Joseph Morgan: LA VALSE D'AMÉLIE

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Um pedido de: Isabelly589

A mão direita do príncipe pousou em minha cintura, enquanto a esquerda entrelaçou-se à minha.

Era a primeira dança da noite e ele escolhera a mim, que por puro respeito aceitei, nada além disso, é claro.

- Fale-me de você, pequeno lírio. - a voz rouca me causa arrepios. - As pessoas estão olhando para nós com interesse.

- Não há muito o que dizer a meu respeito, senhor. Minha vida é inteiramente comum se comparada à sua. - respondi, mantendo a cabeça erguida mas evitando encará-lo nos olhos, para que as pessoas não fofocassem ainda mais.

- Ouço falar muito sobre você, nem de longe poderia dizer que é comum. - ele pressiona mais meu corpo contra o seu. - Podemos sair dessa festa, a noite está linda.

Continuo evitando encará-lo.

- Vossa Alteza, não sei se percebeu, mas seus súditos estão nos observando de forma um tanto fixa. Se sairmos, vamos causar uma... má impressão.

- Já passei da fase de me importar com a opinião dos súditos, ao menos no quesito do que faço sem estar usando a coroa.

- Mas eu me importo, alteza. Afinal, ao contrário de você, eu não tenho a impunidade de ser da realeza. - respondi, de forma direta.

Ele ri, como se eu estivesse contando-lhe as melhores piadas.

- Não é como se fossem te apedrejar ao sair daqui, lhe dou minha palavra que qualquer comentário negativo relacionado à sua pessoa será imediatamente... Penalizado.

Arqueei uma sobrancelha.

- Nossa, que perigoso. -foi inevitável responder-lhe de forma provocativa. O instinto era maior que eu.

Ele sorri, contrastando com o olhar intenso. O príncipe era conhecido por seus encantos, como seus olhos, que falavam por si só. Ouço cochichos assim que a música acaba e suspiro aliviada.

Tento me afastar dele para poder me curvar educadamente, mas sua mão em minha cintura me impede. Sem querer, ergo a cabeça e encaro-o diretamente nos olhos.

- Acho que é hora de nos despedirmos, não? - meu tom sai mais confiante do que eu esperava.

Ele arqueia apenas uma sobrancelha, e nem tenta disfarçar o sorriso de canto que surge em seus lábios.

- Está me dispensando?

- Dispensando é um termo inapropriado. Digamos que fazendo o certo.

- Se fosse de fato o certo, você não pareceria tão hesitante quanto parece agora. - ele murmurou, deslizando sua mão por toda a extensão de meu antebraço.

- O que está sugerindo, vossa alteza? Não me parece apropriado que eu o siga para sabe se lá onde, mas se for o contrário... Acho que ninguém irá se importar.

- CORTA!!! - o diretor anunciou. - Fascinante, fascinante!

Nós dois nos afastamos, e sorrimos educadamente um para o outro. A tensão vivida pela personagem ainda varria meu corpo, impossibilitando-me de reagir com naturalidade ao distanciamento brusco entre nós.

Joseph parecia ainda mais atraente fora do personagem, o que por si só já era um problema enorme. A tensão que havíamos criado entre nossos personagens era palpável, mas boa parte se devia a nossa relação fora deles.

- Você foi muito bem, como sempre, pequeno lírio. - ele diz, baixo, com um sorriso sincero no canto dos lábios.

Assenti com a cabeça, revirando os olhos a menção do apelido, que ele usava dentro e fora de cena.

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⏰ Última atualização: Aug 28, 2022 ⏰

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