Eu Escolhi Você!

Capítulo 14: ele não pode...

<<Uma semana antes>>

- Pois não?

- Precisamos conversar Sakura!

Respondeu ríspida e seca enquanto estavam no banheiro.

- Sobre?

Perguntou retocando a maquiagem.

- Eu sei que é você a garota que não me deixa em paz!

- não sei do que está falando!

Respondeu passando batom.

- Qual é a sua? Você anda me seguindo e seguindo ele!

Disse autoritária e a fez suspirar e olhar para a loira pelo espelho.

- Olha aqui Temari! Tudo andava muito bem quando você não estava aqui, ele estava ali na dele e ninguém mais o incomodava ninguém mais se importava por ele ser um psicopata... Mas não... Você apareceu e decidiu ir até ele, milhares de pessoas te avisaram para ficar longe dele... Você continuou indo conversar com ele... Não demorou muito não é mesmo! Não demorou em ele ser reconhecido novamente... "por que um psicopata drogado esta com uma garota tão legal?" " ele a amaça de morte"...

Respondeu e logo Temari a puxou a fazendo olhar na cara da mesma.

- CALA BOCA! ELE NÃO É UM PSICOPATA! VOCÊS QUE SÃO UNS IDIOTAS E O JULGAM SEM SABER DE NADA!

- Você nunca percebeu nada porque estava ocupada rindo!

- Do que está falando?

Questionou levantando de leve o corpo da mesma.

- Desde que você voltou ele vem recebendo ameaças... Ele vem recebendo criticas! E eu quero você bem longe dele... Eu não quero mais vê-lo sofrer...

Temari afrouxa o aperto e se afasta dela.

- Você está mentindo!

- Você acha que ele te contaria?

Perguntou e ela olhou em direção ao chão.

- Ele... Ele...

- Acorda Temari! Ele era mais feliz sem você... Apesar de nunca está rindo... Ninguém o incomodava mais! Ele estava bem até você aparecer... Agora vaza! Essa cidade não te pertence!

- e Quem pertence a ela?

Perguntou olhando friamente para a garota.

- Todos... Exceto a garota que fugiu na cena do crime! Ou acha que eu não sei quem é você?

O corpo de Temari congela com tamanhas palavras.

- O-O que disse?

Suas palavras fraquejaram e ela sorriu com vitória, pegando seu celular e procura por algo, e assim que encontra começa a ler.

- "... O corpo dele foi encontrado esfaqueado ao lado do filho mais novo de Rasa no Sabaku e Karura no Sabaku, o filho do meio foi encontrado em meio às drogas e foi comprovado que ele não estava presente na hora do crime enquanto a filha mais velha do casal ainda está desaparecida..." – Sakura fez uma pausa olhando a cara de espanto de Temari e prosseguiu na próxima imagem. – "vizinhos contam que ela estava agindo estranho nas ultimas semanas em que seu tio e irmão estavam ainda vivos, os policiais ainda investigam, mas ela não deixa de ser uma suspeita...", Tem algo a declarar Temari?

Perguntou enquanto ela mantinha sem reação.

- Eu... Eu não matei eles! Eu...

Sua voz estava em um tom choroso.

- Se você não sumir todos saberão quem é Temari no Sabaku!

"ele nunca ira acreditar em mim... Eu não posso arriscar..."

- Por que está fazendo isso?

Perguntou tentando controlar a sua respiração e ela apenas sorriu.

- Tenho mil e uma razões... Dois psicopatas são perfeitos juntos, por isso temos que ter cuidado... Não queremos que ocorra um extermínio na escola! Agora suma ou diga adeus a sua fama.

"eu não estou nem ai para a opinião alheia, mas ele não pode saber disso dessa forma... Acho que não tenho escolha... Acabou! Eu não devia ter fraquejado e devia ter contado antes... mas agora..."

Temari respira fundo e sai do banheiro correndo com os olhos marejando. Rápida como o vento pega as suas coisas deixando Shikamaru confuso e simplesmente some da vista do mesmo. Ele não precisava saber das coisas que ocorreram ali, ao menos não daquela forma.

Chegou a sua casa atordoada, pegando coisas com coisas, por sorte não tinha muitas coisas, apenas o suficiente para não passar necessidade.

- Vamos Mick!

Ele a seguiu, com uma grande interrogação a cima da cabeça.

Pegou um papel e um envelope e suas duas fotos favoritas que estava com Shikamaru, que teve o prazer de revelar junto com varias outras, acariciou elas de leve e suspirou fundo começando a escrever assim que pega a caneta.

Algumas de suas lagrimas respingam sobre o papel, e com o coração em mão sai da casa deixando o bilhete dentro do envelope junto às fotos e o nome dele.

Pega o seu ganso e ambos saem de sua casa de forma rápida e sorrateira, ninguém a veria e quem visse logo não se lembraria dela, mesmo que uma garota que tem um ganso seja incomum.

Tinha decidido, iria atrás de sua única família.

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Aquelas terras quentes estavam em sua frente, sentindo o calor e o ar impuro, Suna era um local um tanto estranho, as ruas sempre eram escuras, as casas mal construídas e sempre com rachaduras e tinturas caindo, o som dos ventos muitas vezes assustava a garota.

Mas não tinha mais nada a fazer, agora era tarde... A decisão difícil e de forma inesperada, e a culpa ressurgia junto com o passado...

Bateu na porta de madeira três vezes, a ficha não tinha caído ainda, ela tinha o abandonado, e sem lhe dar ao menos uma explicação...

Continua...