Xeque-Mate

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Muita confusão e altas tensões no último capítulo não é ?

Vamos a sequência então

Podem pegar a pipoca de vocês

Boa leitura

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POV RAFA

Desci as escadas apressada. Estava na calçada da rua quando a Gizelly chamou o meu nome.

Minha cabeça estava uma confusão enorme. A noite tinha começado bem, porém, eu nem imaginava o que viria depois.

No começo a festa estava excelente, estávamos todos nos divertindo, dançando, bebendo e jogando conversa fora. Então de uma hora para outra, tudo mudou, igual essas tempestades de verão que chegam de repente e te pegam desprevenido no meio da rua e sem guarda-chuvas.

A minha tempestade começou quando as meninas desceram para dançar e a Bianca e eu ficamos conversando no camarote.

Eu gostava muito de poder falar com ela, nós conseguíamos conversar sobre qualquer assunto por mais bobo que ele fosse.

- Vou pegar uma cerveja no bar quer uma? – Ela falou.

- Sim, por favor! – Respondi.

Enquanto a Bianca foi até o bar eu fui olhar as meninas na pista de dança.

Você conhece aquele ditado popular: "Da vida, o amor é o mel, do amor o ciúme é o fel?" Se eu soubesse o que veria, teria ficado sentada quietinha para não despertar o meu ciúme.

Assim que pus meus olhos na pista vi a minha irmã e a Gi dançando juntas. Juntas demais. Os corpos delas pareciam um só de tão colados que estavam.

Minha namorada se deixava ser conduzida por minha irmã, que tinha os braços em seu corpo de um jeito controlador, dominante.

Gizelly mantinha os olhos fechados e uma expressão de leveza no rosto.

Um meio sorriso se mantinha estampado na face dela em conjunto a uma expressão de prazer e felicidade que me levou a tempos antigos, quando elas ainda namoravam, e eu via exatamente a mesma expressão em seu rosto, sempre que ela via a Marcela.

O jogo de luzes da boate atrapalhava um pouco a minha visão, mas não o suficiente para eu não perceber o quanto as duas estavam envolvidas naquela dança.

Como se estivesse sonhando, a minha irmã fechou os olhos por uns segundos para em seguida os abrir, na mesma sincronia em que a Gi abriu os dela, e ambas se encararam fixamente.

Minhas mãos apertaram o gradil com força contendo meu ciúme e minha raiva. Uma dor lacerou meu coração e uma decepção se apossou de mim despertando sentimentos ruins que eu não queria ter.

Eu não conseguia parar de olhá-las e apenas quando a Bianca me chamou é que consegui sair dali.

Sentei-me e peguei a cerveja das mãos dela praticamente virando a garrafinha em poucos goles. Elas voltaram pouco tempo depois disso.

Eu tentei ignorar meus sentimentos, minha raiva, mas nunca fui o tipo de pessoa que conseguia disfarçar muito bem quando algo me incomodava.

E a Marcela percebeu que algo estava diferente comigo e sentou-se ao meu lado puxando conversa. Deixei ela depois de um tempo e fui dançar com a Bianca.

Ela me divertia bastante e eu conseguia esquecer um pouco a dor que sentia junto dela. Descemos para a pista e começamos a dançar. Na segunda música que dançávamos um rapaz alto e moreno se aproximou de nós querendo dançar com ela.

A Namorada Da Minha Irmã - Gicela - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora