16. Éden

5 1 0
                                    

31/03/309 01:00
Milla Øn

Nosso turno ia das 00:00 até 04:00, mesmo passados esses dias comendo carne de cobra, isso não era o suficiente para todo mundo se manter bem, um garoto chamado Gabrian come muito, como se fosse um adulto de 30 anos, e sinceramente nem eu estou me alimentando bem, as aparências de todos nós poderia ser resumida em rosto apático com olheiras fundas, com um pequeno relógio que Talco possuía guardado vimos, tínhamos muito tempo para achar essa comida.

- Vocês têm certeza que têm comida aqui? - Perguntou Valéria incrédula
- Certeza, e é em algum lugar lá em cima - Falou Chai
- Parando pra pensar, sempre tivemos uma laje e sequer pensamos em ir lá, isso não faz sentido - Decretou Brunette
- Mas, não é melhor ir lá só quando trocarmos de turno? Assim alguém fica vigiando - Falei
- Vamos só vocês duas então - Falou Valéria
- Tá doida? E se tiver alguém lá, e querer me matar? Como vou me defender?
- Então vai uma de vocês duas e Brunette - Continuou ela

- Ok mas porque não esperar até o próximo turno? Assim vamos nós quatro - Disse Brunette
- Ah, quer saber, vai ser rápido, bora lá todo mundo, não é possível que nesses minutos alguém vai aparecer aqui e assassinar todo mundo dormindo - Falou Valéria
- Na verdade é possível - Continuou ela chocada

Enfim, decidimos ir Brunette e eu, Valéria é forte e rápida o suficiente para dar conta de algo se acontecer, nunca tinha citado antes, mas Valéria é uma garota de estatura média e magra, mas em meio a conversas paralelas alguns de nós acham que ela é mais forte que a Brunette, se é verdade não sei, mas eu vi ela ganhando queda de braço de várias pessoas.

Subimos as escadas do térreo rumo 1°  andar, tudo escuro, era estranho, 2° andar, mais escuro ainda, era sombrio, tão escuro e uma penumbra que parecia te estrangular, apesar da escuridão meus olhos se acostumaram e graças à uma pequena luz que vinha da janela de um quarto conseguimos ver uma escada de parede e uma pequena porta no teto, apesar de pequena era o suficiente para eu e Brunette entrar

- Quem vai primeiro? - Perguntei
- Acho que é melhor você - Falou Brunette nervosa
- Eu porquê? Acho melhor você ir - Falei olhando por alto
- Mermã, com minha sorte, se eu subir primeiro com certeza vai acontecer alguma merda - Disse ela com a mão na consciência
- Faz assim, eu subo na escadas e você já sobe assim que der, e tentamos entrar mais rápido possível, porquê parece aquelas cenas em que se eu entrar primeiro com certeza vou ficar lá em cima sozinha, porque a porta vai se trancar sozinha!

- é, tá bom...

Demos nosso jeito, e subi primeiro, mas deixei meu pé ainda num degrau, e coloque a cabeça pra ver primeiro, não tinha nada, só um cômodo que parecia um dispensa.

- Bora filha, sobe que eu não quero ficar cheirando teu chulé não - Reclamou Brunette

Eu subi tudo, e logo depois Brunette subiu também.
Daqui de cima a vista era...
Incrível, eu nem tinha percebido antes, mas esse lugar, era tão bonito, e a lua, não tinha lua, mas o céu era bem mais "brilhante" de alguma forma era muito claro.

Brunette suspirou fundo:
- Eu nunca tinha visto essas constelações, as estrelas parecem enormes - Falou ela admirada

Realmente eu nunca tinha parado nem pra olhar o céu desse lugar, que apesar de horrível, o céu era incrível

- Enfim, vamos achar a comida como duas ratazanas com filhos pra criar - Sorriu Brunette
- É como dizem, você precisa achar comida para não perder a vida - Falei abrindo os braços
- É você precisa achar a comida pra encontrar o amor da sua vida Milla, o amor da sua vida... - Falou Brunette corrigindo
- Tsc, cala boca

...
Depois de algum tempo chutando a porta do único lugar que podia ter comida e falhando miseravelmente, eu estava cansada já
- Mas que INFERNO! - Gritei
- Nossa olha o eco que fez Milla, também quero gritar, CARALHO!

