1° Capítulo - GRATIDÃO

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Eu sei que vocês lembram de mim, Wera me convidou para almoçar na casa dela e eu aceitei, mas pensando bem numa escala de 0 a 10 quanto que você acha que pode dar errado?

A mãe dela e ela, se parecem bastante. Os cabelos loiros grandes e lisos brilham de tão hidratados, acho lindo. A pele clara e os olhos caramelo esverdeados, se misturam com o branco da luz do sol. A mãe de Wera e o marido se separaram há alguns anos, mas continuam amigos e vivendo na mesma casa, até porque ela tem espaço para duas famílias numa boa, cara. Eu lembro de quando eu era menor e achava que Riacho Cristalino era só a parte onde eu moro, no Sul da cidade.

Quando eu ganhei a bolsa pra estudar numa escola particular, tudo que eu sabia antes se igualou a zero. Não porque o ensino público era ruim, na verdade era ótimo. Mas agora eu vivo num cenário diferente, lá ninguém passa fome ou vive numa casa com goteiras, as pessoas simplesmente não correm desesperadas e se jogam no chão ao som de mais um tiroteio durante o dia.

Aqui, no bairro onde Wera mora, moram também as subcelebridades locais e pessoas importantes na cidade. Por causa de um dos projetos que Wera encabeçou, metade das casas desse bairro vivem tendo desconto de 50% a 70% o que dá a possibilidade e oportunidade para algumas pessoas viverem num lugar melhor, talvez futuramente eu possa morar com a minha mãe e o meu irmão em uma dessas casas.

- Você está bastante pensativa, preocupada com sua mãe? - Wera pergunta enquanto dirige em direção a garagem. A garagem era gigante, cabiam ali os 3 carros da família e um espaço para churrascos, pouco mais a frente da casa, temos um jardim imenso rodeado de chafarizes, e estátuas espalhados pela entrada, o caminho até o hall é dividido em duas partes, o que deixa tudo muito harmônico, bonito e espaçoso.

- Também, ultimamente tenho tido muitas preocupações. Mas nada que me prejudique na escola.

Essa era a mentira mais mal contada da minha vida, é óbvio que a minha vida acadêmica me preocupava muito, até porque com a minha mãe doente eu não conseguiria fazer nada.
Seu sorriso sempre me tranquiliza, não importa qual fosse a situação. A sua presença é luz, que ilumina o coração de quem está por perto.

- Saiba que qualquer coisa pode contar comigo. Ok? -  Assenti sorrindo - Vamos, espero que você possa levar alguma coisa para o seu irmão. Aliás, como ele está? -Ela pergunta desligando o carro e pegando as suas coisas, pego alguns de seus livros para ajuda-la a levar.

- Não sei muito bem, graças a Deus ele ainda estava dormindo quando tudo aconteceu. Saí de casa e ele não tinha acordado ainda, mas já deve ter ficado sabendo pela comunidade. - Ela parecia divertir-se com o meu olhar curioso, porque vou confessar, eu amo a forma como ela anda e gosto de acompanhar seus passos com os olhos. Ela pegou tudo e parou na sua porta do carro e olhou para mim, sorriu ao constatar o que já sabia, eu estaria olhando para ela e esperando seu comando.

Nada Impedirá InaraOnde histórias criam vida. Descubra agora