CAPÍTULO 04

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Depois que terminamos aquele filme, nós vimos outro, e outro, até a hora em que estávamos exaustas e decidimos dormir.

[...]

Hoje nós íamos numa espécie de “show” que sempre tinha aqui pouco antes do natal, onde a principal meta era a arrecadação de dinheiro pra única escola que tem aqui; a Village. Eles sempre faziam isso em diferentes épocas do ano, e eram esses eventos que faziam a escola ficar de pé durante o ano.
O evento é organizado com varias barracas de diferentes tipos de coisas diferentes, desde comidas até roupas e calçados, tudo feito pelos moradores daqui. Eu chamo de show, porque, enquanto as pessoas vendem suas coisas, tem um palco onde os musicistas da cidade cantam e tocam.
Minha irmã costumava vender doces, como mousse, chocolates e bolos. Esse ano, já  que eu estou aqui, vou ajudar ela com os últimos preparativos, já que ela tinha feito quase tudo sozinha...

- Você pode mexer as massas, se quiser – ela disse, enquanto ia de um canto pro outro na cozinha.

A real é que isso era a única coisa que ela quis deixar eu fazer, mas já que não tinha nada mais que eu pudesse ajudar, eu mexia tudo que ela pedia, pelo tempo que fosse necessário.

- Ei, oque você acha de vendermos pavê também? – perguntei enquanto mexia mais uma de suas massas de bolo.

- Você sabe fazer? Porque o meu é horrível – ela riu e continuou montando tudo nas devidas forminhas.

- Eu faço, só preciso dos ingredientes, tem aqui? – coloquei a vasilha sob o balcão – acho que isso já tá homogêneo o suficiente – apontei pra massa.

Depois de vermos tudo que precisava, fiz uma lista com todos os ingredientes que faltavam e com os que tinham, mas eram poucos e decidi – porque era necessário – ir no mercado.
Achei legal a ideia de produzir algo pra arrecadar dinheiro pra uma escola, e se eu conseguia ajudar, porque não?

[...]

O mercado estava cheio, acho que todos perceberam que faltava algo pras suas receitas e decidiram vir no mercado também. Assim que entrei, peguei uma cestinha – afinal, não ia pegar muitas coisas pra precisar de um carrinho – e tirei a lista do bolso.

Depois de pegar tudo, fui passando em cada fileira e olhando novamente a lista pra garantir que não faltava nada.

- Essa cidade é realmente pequena – ele riu.

Virei pro lado, dando de cara com ninguém menos que Michael.

- Caraca, que coincidência te ver aqui – falei distraída, enquanto pegava uma caixa de bombons na prateleira, acabei vendo e ficando com vontade.

- Você também vai no show? – ele perguntou, erguendo os braços pra pegar uma barra de chocolate no alto de uma prateleira.

- Simmm!! – falei empolgada – esse ano eu vou ajudar minha irmã pela primeira vez.

- Quero pra ver oque vocês vão vender lá – ele comentou, sorrindo – Vai ser legal conhecer teu lado culinário, já que o executiva eu já conheci – nós rimos

- Espero que não saia um desastre da cozinha hoje – ironizei – vai ser legal te ver lá – sorri – Bom, agora eu preciso ir ou não vai ficar pronto até a hora. – me despedi e fui pro caixa pagar as compras.

O NATAL DOS SONHOSOnde histórias criam vida. Descubra agora