O Eco levou nossas vozes: Ralho alho alho...

Que merda.
...
Brunette se levantou e deu uma voadora na porta, e depois começou chutar violentamente:
- Puta que pariu!

Pariu pariu pariu...
Cansada ela se sentou do meu lado, e começou a observar as estrelas também
- Será se vamos sair daqui? - Perguntou ela com um semblante longicuo
- Eu não sei, as coisas são tão estranhas, eu sempre reclamava das coisas e agora, tudo que eu quero é viver uma vida de verdade - Respondi
- Quando eu sair daqui sabe o que vou fazer? - Falou ela esperançosa
- O que? - Perguntei olhando pra ela e muito curiosa
- Um pancadão, uma festa de arromba, depois disso, eu vou comer pão, e depois eu vou pescar - Disse fitando o horizonte
- Porque pescar? - Perguntei muito confusa
- Porque é uma coisa simples, temos que dar valor as coisa simples da vida, são momentos esses que nos rendem boas histórias - Falou rindo
- É verdade, pescadores têm muitas histórias verídicas - Ironizei

Ela riu

- Se eu sair daqui - comecei - Vou aprender a fazer crochê!

- Isso é um pouco inesperado - Disse ela franzindo a testa
- É porque o crochê é uma coisa que todos que fazem parecem se divertir, você sobe e desce com a agulha, se uma coisa der errado você tem que recomeçar, parece complexo mas apenas exige técnica, e é uma coisa que eu sempre quis, mas parecia coisa de velha, então deixei pra lá - Sorri

- Bem, você faz crochê e eu pesco, parece divertido, os dois usam linhas, eu gosto da natureza, porquê parece o paraíso sabe, até às árvores desse lugar, por mais que coisas ruins tenham acontecido aqui, lá parecem ser um lugar pacífico.

- É isso! - Gritei
- O que menina tá doida?
- Brunbrun, o lugar mais próximo do céu aqui, não é o lugar mais alto como eu pensei
- O quê? - Perguntou sem entender nada
- Presta atenção, se você quisesse esconder algo de alguém num lugar como esse, o melhor seria num longe de suspeitas, e não no próprio prédio onde eles moram
- Tá e onde seria senhorita Sherlock Holmes? - ela debochou legal
- No lugar onde Dehs nos disse que uma das pessoas fugiram, no lugar onde pessoas sumiram, onde sempre acontecia algo perto de lá, o aparecimento do Mouro, tudo sempre lá, a Floresta, é lá que eles guardam tudo.

Os nosso olhos brilharam

- Talvez tenha uma espécie de bunker- Falou ela
- Talvez, de acordo com o Liu, parece que tem alguém entre nós, mas pode ser que não, talvez quem estiver fazendo tudo isso com nós fica em algum "Bunker"

Brunette se levantou:
- Precisamos falar com eles! Nós duas sozinhas pode ser perigoso
- Vamos reunir os mais fodões desse lugar, o dia da caça será hoje! - Gritei
- Eles jogaram armas em nossos rostos e agora iremos matar todo mundo! - Disse Brunette com um riso diabólico

Por um momento eu achei que eu podia ser louca e estar ouvindo vozes, mas Brunette acreditou em mim sem ao menos questionar, mesmo sendo insano confiou em mim de procurar algo que pode  não existir, ou que se existir pode nos fazer correr um risco, e eu vou correr esse risco porque eu acredito
Aí...

- Mas como vamos fazer isso, exatamente? - Falou ela me olhando

Escola InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora