capítulo 3

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Íris: Ok.

Colocamos as malas perto da porta.

Dedé: O que acharam?
Lívia: É...
Íris: Eu gostei até demais. - fui dando pela casa.

Tinha uma cozinha integrada com a sala, dois quartos, um banheiro e um quintal com a área de serviço.

Dedé: Tinha pedido a ajuda dos moleque pra dar uma organizada. Não sei se fico do gosto das madame, senão, contem com a minha ajuda. - de braços cruzados.
Íris: Por enquanto não vi nada não.
Livia: Queria mudar de casa, tem como?
Dedé: A rua é livre! - abriu a porta.
Livia: Não sei pra que essa ignorância toda.
Íris: Quem fala o que quer, ouve o que não quer!
Lívia: Qual é o meu quarto?
Íris: Os dois são do mesmo tamanho!
Livia: Posso escolher pelo menos isso?
Íris: Vai. - dei as costas - Você pode me levar no mercado mais próximo?
Dedé: Em 1 mês aqui, essa sua educação toda sai correndo.
Íris: André!
Dedé: é verdade uê, Vamos. - me deu o braço.
Íris: Obrigada. - ri.

Dei um grito avisando para a Lívia aonde estava indo, a mesma não respondeu. No caminho muitas pessoas cumprimentavam o André, algumas meninas me olhavam com uma cara de nojo e uma cara de cu enorme.

Íris: Elas não cansam de serem feias não?!
Dedé: Qual é, são tchucas.
Íris: Nossa senhora. - debochei - Já se acostumou, elas devem estar achando que eu sou namorada tua.
Dedé: Não vou desmentir! - balançou os ombros - Me da credibilidade. - se achando.
Íris: Não sei o que tu ganha com isso.
Dedé: Elas em cima de mim e novas pepecas.
Íris: Porra! - fiz cara de nojo.
Dedé: Mulher é bom demais. Por isso concordo com as lésbicas.
Íris: Cada um com os seus gostos. - dei de ombros.

O mercado não era tão perto, mas assim que entrei vi que poderia me realizar.

Dedé: Tá entregue!
Íris: Aonde você pensa que vai? - séria.
Dedé: Tenho que fazer os corre.
Íris: Não sei como volta.
Dedé: juro que to aqui antes de você acabar.
Íris: - bufei - Mesmo se você não aparecer, não vou ficar brava.
Dedé: Você nem é maluca de ficar! - me deu um beijo no rosto.

Peguei um carrinho e fui fazer as compras, já deveria ser 15 horas, estava louca para comer alguma coisa. Fiz as compras do mês, dei um jeito de economizar sacolas como aprendi com a minha avó. Isto é, colocar coisas leves dentro de outras sacolas mais pesadas ou leves também. Tentei lembrar o caminho da volta e como de costume, nem sinal do Chinês. Fui perguntando quem passava por mim e eles me indicavam. Demorei um pouco mais cheguei em casa.

Íris: Perdão! - com os olhos arregalados.
????: tranquilo!
Íris: Pode passar primeiro.
????: A! Você é íris? - olhando.
Íris: Sou! E você?
????: Maria Flor. Moro na casa da frente, o Dedé me pediu para te dá a chave. Foi mal a demora.
Íris: Que isso. - peguei a chave da mão dela.
Maria: Vai no baile hoje?
Íris: Não, não.
Maria: Se for por causa da companhia... - levantou a mão.
Íris: - ri - Só preciso de um banho.
Maria: Chances não vai faltar, tem baile todos os dias.
Íris: Então posso ir outro dia.
Maria: Conte com isso. - sorriu - Vou me atrasar! Beijo nega.

Achei divertido a intimidade que tinha se criado do nada, fiz comida, guardei as compras e fui tomar banho. Daqui de casa dava para ouvir as músicas e o som das pessoas do lado de fora subindo e conversando. Jurei que ouvi partidas do portão, devia ser os moradores da frente, então nem me dei ao trabalho de olhar. Coloquei uma camisa largada e calçei um chinelo. Sentei no sofá para assistir comendo.

Lívia: É festa? - curiosa.
Íris: Nem pense nisto! - afirmei.
Lívia: Estou muito cansada pra isso. Vou dormir.
Íris: Boa noite!

Íris [F]Onde histórias criam vida. Descubra agora