Capítulo 114

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Eu fiquei puto da vida quando vi ela conversando só de biquíni perto daqueles monte de homens, já estava doidão por conta das drogas, nem sei o que deu em mim mas fui com tudo querendo tirar ela de lá, nem percebi quando levei dois tiros.

Os caras me levaram até o postinho e foram embora, tive que voltar andando pra casa e quando minha mãe me viu ficou super preocupada. Nem quis falar nada, deitei na cama e apaguei.

O domingo chegou e acordei com uma puta de uma dor de cabeça, sério mesmo, sentia que ia explodir. Levantei e fui tomar um banho e quando sair minha mãe estava lá, mano, parecia que eu tinha dez anos e tinha aprontado uma coisa bem séria porque ela tava um cinto na mão, olhei pra mão dela e engoli em seco.

__O que tá acontecendo mãe? Por que a senhora tá com esse cinto na mão?
Iza:
__Tu tava tão ruim assim que não lembra? Pois bem, vou falar mas enquanto te dou uma lição.

Ela foi com tudo pra cima dele, teu cada lapada que dava dor até em mim (isso porque nunca apanhei da minha mãe, não de cinto). As lapadas do cinto faziam barulho durante o quarto, ela batia sem dó e ele tentava se defender.

__Isso é pra tu aprender a nunca mais a levantar a mão pra cima de uma mulher! -- deu outra lapada -- essa é pra tu nunca chamar uma mulher como a Isabela de puta e essa aqui -- deu com toda sua força -- é pra tudo que tu anda fazendo de mal. Não te criei pra usar droga e tratar mulher daquele jeito. Acho bem feito o que ela fez contigo, se fosse eu fazia pior!
Ph:
__Eu não fiz isso mãe! Juro!
Iza:
__Então que porra é aquela no braço da Bela, Pedro Henrique?! Todo mundo tá falando do jeito que tu surtou no churrasco do Terror.
Ph:
__Mãe, eu...

Quando ia falar as cenas do que aconteceu ontem vem com tudo na cabeça dele, ele ver tudo que sua mãe disse era verdade e fica sem reação.

__Desculpa mãe..
Iza:
__Tu me decepcionou Pedro. Não fala comigo que tô puta da vida contigo.

Ela sai batendo a porta do quarto e ele se senta na cama, seu corpo estava com marcas de cinto e alguns lugares sangravam mas ele ignorava tudo. Não sabia que o que fazer, havia perdido a amizade da mulher que ele amava.

__Merda... O que eu fiz?! Puta merda... E hoje ainda é o aniversário dela, já sei vou dá um jeito de acalmar ela, vou comprar umas coisas e fazer uma surpresa depois que a festa acabar.

Ele fica fazendo seus planos e quando ver já era 13h00, sua mãe nem tinha chamado ele pra almoçar, estava com muita raiva mesmo. Ele se arruma e desce para ir almoçar, nem as panelas estavam no fogão, teve que esquentar tudo e ele detestava esquentar comida.

As aparências enganamOnde histórias criam vida. Descubra agora