Talvez o tempo diga

Capítulo 7

Está tarde, ele devia estar indo, mas não, continua ali, parado olhando para os números no relógio encima da mesa. Ele poderia mandar uma mensagem dizendo que não participaria do jantar, mas ele correria o risco de ouvir seu pai reclamar que ele era um irresponsável na manhã seguinte, Deus! Como a vida podia ser tão chata?

Ele se levantou e caminhou pra fora da  empresa, ele acenou pra um dos seguranças e entrou no seu carro.Ele realmente não se lembra do caminho que percorreu, ele queria deixar sua mente o mais longe possível da chegada do seu irmão mais novo. Andrew Deluca Dempsey chegara aquela tarde de uma viagem que vez pra Itália,seid meses , ele passou   seis meses na Itália. Seis meses de certa paz pra Patrick, mas agora ele está de volta, e Patrick estava a caminho de seu jantar de boas vindas, e era lá onde seu irmão mais novo iria contar como foi sua viagem dos sonhos.

Ele estacionou na frente da casa, suspirou pesadamente  antes de pegar seu casaco e sair do carro, era tedioso só de pensar o que ele passaria dali a cinco minutos. Então ele entrou pela porta, ouvindo risadas de felicidade vindo da cozinha.
Ele estreitou  os olhos quando viu uma Figura que não reconhecia.

~ Paddy!~ Sua irmã agarrou seu pescoço em um abraço.

~ Hey Mindy.~Ele sorriu a abraçando de volta.

~ Patrick!~ O outro moreno presente veio até ele e apertou sua mão.

~ Andrew!~ Ele disse se forçando a sorrir, tinha algo estranho nele.

~ Olha só  quem finalmente deu as caras.~ Sua mãe o abraçou fortemente e lhe deu um beijo na bochecha.

~ Não estou tão atrasado!~ Ele se defendeu com um sorriso que logo morreu quando olhou a figura loira logo atrás da mãe.

~ Pompeo!~ Seus olhos estreitaram por alguns segundos, quando estou ela lhe deu um sorriso leve. Ele  não via a loira a mais ou menos três dias, desde seu último almoço.

~ Senhor Dempsey.

~ oh, que bom!  Vejo que conhece minha namorada!~ Andrew falou com um sorriso, e Patrick o olhou estranhamente.

~  desculpe,Sua o que?

~ Namorada!~ Ele sorriu mais uma
vez. Andrew, claro porque não? Era realmente óbvio não?

Ele respirou algumas vezes antes de falar.~ Desde quando..? Quer dizer quando se conheceram?

~ Veneza, Ellen estava trabalhando em uma empresa por lá,  e nos conhecemos.~ os braços do irmão mais novo de Patrick rodearam Ellen e a trouxeram pra si. Então era isso?  

~ Ah Veneza, Claro! Eu só não entendo, o porquê  sou o último a saber dessa relação.~ Ele sorriu leve e olhou diretamente pra Ellen.

~ Não queríamos que o relacionamento do seu irmão com Ellen não fosse interferir no seu relatório sobre o desempenho dela.~ Seu pai disse em um tom orgulhoso que causava uma certa ânsia em  Patrick.

~ relatório?

~ Ah sim, depois de um mês de trabalho seu chefe, no caso eu, faz um relatório sobre seu desempenho. Estudou em Harvard  e não sabia disso? Acho que devo reescrever seu relatório.~ Patrick  soltou um sorriso presunçoso quando viu ela revirar as órbitas verdes, ele adorava poder irritá-la, por mais que ele estivesse irritado com essa situação. Claramente seu pai o pediu pra ficar afastado de Ellen, para que ele não interrompesse o relacionamento do outro amado filho. No fundo ele sabia que o que seu pai queria era não repetir a história de vinte anos atrás.

~ Vou pegar uma cerveja! Tequila Pompeo?~ Ele ergueu as sobrancelhas, tentando não se incomodar  mais com a situação.

~ Não senhor, obrigada.~ Ela respondeu suave, onde estava o tom atrevido que ele amava ouvir em sua voz? Obviamente trancado no fundo da garganta.

~ Que pena! Pensei que gostasse de Tequila.~ Ele sentiu a raiva saindo do olhar dela assim que ele passou para a cozinha.

Lá ele foi até a geladeira e puxou uma garrafa de cerveja. Ele se virou pra ilha e suspirou. Sua mão grande foi até a tampa e puxou ela.

~ não me diga que você dormiu com ela!~ A voz inconfundível de sua mãe ecoou atrás dele.

~ Não mãe, não dormi com ela.~ Ele pode escutar um  suspiro aliviado.

~ Então o que foi aquilo?

~ Aquilo o que ?~ ele perguntou distraído tentando ignorar a voz irritante da mãe atrás dele.

~ aqueles olhares, a provocação.~ Ele riu baixo quando a mãe terminou de falar.

~ somos amigos mãe, nada mais que isso. Aliás você já deve saber que seu marido me proibiu de me aproximar dela, e bom, agora está claro pra mim o porquê.

~ Por Deus Patrick, qual foi a última vez que você foi amigo de uma mulher?~ O moreno agradeceu pela garrafa de vidro na sua boca que  não o deixasse falar.~ Meu filho, não tente estragar a felicidade do seu irmão.

~ Ah claro, a felicidade do meu irmão! É  tudo que importa não é?  E a minha felicidade? Ele não se importou em estragar quando teve a chance!~ sua voz estava um pouco mais levantada, ele soltou o ar e tentou se acalmar. Ele olhou pra mãe por alguns segundos, pode ver bem lá no fundo  um pouco de dor, ele percebia isso as vezes nos últimos anos.~ Eu vou tomar um ar, me chama quando o jantar estiver pronto.

Ellen olhou pra ele, quando ele cruzou a porta da frente segurando uma garrafa, já pela metade de cerveja na mão,  ela olhou pro namorado e o viu sorrindo.

~ o que aconteceu  com ele?~ Ela perguntou para o moreno ao seu lado claramente se referindo a Patrick.

~ Não é nada, só o ataque de extremismo do Patrick, sempre tem um  desses.

(...)

Ele estava sentado ali a quase vinte minutos, tentando absorver tudo. Claramente não era nenhuma surpresa o fato de Andrew ser o  protegido, o filho de ouro, ele aprendeu a se acostumar com isso, ao longo dos anos essa foi sua realidade, a real é que ele não se importava, ele aprendeu a superar isso quando moleque, mas o famoso ódio ou raiva tinha voltado com os acontecimentos do últimos anos.  

~ Como você tá?