A VIDA É ASSIM!

CAPÍTULO V - JAVIER HERNANDEZ

Outubro de 2010

    *   Alô!

    -   ‘Tou, Tio. Tenho uma novidade pra vocês, estou a caminho...

    *    É sobre...         

    -    Tchau!

    *    ... o quê? Aff, Javier disse que tem uma ótma notícia a dar, nem consegui ouvir do que se trata, mas acho que é importante.

    -    Só pode ser, não queremos notícias más.
    -    ... Com licença.

    *    Acho que ele chegou, ouvi alguém a entrar!
    -    Oioi, boa tarde, Tio! Mamã, Como você está?

    *    Holla hijo!

    -   Olá meu amor, tudo bem, e com você? O que se passa? Calma, respira, Porquê que pareces um Vulcão prestes a entrar em erupção?!

    -    Eu vou receber o resultado do teste, amanhã!!

    *   Aff... Eu achei que o resultado já tinha chegado e por isto estás tão feliz... Mas entendo o entusiasmo.

    Javier Souza Hernandez tinha se tornado num jovem rapaz responsável, inteligente, reservado, humlide de 20 anos, residente na Cidade de México, no México. Um jovem dotado de inteligência, comparado aos outros jovens da sua idade na sua Cidade, que dedicavam as suas vidas nas drogas e festas. Javier era especial, ele tinha reais objectivos, ele tinha metas à cumprir, e uma delas era de fazer a Universidade, em Nova Iorque, nos E.U.A. Ele sabia que os resultados do teste seriam positivos e só precisava dos comprovativos para fazer a inscrição na semana seguinte.

    Dias depois, os resultados chegaram e eram tal como Javier presumia, ele tinha passado no teste com 17v, onde 13v, era a nota máxima. O que Javier mais queria era poder realizar o seu maior sonho de ser Médico e cuidar de todas as pessoas que não têm condições financeiras para receberem tratamentos profissionais, da sua comunidade, o que impedia a realização do seu sonho, era uma bactéria, uma bactéria que desenvolveu-se em Câncer, a sua Mãe, Maria, estava com Câncer e no desenrolar de alguns dias sem saber, a doença desenvolveu-se rapidamente e em questão de dias ela já estava tendo quedas de cabelo, a sua pele estava amarela, os seus olhos maiores e o seu corpo magro, preocupando muito mais Ernesto e Javier, onde Javier sentiu-se impedido de viajar nos dias seguintes, com medo de perder a sua Mãe, a única pessoa com quem ele podia contar sempre e sempre, já que o seu Pai o tinha abandonado. Ernesto insistiu que Maria fosse viver por enquanto à casa grande, para que facilitasse a ida dos doctores que ele tinha contratado. Maria não parava de chorar dia-e-noite, às escondidas, pois, estava com medo de deixar seu filho sozinho e sentia-se culpada pelo incumprimento do sonho de seu filho, sentia-se angustiada, entediada, morta por dentro, desapontada consigo mesmo, ela só aguentava aquilo tudo, aquelas dores todas, aquele tédio, apenas para ver a realização do sonho do seu único filho. Javier, lá no fundo sabia que mais tarde ou mais cedo perderia a sua mãe e teria que viver com isso. Nos dias seguintes, Maria insistiu que Javier devia ir atrás de seu sonho e que ela ficava bem, ela ia melhorar e ficaria super-feliz se visse o seu filho chegando formado, à casa.  Javier, mesmo sem querer, triste, irritado, obedeceu o que sua Mãe disse e marcou a viagem para a próxima hora.   
    Chegado à Nova Iorque, Javier fez inscrição, tudo correu lindamente e tudo pela sua mãe, tudo pensando em sua Mãe, ligava de dois em dois dias para saber como estava a situação patologica de sua Mãe, em voltas de todos estes sentimentos, Javier estava mal, deprimido, mas mantia um sorriso falso todos os dias, a frente das pessoas, apenas para disfarçar a tristeza que o consumia por dentro. Passaram-se uns meses e Javier estava a se conformar com o momento que a sua Mãe estava a passar, preocupava-se menos com a situação patologica de sua mãe, devido as informações positivas que recebia todos os dias que falava com seu Tio Ernesto. Na semana seguinte, sensivelmente às 4h, isto numa madrugada fria, Javier recebeu uma ligação de Ernesto, informando o passamento físico de Maria, esta notícia deixou-o sem chão, ele estava consciente de que isto provavelmente a qualquer momento aconteceria, ele estava sozinho, perdeu completamente os sentidos por 5min, não sabia o que ouvia ou via, ali fazia e sentia... Vestiu um fato olímpico e calçou os seus ténis, colocou os alscutadores, colocou a sua músoca tumblr favorita a reproduzir e seguiu fazendo uma corrida em volta de um parque no centro da Cidade. Durante a volta, deparou-se com uma menina sentada num banco no parque, aparentemente triste, com a cabeça baixa e deixando as lágrimas secando em seu rosto.

    -    ... Desculpa...

   *    Ai Meu Deus!

    -    Desculpa, não quis assustar-te, só quero saber se está tudo bem...

   *    Ahm, sim... Está tudo... bem, não se preocupe.

    -    Certeza?

   *    Sim, claro kkk.

    -    Eu sou o Javier, prazer.

    *  ...

    Javier conheceu uma rapariga no mesmo estado que ele, geralmente, negativo com negativo não gera nada positivo, só que, o parque no centro da Cidade de Nova Iorque, foi o palco do enlance entre duas pessoas totalmente diferentes, com  histórias totalmente diferentes e com os corações que se urniram em um aperto de mão. Javier e Anne, contaram as suas histórias um para o outro e ambos maravilharam-se com as histórias um do outro. Conheceram-se por mais alguns meses, e um ano depois, Anne estava grávida de Javier e era um dos melhores momentos das horríveis vidas que eles tinham. Charles, avô de Anne passou a conhecer Javier durante a gestação dela, por outra, Anne foi apresentada à Ernesto, e o jovem casal residiu por 10 anos em Espanha, na casa de seu Tío Ernesto. Em homenagem às suas mães, atribuiram o nome ‘‘Maria’’, à sua filha, com dez anos de idade apresentava todos os detalhes positivos que os seus pais, na sua idade apresentavam. E a partir daqueles dias, a vida daquela nova família estava a mudar para melhor.

    Os meus familiares da parte do meu Pai são espanhóis e os da parte da minha Mãe são americanos, quanto completei 18 anos, os meus pais contaram-me todas as histórias da minha família e foi difícil enfrentar positivamente tanta informação em poucos dias, é claro que fiquei com medo de isso ser uma espécie de azar ou coisa do género, mas nada que eu pudesse aceitar.
    Eu sou e tenho orgulho de ser Maria Thomas Hernandez.