12. Invasão de Propriedade

9 0 0
                                    

Dehstruida ON

O ar não estava normal, todos ao meu redor começaram cair, um gás saia de instalações no teto, estava escuro pois estamos sem energia eletrica mas dava pra saber que algum gás saia, retirei minha blusa e cobri meu nariz e boca rapidamente com ela, mas já era tarde, provavelmente inalei uma pequena quantidade do gás, mas eu ainda tinha que fazer algo, com fome, naquela penumbra tenebrosa, eu tinha que fazer alguma coisa, reunindo força de onde não tem, ou muito conhecido mundo afora; na força do ódio fui até a porta, e dei um chute, o mais forte da minha vida, nada aconteceu, era o fim, minha visão já limitada tentava alcançar alguma esperança, e então, tive uma ideia, juntei o resto de força que me restava e entrei dentro do banheiro, era o único lugar que não havia contato direto com o gás, e assim que eu abrisse a porta, bem... Não custa tentar minimizar o efeito, nesse momento comecei ouvir algumas vozes então.
Decidi ir engatinhando até meu destino, talvez eu não tenha inalado gás suficiente pra fazer efeito, eu espero...

...
...
...

Eu ouço vozes...
Onde estou?
Ah sim, eu entrei no banheiro, talvez eu tenha desmaiado, mas um barulho vem de fora, acho que ninguém me viu, sendo sincera minhas pernas tremem como dois fios de fones de ouvido que balançam enquanto você dança, eu consigo ouvir uma voz feminina, ou talvez esteja errada, claramente ouvi uma voz masculina

- Infelizmente a situação saiu de controle, ele ter nos descoberto pode arruinar tudo. - Eu não conseguia identificar a voz
- Alguém mais sabe disso? Ele contou para alguém - Exaltou uma voz assombrosa
- Eu não sei, mas isso foi longe demais, vamos aproveitar que eles estão dormindo para arrumar essa bagunça.- Era uma voz muito suave
- Não podia esperar para eles dormirem normalmente? - A mesma voz que eu não conhecia
- Se eles ... Então... (Eu não ouvi direito o que essa pessoa falou)
- Ótimo ideia, acho que em duas semanas apenas 20 deles estarão vivos.- disse um
- Ris, acho melhor você iniciar o segundo slide, vamos terminar isso de uma vez, o mundo já não é o mesmo, essa é nossa única chance.- A voz assombrosa disse com um tom agressivo.

Quem é Ris?

- Eles são apenas humanos, nunca vão entender um propósito desse nível, mas vamos ter que forçar, aqueles que não acordarem após 12 horas não poderão mais se levantar, e será The End pra eles hahaha- Berrou uma voz histerica

- Tô com fome trouxe algo pra mim? Passei o dia sem comer com esses miseráveis.- Falou baixo a voz

Foi aí que percebi, eles estavam próximos do banheiro.

Eu estou tão confusa, será se isso é real, ou estou sonhando, estou louca? Ou isso é... As pessoas responsáveis por nossas desgraças estão aqui.

As vozes foram ficando distantes, mas em meio ao breu e ao silêncio eu ouvia seus passos, não conseguia entender muito bem nada, mas eu estava com muito medo, preciso fazer algo, se eles me pegarem vou estar muito ferrada.

A porta do banheiro estava aberta, coloquei a cabeça pra fora, havia uma pessoa com uma lanterna na mão, não consegui ver o rosto, as outras duas vozes que ouvi não estavam ali, provavelmente subiram para os quartos, talvez procurando alguém que esteja acordado assim como eu.

Droga e se eles nos matarem um a um.
Já sei, na cozinha tem uma faca.
Eu estou no banheiro, ele é perto da entrada, ou seja eu posso ir pra fora, depois da porta que tem a cozinha, se eu passar em frente a porta muito provável que serei avistada por causa da claridade, ao lados do banheiro há os quartos Q2 e Q1 respectivamente, em frente ao quarto Q1 tem a sala e em frente as escadas, a pessoa de laterna está em frente as escadas, há corpos no chão, todos dormindo como pequenos filhotes de garça, puta merda o que eu faço.

