Capítulo Três

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“Na vida e no amor, não temos garantias... Portanto não procure por elas... vivo o que tem que ser vivido... Sem medos . O medo é um dos piores inimigos do amor e da felicidade...” (Arnaldo Jabor)

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Meus olhos tinham sido abertos para um novo mundo. De repente, senti-me inteira e satisfeita. Senti-me feminina e até um pouco sensual. Queria correr pela grama do campo, descalça, ou pular as ondas na praia. Senti vontade de rir. Alguma parte de mim havia mudado para sempre, algo dentro de mim havia se desencadeado. Posto em liberdade. Eu sou uma mulher diferente agora. E ele tinha feito isso comigo.

Aleksander rolou para o lado, esparramando-se ao meu lado. Vi seu peito subir e descer com a respiração ofegante. Fiquei maravilhada com o tamanho dele; seu corpo grande e musculoso, pernas fortes, seu membro ainda duro e brilhante. Era muito maior do que eu, e fiquei triste, pois daqui alguns minutos íamos nos separar.

Quem era Aleksander, este estranho misterioso que tinha se preocupado em me dar um prazer inimaginável, quando não tinha necessidade de fazê-lo? Ele colocou todo o meu mundo de cabeça para baixo, tudo que pensava que sabia. Uma lágrima deslizou por minha face.

— Ah, Cristo... — Ele levantou-se no cotovelo, enxugando-a com o seu polegar. — Eu não machuquei você, machuquei?

Agitei minha cabeça em negativa.

— Não. — Mais lágrimas ameaçaram cair e meu queixo tremia. Não queria chorar. Virei à cabeça.

— Então o que é isto?— Ele esfregou sua mão morna para cima e para baixo, querendo me acalmar.

— Por que você fez isso comigo? Você nem imagina o que fez comigo, o prazer que me deu, puts, eu não sei se vou conseguir ficar long... – Engulo as palavras.

Ele riu. Era um som baixo, rouco.

 — Coração, você descobrirá que quando eu quero muito algo eu corro atrás feito louco.

Respirei fundo, acalmando-me. Como eu gostaria de passar a noite inteira com ele. Por mais quanto tempo ele faria isto comigo? Eu poderia lidar com isto? Se me apaixonasse por ele, caralho isso eu não posso, eu sou casada, tenho filhos e filhos quase da idade dele.

Ele não fez sexo comigo, fez amor? Era a única maneira que podia chamar isto. Embora o amor não estivesse envolvido, ele tinha feito tudo para dar prazer a mim. O homem me atentara, derrotando meus medos. Não parecia justo.

Finalmente me viro para enfrentá-lo.

— Eu nunca soube que o sexo podia ser assim.

— Você não é casada?— Suas sobrancelhas se juntaram.

— Sim, eu só casada. — Escoro meu cotovelo na cama e descanso o queixo na mão, olhando para ele. — Mas não, não é assim. Ele mal, mal me toca. Nós nunca fizemos nada parecido como o que fizemos agora. Algo tão, tão bom. — Eu não tinha ideia de como explicar, mas tentei. Senti que com Aleksander era fácil de conversar. Não era o que esperava.

— Isto é uma vergonha — ele disse. — Um desperdício de uma mulher como você, caralho esse cara merece ser castrado, se você fosse minha eu te fodia todos os dias.

Eu fitei o seu olhar sombrio. O modo como falou, como se pensasse muito em mim, ele começou a mexer comigo. Será que ele realmente quis dizer estas coisas, ou só estava falando para me acalmar?

— Uma mulher como eu? Você não sabe nada sobre mim — argumentei.

— Oh, posso não saber tudo — ele disse. — Mas sei o suficiente sobre você agora.

RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora