Dick Grayson - Titans: YOU'RE SO COOL

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Acabei dormindo no sofá, dividindo-o com Jason, porém, mesmo que estivéssemos apenas dormindo, algo me dizia que poderiam acontecer muitas coisas.

Esfreguei os olhos, evitando contato visual com ele, e em seguida o cutuco, até que acorde.

Nos encaramos por alguns instantes, e ele voltou a dormir. Fechei os olhos e tentei fazer o mesmo.

E, certamente, coisas aconteceram. Meu cu foi comido pelo destino.

Dick nunca batia na porta antes de entrar, ou sequer apertava a campainha, simplesmente porque tinha a chave. Pode imaginar qual foi a minha cara ao abrir os olhos remelentos e dar de cara com ele parado no meio da sala?

— Bom dia, meninos! — digo, sabendo que podia bancar a sonsa.

Aproximo, e toco seus lábios, esperando que ele retribua o beijo, mas quando abri os olhos, ele estava encarando o que estava atrás de mim.

Como eu esperava, não demorou até que Dick entrasse atrás de mim. Ele, ainda mudo, cruzou os braços e ficou me encarando firmemente.

Fui até a cozinha, e regulei a cafeteira, depois corri para o quarto, jogando um monte de coisa, como roupas e cobertores em cima da cama.

— O que... — ele para assim que vê Jason. — Sua cama?...

Dick não continua, sua expressão apenas se amargura mais. Enquanto isso, Jason fica mais confuso.

— Eu nem reparei, acho que foi pelo peso. Estive jogando coisas pesadas sobre ela. — murmurei, indo até o quarto.

— Engraçado a cama ter quebrado logo quando o Jason dormiu na sua casa.

Gesticulo a porta para Jason, que pareceu entender o recado.

Possivelmente, não, com toda a certeza do mundo, tudo naquela cena parecia errada, mas eu não havia feito nada.

— Você dizia ser coisa da minha cabeça meu receio do Jason. — ele suspira. — Infelizmente, parece que não.

E aí, o que eu estava tentando evitar acontece: a culpa recai sobre meus ombros.

Sua expressão se mantém neutra, mas consigo ver seus olhos escurecerem. Ele se apoia no marco da porta, sem desviar o olhar.

— Você está enganado. — digo, tentando tranquilizar a mim mesma. — Mesmo que eu tentasse... — passo as mãos pelos cabelos. — Não consigo ter com ele o que tenho com você.

Ao contrário do que eu torcia para acontecer, sua expressão não se suaviza nem um pouco. Ele apenas me encara e arqueia uma sobrancelha.

— Você é fofo quando está irritado e pensativo, sei que está louco para rir.

Haha.

Talvez, eu não estivesse tão preparada para discursar sobre o que acontecera naquela noite, ou melhor, sobre o que não acontecera, ou sobre o quanto queria que ele estivesse comigo, por isso, fiz o que deveria ter feito em uma data especial.

Simplesmente agarrei sua mão e o arrastei comigo para fora de casa, ignorando seus pedidos de uma explicação.

Continuei correndo pelo quarteirão, tentando disfarçar as batidas aceleradas do meu coração com a desculpa do esforço.

Eu estava ofegante, apesar de praticar exercícios regularmente. Afinal, correr em disparada por um quilômetro deixaria qualquer um cansado.

Nem sua respiração consigo ouvir, sendo ele silencioso como sempre.

— Estou te levando a um lugar memorável, um beco.

Olhei para trás e, inesperadamente, ele revirou os olhos. Ele fazia aquilo quando estava melhor humorado.

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