Durante a Segunda guerra mundial, o jovem Jonh, um refugiado na Inglaterra, encontra-se totalmente desamparado após sua cidade ser destruída por um ataque aéreo. Sozinho ele se vê em um mundo dividido entre a ficção dos seus sonhos e a realidade.
Minha estadia por tempo determinado no sótão me proporcionou experiencias de autoconhecimento e de novas habilidades.
Greta era uma menina boa, sobrinha de Annie, passava os domingos com a tia no orfanato e ajudando na cozinha. Era ela que levava as coisas pra mim lá em cima, quando ninguém mais se importava ou apenas esqueciam de mim.
Ela tinha um rosto simetricamente oval, com sardas nas bochechas e duas tranças estilo maria-chiquinha, andava sempre com uma saia cinza e um suéter vermelho.
Podia contar meus sonhos que ela tentava os entender e lia minhas histórias, passavamos a tarde de quase todos os domingo rindo ou lendo juntos. Era bom ter uma amizade que me entendia.
Mas Greta foi crescendo, junto com a maturidade vinham outros garotos mais interessantes e ela já não era mais a mesma.
E eu, ainda preso ao sótão.
Já Marta não parecia mudar, eu via uma insistência comigo. Todos os dias ali e em seus olhos eu sentia um amor diferente, ou mais parecido com o amor de uma mãe.
Era estranho e confuso. Lembro vagamente da ultima conversa que tivemos. "Voce sempre foi destinado a grandes feitos, pequeno Loz. Não deixe que mudem seu destino...em breve seremos só nós dois!'' Ela disse isso com um sorriso no rosto, mas ao mesmo tempo seu olhar revelava preocupação.
Marta me deu um beijo na testa e colocou uma foto dentro do livro de Alice no país das maravilhas'', apagou a lamparina, abriu a porta e se foi...mas daquela vez era para sempre.
Dois dias depois ela sofreu um acidente de trem e eu nunca mais a vi.
E ela era como uma memória boa que você tenta não esquecer, mas o tempo ia se encarregar de apagar.
Hoje seu rosto é uma lembrança que não sei se é real
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A foto era essa de quando eu acabara de chegar ao orfanato.
