capítulo 2

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Os meus pais ainda eram vivos, entretanto, viviam pelo trabalho e a maior parte da minha vida passei na casa dos meus avós. Até que um dia a minha mãe resolveu e ir me buscar e eu fiz uma pirraça tremenda, minha avó me acolheu e consequentemente, a Lívia. Conversamos uns com os outros, não todos os dias, mas sim quando eles resolvem aparecer. Entramos no táxi e dei o meu destino. Chegamos em tempo de subir no ônibus.

ㅤ12:00 HORAS

Lívia: Que calor! - descendo o vidro do táxi.
Íris: Por favor. - falei o endereço.
Lívia: Rápido.

Mexi no celular um pouco, tinha algumas mensagens e notificações das outras redes sociais.

Taxista: Chegamos. - olhei para o contador.

Tirei da carteira o dinheiro e agradeci. Ele nos ajudou com as malas.

Lívia: Você já avisou que estamos aqui?
Íris: Vou mandar mensagem agora.


|Whatsapp|


Eu: Dé? (12:31)

Dé primo: Fala chatinha! (12:39)

Eu:Chato é você, Estamos aqui embaixo. (12:40)
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Vi que a mensagem foi visualizada e rezei para que ele estivesse vindo nos ajudar. As malas estavam pesadas e eu não via a hora de comer algo e tomar um banho.

André(Dedé): Opa! - falou ainda um pouco distante.
Lívia: Ele não mudou nada. - avistando ele.
Íris: Isso não é bom e nem ruim. - balançei os ombros.
Lívia: Também acho. - encarando.
Dedé: O rapaziada, tá tranquilo. Tão comigo. - bateu no peito.
Lívia: Amém. Olá primo.
Dedé: E ai pirralha! - bagunçou o cabelo dela.
Íris: Obrigada por ter vindo. - sorri.
Dedé: Como que tu tá? - me olhando.
Lívia: Oi, eu também estou bem! - interrompendo.
Dedé: Vai chegar a tua vez. - olhando.
Íris: Estou bem e você?
Lívia: Gente vamos deixar o tempo para depois pelo amor de Deus. - se abanando.
????: Acha que essas mimadas vai sobreviver aqui? - um dos meninos falou.
????: O Marcola tá deixando qualquer uma subir. Época boa era do coroa dele.
????: Só morador, até que elas são bem gatas.
Lívia: Meus amores, podem ter certeza que por mim, esse era o último lugar que eu pensaria vir.
Dedé: Ninguém pediu a opinião não. Quem fala demais, acorda com a boca cheia de formiga.
Íris: Podemos ir? - olhei.
Dedé: Libera a área e bico fechado.

Passamos pelos meninos e fomos caminhando sem pressa. O Dé me contou as novidades da família e algumas curiosidades do morro.

Íris: Aqui tem um chefão mesmo?
Dedé: É o Marcola.
Íris: Entendi.
Dedé: Eu trabalho pra ele! - me olhou - Quando puder te apresento...
Íris: Relaxa. - sorri - E a tia?
Dedé: Falou que iria encontrar a gente, mas até agora, nem fumaça.
Lívia: Estamos chegando?
Dedé: consegue mais andar não andar pirralha? - zoando ela.

Eu e André fomos criados juntos. A mãe dele, minha tia, morava na mesma rua da minha avó. Ele viu um pouco da criação da Lívia e em qualquer oportunidade ele vai zoar ela sobre esse mimo todo. Depois que o pai dele foi embora de casa, as coisas ficaram drásticas e isso exigiu decisões. Em resumo, parte rica e parte pobre, essa é a minha família.

Dedé: Chegamos. - parou enfrente de um portão.
Lívia: Nossa! É essa casa da frente?
Dedé: Não. - abriu o portão - O rico sai da nobreza, mas a nobreza não sai do rico. Nos fundos.
Lívia: Você é chato para um caralho! - bateu o pé - Quem mora ai na frente?
Dedé: Marcola.
Lívia: Ai que ótimo, moramos atrás do chefão do crime.
Dedé: Tu num pode falar nada Lívia, olha teus amigos mina - procurando as chaves no bolso.
Íris: No chaveiro tem a chave do portão?
Dedé: Marcola pegou pra irmã dele fazer uma cópia, ela perde sempre. Falo pra ele te devolver.
Lívia: Ele não mudou nada. - avistando ele.
Íris: Isso não é bom e nem ruim. - balançei os ombros.
Lívia: Também acho. - encarando.

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