Pedro Alonso: TIED DOWN

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O encontrei no estúdio, na última gravação do seu novo filme, o qual pude acompanhar de primeira mão.

- Eu sei que talvez você tenha combinado algo com a equipe... Mas o que acha de sairmos fazer algo diferente?

Ele me encarou, o rosto sério mudando para uma expressão interessada.

- Como o quê? - perguntou, se aproximando até apoiar-se na mesa próxima a mim - E, boa noite.

Pedro pareceu pensar, enquanto eu só conseguia encará-lo.

- Eu conheço um lugar bem chique. Você quer dar uma de nobre hoje? - respondeu, por fim, com um sorriso esperto.

- Eu adoraria. - respondi.

Então, pegando minha mão e depositando um beijo sobre a mesma, como um legítimo cavalheiro, ele piscou para mim.

- Você tem roupa de gala?

- Tenho meu vestido de formatura. Você eu nem preciso perguntar.

Ele riu baixo, acariciando minha nuca por baixo do cabelo, o que causou arrepios, antes de se afastar.

- Eu te pego daqui a uma hora.

- Que seja a noite inteira, né? - murmurei para mim, mas ele ouviu.

×××

Em meu quarto, encarava o espelho, analisando minha aparência.

O vestido de tom escuro era lindo, comprido e com mangas que iam até o cotovelo.

Meu cabelo estava preso em uma trança embutida, que dera muito trabalho para ficar pronta, graças ao meu perfeccionismo. Já minha maquiagem era mais leve, sem deixar de ser sofisticada. Sorri para o espelho.

Estava parecendo uma deusa, convenci a mim mesma.

Pedro chegou exato cinco minutos antes. E, mesmo que já o tivesse visto elegantemente vestido, fiquei surpresa.

Ele estava com uma camisa social branca, um colete cinza e calça social de mesma cor. Seu cabelo estava ajeitado com gel, e seus sapatos reluziam. Aquela roupa combinava perfeitamente com sua postura confiante.

- Você está admiravelmente lindo. - murmurei. - Está de parabéns.

- E você está maravilhosamente gostosa. Mas isso não é nada fora do normal. - piscou, abrindo um sorriso malicioso.

Mordi o lábio.

- Vamos?

Ele estendeu-me o braço, virando-se para a porta.

- Nada como jantar com uma mulher belíssima.

Por algum motivo desconhecido, não ouvi a conjunção com, e sorri sozinha.

- Você já está pensando no depois? - questionei.

- Eu sempre penso em tudo, meu amor.

- Que pena, eu só penso em você, meu amor.

Ele abriu a porta para mim, inclinando-se e roçando os lábios nos meus.

- Farei todos saberem que você é minha agora.

Mordo o lábio inferior, contendo um sorriso.

- E você tem certeza de que sou sua?

- Tenho. Por favor, não me provoque logo cedo. Seria uma pena precisarmos parar no meio da estrada.

- Eu não acharia uma pena. - parei, contendo o riso - Mas não estou afim de estragar minha trança logo agora. Deu muito trabalho pra fazer.

- Podemos fazer outra trança, ainda melhor que essa. - fechou a porta, e foi para o lado do motorista.

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