O amor em atitudes

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(...)

   — Você consegue caminhar? - Jungkook perguntou ao loiro antes de descer do carro.

— Uhum... - Murmurou. Ele estava melancólico, as coisas não estavam bem.

  — Eu vou cuidar de você, tá? - Procurou pelos seus olhos, que estavam tão apagadinhos. Enquanto isso, os ficantes do banco da frente assistia tudo de camarote.

   Jungkook desceu do carro, assim como Jimin, os dois adultos que estavam no carro esperaram entrar pela portaria do hospital para partirem com o carro para outro destino.

  — O que você acha deles, Nam? - Perguntou Jin.

  — Fofos. - Respondeu simplista. — Você viu, aquele Jungkook é um menino de ouro...

  — Sim, eu tenho medo disso, sabe... - Soltou.

  — Do quê? - Perguntou o mais velho.

  — De o Jimin pensar que eu não me importo com ele, o Jungkook tem feito um papel tão lindo, sinto que deveria ser eu ali com ele...

  — Não, claro que não, você sempre está com ele, Jimin gosta de estar com Jungkook, eles se conectam, é diferente.

  — É... Você tem razão. - Suspirou cansado. — Eu tô cansado, vou voltar a trabalhar daqui uns dias, eu não sei como ele vai ficar aqui, estou cheio de preocupação.

  — Vai dar tudo certo, meu bem... - O olhou, logo estacionando o carro em seu destino.

(...)

   Jimin e Jungkook quando estavam sozinhos pareciam entrar em uma bolha, onde nada mais importava do que a companhia um do outro. Era incrível como se tornaram dependentes um do outro, como se o carinho e atenção de Jungkook fosse a força de Jimin e a força de Jimin, fosse a esperança de Jungkook. Quem ama antes do beijo, ou do toque, entende o que é amar.

  Em um momento de fragilidade, tudo que Jimin queria era deitar no colo de alguém e ficar quietinho. Era exatamente isso que Jungkook faria. Mas antes, Jimin entrou no pequeno banheiro para tomar um banho quentinho, naquele dia frio, pra depois deitar-se.

  Jungkook foi quem arrumou suas roupas, elas tinham o cheirinho de Jimin, era tão gostoso. Enquanto separava as roupas do menor para vestir, aproveitou para guardá-las na pequena cômoda onde tinha em todos os quartos, cujo paciente passaria mais de meses ali.

   — Eu deixei suas roupas na porta do banheiro, tá bom? - Disse em bom som para o garoto ouvir.

  — Tá bom, obrigado Jungkook... - Respondeu no mesmo tom, com um sorrisinho bobo nos lábios.

   — Eu vou dar uma andada por aí, pra você se arrumar, eu já volto... - Saiu pela porta recebendo um murmúrio de aprovação.

  Pernambulando pelos corredores do hospital, encontrou Taehyung, que assim que avistou o menino, lhe parou no meio do caminho.

  — Ei, hoje na sua fisioterapia, a gente precisa conversar. - Disse em um tom sério, mas não bravo.

  — Oi Hyung! Ahmm... Sobre o quê? - Disse um pouco confuso.

  — Sobre você. - Disse vestindo sua máscara. — E eu já disse pra usar máscara, aqui é cheio de vírus e bactérias, já te disse, não vou avisar de novo. - O repreendeu.

  — Tá bom, desculpa. - Se curvou. — Te vejo as duas. - Se despediu.

  — Tá, não esquece hein. - Piscou, seguindo seu rumo para a área da UTI, que ficava no segundo andar mas para isso teria que ir ao segundo corredor subindo.

Em busca da cura - Três meses para viver.Onde histórias criam vida. Descubra agora