O diário perdido de um homem que perdeu a face (DEGUSTAÇÃO)

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Aquele homem sem face por muitos anos caminhou, caminhou

A procura de um contrafeitiço nada ele achou

Até as terras de Nãr seu coração determinado o guiou

Mas nem uma solução o pobre infeliz encontrou

Até que em seus sonhos, Tozam Har lhe mostrou

O gênio dos feitiços em Lovehopecatt já chegou

Um único feitiço o homem sem face aprendeu

Da sua antiga face ele já se esqueceu

22:00 da Lua

A noite está chuvosa na mística cidade de Lovehopecatt, localizada na Peça da Água, no Pavillan Lovemeera, no aramalto de Meera. Estou escondido atrás das árvores aguardando alguém que eu nem ao menos conheço, alguém que também não sabe da minha existência, alguém que eu não tenho certeza se é real, alguém em meus sonhos me informou sobre esse dia, sobre essa hora e sobre a chegada desse alguém. São tantos alguéns nessa noite chuvosa que comigo mesmo eu dedico uma solitária prosa. Um longo chapéu preto de aba larga com uma enorme pena roxa na lateral e um casaco preto reforçado que passa dos joelhos, bem agasalhado, sou capaz de me proteger dessa chuva noturna. Não carrego muito peso, na cintura está um punhal muito especial, no bolso esquerdo eu guardo um saquinho de pó acinzentado e uma folha da verdade enrolada em uma pena mística, no bolso direito eu guardo uma bakdernera de pulso fino. No bolso interno direito, uma carteira com dinheiro, no bolso interno esquerdo, o meu diário que está enrolado em uma espiral metálica, no meio dessa espiral eu deixo a minha caneta. Nesse diário eu costumo registrar as minhas memórias.

Nesse exato momento eu estou bem em frente a um peculiar restaurante chamado Bartô Di Bossameera. Falta pouco... em 3... 2... 1... e agora! No exato momento e do jeito que Tozam Har havia me mostrado em meus sonhos; uma carruagem sem taunos para em frente ao restaurante, dentro dela sai um homem de terno usando uma cartola vermelha e um gato cinza segurando uma malinha marrom pela alça usando o próprio rabo. Do jeito que Tozam Har me mostrou em meu sonho, aconteceu! Mas qual dos dois seria o feiticeiro... o homem ou o gato? Nos meus pensamentos, cheio de devaneios, acho que acabei sendo negligente, mas que DROGA! Eles entraram no restaurante, acredito que o bichano percebeu a minha presença, por sorte o homem não deu muita importância. Agora preciso ficar aqui até eles saírem... preciso ser cauteloso e também ter uma resposta... Qual deles é o feiticeiro? Um drill bem quente guardado em uma garrafa térmica é o que vai me manter acordado essa noite. Que droga, eu odeio chuva... que martírio!

27:00 da Lua

Muitas horas já se passaram e nada daqueles dois, não é possível... será uma hospedaria? O jeito é esperar calmamente nessa noite chuvosa... Viajei de tão longe só para chegar até aqui... paciência... paciência, espero que o sono não me atinja.

05:00 do Sol

Já está amanhecendo e nada daqueles dois saírem de lá, já chega! Eu vou entrar agora e resolver o que eu preciso. Esse restaurante é muito estranho, durante a noite ele fica flutuando lá no alto, para acessá-lo é preciso usar uma escada caracol, conforme as horas passam o restaurante vai descendo até que finalmente as raízes de árvore que ficam embaixo dele se fundem com o solo, então o restaurante finalmente se firma no chão. A escada caracol fica lá do mesmo jeito, bem na frente do estabelecimento, soa bem esquisito para quem passa e observa, até parece que é uma falha imbecil na arquitetura. Já sem paciência eu resolvi entrar, mesmo com aquela escada gigante atrapalhando um pouco o caminho eu já cheguei metendo o pé na porta. Para a minha surpresa, o homem e o gato não estavam lá! Quem estava eram dois homens e um gato preto e branco com um coletinho verde. Eles estavam parados feito estátuas, estava claro para mim que eles foram enfeitiçados por um daqueles dois..., mas quem é o feiticeiro... o homem ou o gato?


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