Modo loucura ativar!
Esperei a pessoa virar para as escadas (isso demorou um bocado) e então me deitei no chão e comecei a tirar como um pião, então eu parava quando estava tonta e dava um jeito de olhar se ele estava virado para cá, então fiz isso até que consegui sentir a bancada da cozinha, então entrei para a parte de dentro, a cozinha é separada do 'refeitório' apenas por uma bancada alta, então eu podia ficar agachada mas não em pé

então eu me virei em direção a prateleira e havia um rosto, eu falei da ponta do pé aos fios de cabelo, tentei gritar mais nem voz saiu.
- caramba que susto! - Falou sussurrando
era a voz de Gyana

Ainda espantada e com o coração a 170bpm indaguei sussurrando também:
- O que está fazendo aqui? Como está acordada?
- Eu que pergunto, como você conseguiu?
- Eu desmaiei por uns minutos, mas inalei pouco então o efeito foi bem reduzido em mim, mas e você?
- Eu estudei uma matéria que só íamos aprender no 3° ano, mágias brancas, então eu joguei um mantra em mim mesmo, impede que eu caia em boa-noites-cinderela, o efeito colateral é que remédios pra dormir também não fazem efeitos, no fim foi uma coisa boa, mas agora temos que fazer alguma coisa.

Ninguém merece, com tantas pessoas para mim encontrar logo ela?
- Come isso - Disse ela me entregando uma barra de cereal
- Você envenenou isso?
- Se eu quisesse te matar tinha feito barulho enquanto você rodava igual uma bola de futebol americano.

Comi a barra e era a melhor que eu já comi, mas agora outra dúvida, como ela tinha comida? Depois pergunto isso.
- Vamos sair daqui, se eles nos verem é o nosso fim - Falei olhando para a porta

- Eu não vou sair daqui sem a Griela, não posso deixar minha amiga com essas desgraças
- Então qual seu plano gênial? - Falei arqueando as sobrancelhas
- Vou fazer o feitiço virar contra os infelizes
- Vai fazer bruxaria? Perguntei esperançosa
- Eu não sei fazer mágias negras, a não ser que eu tivesse um livro, mas vocês queimaram o que eu achei, temos que fazer da moda antiga

Minutos depois

- Eu não posso fazer isso tá doida? - Arregalei os olhos
- É o único jeito, eu ouvi o plano deles, estão implantando escutas e alguma coisa, também ouvi dizendo que vão se livrar de uma das provas, se não fizermos algo, alguém pode, e vai, morrer!

Pior que a infeliz tinha razão, era agora ou nunca...

Peguei uns pratos de vidro silenciosamente e então me levantei e sai correndo, a pessoa com a lanterna ouviu meus passos, e corri o mais rápido que pude.

- CUSCUZ - gritei

Com aquela luz na minha cara joguei os pratos como discos de frisbee em sua direção.
Gyana nesse momento veio correndo, enquanto isso comecei a brigar com ele, eu ainda não conseguia ver seu rosto, sua lanterna caiu no chão, e ele tentava me derrubar com chutes, eu quebrei mais um prato na cara dele, ele segurou um dos meus braços, e com o caco de vidro que eu estava na outra mão cortei seu antebraço, ele começou gritar alto, e ouvi os passos dos outros vindo, nesse momento furei sua barriga e sai correndo em direção ao quarto Q1, entrei e fechei a porta, Dante e Armin estavam lá dentro dormindo por causa do gás, tentei acorda-los mas não consegui.
As pessoas começaram a chuta a porta e gritavam
- Vou te matar, abre essa merda
E chutavam, cada vez mais forte, a porta iria se romper.
Bem, se tudo desse certo o plano iria dar certo.
Gyana havia se escondido do lado das escadas, então enquanto eles batiam na porta, ela chegou na ponta dos pés e bateu na cabeça de um com uma panela de pressão.

- DEHSTRUIDA AGORA! - gritou ela

Abri a porta e um deles estava caído, tinha mais um em pé, e ela estava brigando com ele, era forte.
A pessoa a pegou pelos cabelos e começou a rodar ela para um lado e outro, e a chutava, então dei um pulo e fiz meu ataque secreto, pulei nas costas dele, subi até os ombros, e fiz um leglock no seu pescoço, ele começou me dar socos, mas meu ódio era mais forte, e então ele desmaiou.
Eu estava exausta, ainda tinha fome, olhei pra Gyana e ela me olhou.

- Está preparada? - Começou ela
- Vamos descobrir quem são - Falei

Preparei para tirar sua capa que cobria o rosto, e nesse momento a pessoa que eu inicialmente briguei saiu correndo para fora do alojamento.

- Merda!



Escola InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora