso. Maia acha que ela tinha ganho os presentes, mas na verdade só de ver ela sorrir quem ganhou cada presente foi eu.

Ao anoitecer ainda no dia do aniversário de Maia, ela foi beber, não acreditei, ela estava tomando vinho, ficamos conversando pelo app de conversa até Maia ficar bêbada e me ligar pra gente dormir, foi dormir com cheiro de vinho, sem tomar banho, e falando que queria vomitar, não tinha como não rir, sou eu que naturalmente estou bebendo o desgraçado.

Os dias passaram voando, e cada hora ao lado de Maia estava sendo completamente perfeito, o sentimento de ver ela tentando me deixava feliz, embora as vezes parecia que ela iria retroceder, porém nada conseguia parar os sorrisos pois no dia 12 à família iria crescer, compramos uma cachorrinha, então no dia dos namorados, ia ser nós duas, e nossa mais nova filha. Era quinta-feira dia 11, passei a manhã fazendo faxina na casa da minha vó, tentei entrar em contato com a mulher que iriamos comprar a cachorrinha mas ela não respondia, o dia estava longo, e confuso, incompleto, fazia tanto tempo que não passava o dia na casa da minha vó, mas tinha ao meu lado Maia e ter ela tornou meu dia melhor, Maia não sabe, mas estava contando os segundos para terminar, ás lágrimas estavam caindo em meios as brincadeiras com minha vó, que saudade estava do meu avô, como doía ver as fotos nas paredes, o quartinho de leitura, até a cadeira de balanço que ele dormia do nada, e na minha cabeça só vinha (Que saudade meu avô, porque você me deixou). A parte da tarde foi com Maia em ligação, fomos assistir série, compramos salgadinho, não nos desgrudamos, na verdade só um pouco, quando fui buscar a lembrancinha do dia dos namorados para Maia, porém voltei logo e corri de novo pra ficar com ela, mas ainda estava triste, é que saudade dói demais e não queria tomar o desgraçado, pois nem Maia, e nem minha vó merecia me ver daquele jeito, então falei pra Maia que iria tomar um calmante para dormir, ela concordou e nos despedimos pois estava apagando por conta do remédio. (Amo Você Maia).

Chegou manhã do dia 12, - bom dia amor meu vamos nos organizar. Assim fiz, me organizei correndo pois tinha chego o grande dia, iriamos pegar nossa cachorrinha, nossa filha, e o principal Maia iria dormir comigo possivelmente dois dias, mas para nossa surpresa a mulher sumiu, assim eu vi cair todos os nossos planos, logo pensei – não acredito que perdi os dois dias ao lado dela, não vai ser como planejamos, fiquei logo chateada, já comecei a pensar em sair, na verdade com tudo que aconteceu no dia 11 o surto era constante, que vontade de tudo, a todo instante. Maia percebeu que não estava bem, então mesmo sem a nossa filha ela resolveu ir comigo para a casa, meu coração mudou na hora, meus desejos sumiram, só pensava no bolo que queria comprar pra gente de sobremesa para a noite. Então largamos, pegamos o uber, o bolo e por fim chegamos. Não sei o que passava na cabeça de Maia, mas tudo era tão natural, parecíamos um casal e não um meio casal, ela arrumou a mesa com os doces e chocolates, fui organizar a casa, enquanto ela tomava banho, só faltava eu sair correndo, uauuuuuuuuuuu ela tá aqui, pedi os sanduiches, só faltou as velas e Maia falar que me amava para ficar ainda mais perfeito, depois ficamos largadas no sofá assistindo, fiquei mexendo com ela, deitei no colo dela, mas ainda estava com receios de fazer ou cometer algo que ela não gostasse e se assustasse, tentei ser cautelosa, e me doar em cada gesto, apenas para ama-la. Já era hora de dormir, íamos dormir juntas, mas dá ultima vez, cada uma tinha dormido no seu canto, dessa vez queria fazer diferente, precisava que ela me sentisse, me amasse nos pequenos gestos também, sem vergonha, coloquei o braço por debaixo do travesseiro dela e me aproximei devagarinho, no primeiro instante acredito que Maia estranhou, mas por fim cedeu e ficou ali abraçada comigo.

Para Maia, com amorOnde histórias criam vida. Descubra agora