Capítulo Quatro

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"O futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros." (Alvin Tofller)

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O dia seguinte...

Quando fui dormir Guilherme ficou no jardim com alguns amigos conversando e bebendo, durante a ceia ele não me dirigiu a palavra, ficava me olhando de soslaio quando os meus olhos não estavam nele, mas não me disse uma vírgula, foi divertido ver todos me admirando, principalmente minhas cunhadas metidas a gás com água... Essas não paravam de me avaliarem e cochicharem entre si. A-do-rei!

Um a um os convidados foram indo, só os ratos de festa que ficaram. Guilherme já estava bêbado, por isso resolvi ir dormir antes dele, hoje é quarta, dia de fazermos sexo e não estava muito afim disso, eu sei que não rolaria, pois meu pensamento só era direcionando a uma pessoa “Aleksander” isso não me faria bem. Ruim ou bom, certo ou errado, fiel ou infiel, Guilherme é o meu marido, e devo a ele respeito e consideração, mesmo já tendo manchado os meus votos de fidelidade.

Quando Acordei pela manhã o Guilherme já estava à cama... Engraçado eu não me lembro do horário que ele foi dormir. Levantei-me, estava com uma linda camisola preta longa de seda ela tem um decote profundo nas costas e se ajusta ao meu corpo. Olhei-me no espelho e pensei... “Aleksander iria adorar isso!” Que porra essa Malu, pare de pensar nesse rapaz, sua realidade está ali deitado em sua cama, lindo e gostoso. Olhei para o Guilherme, realmente ele é lindo, a sua respiração demonstra que está em um sono tranquilo. Visto o robe e vou para a cozinha preparar o café.

Encontro minha filha Clara, colocando o pó de café na cafeteira. — Bom dia mamãe! Pensei que ficaria até mais tarde na cama, já que vamos almoçar na casa da vovó. – Ela me olha arqueando as sobrancelhas. — Aconteceu alguma coisa mamãe? Essa mudança foi muito radical, eu não acredito que essa mudança veio do nada.

Disfarço colocando o pão na torradeira. — Cansei, cansei de ser a gata borralheira, só isso... Quer um motivo melhor que este. – Limpo a garganta e olho na direção da porta da cozinha, Guilherme levantou-se.

— Bom dia! – Ele aproxima-se de Clara e beija-lhe a testa.

— E a mamãe, não vai beija-la também? – Isso me pegou de surpresa. — Poxa papai a mamãe está tão linda e o senhor não disse nada a festa toda. Às vezes eu penso que o senhor não a ama! – Clara levanta-se da mesa e olha para Guilherme com certa impaciência. — Eu e o Caio nos beijamos mais que vocês dois, acho que vocês deveriam ir a esse cruzeiro sozinhos, uma segunda lua de mel, o que acham?

— Deixe de ser ridícula Clara! Sua mãe e eu já passamos dessa face de frescuras, nossa relação é madura e firme como uma rocha, não precisamos provar nada a ninguém. – Ele levanta-se furioso da mesa. — E tem mais essa viagem é sobre a família, e não, eu e sua mãe eu acho que ela não tem nada a reclamar, não lhe falta nada, cumpro com todas as minhas obrigações. Agora chega de palhaçada. – Ele me olha com indignação e fala rudimente. — Vá se arrumar, não quero me demorar na casa de minha mãe. – Vira-se e vai para o quarto.

Eu o segui, não gostei de como ele falou com a Clara. Quando cheguei ao quarto ele estava nu, Deus que bunda!  Deu-me vontade de morder na hora, quando ia me aproximar, percebi que alguém já havia feito isso. Ódio foi o que senti, canalha ele nem toma cuidado em não deixar marcas para que eu não perceba... E a marca era recente, filho da mãe, cachorro, queria voar no pescoço dele, mas me contive, respirei... Deixei minha camisola cair em poça aos meus pés, com uma calcinha minúscula eu passei a frente dele entrei no banheiro sem fechar a porta.

Observei pelo o espelho do banheiro que o Guilherme me seguiu com o olhar, adorei, ele sempre me via com aquelas calçolas enormes, e camisolas de liquidação. Agora me viu de fio dental e sem vergonha de me mostrar. Liguei a ducha e comecei a me banhar com o meu sabonete novo, com cheiro de jasmim. Guilherme entrou ao banheiro e começou a fazer a barba, percebi que ele estava excitado, continuei me ensaboando, na verdade eu não queria fazer sexo com ele, eu só queria provoca-lo, e foi o que fiz.

RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora