Capítulo 1: prólogo

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Eu sou Mike, tenho 34 anos. Eu sou um assassino, não sou um psicopata, eu só mato pessoas por dinheiro, tem uma diferença. É óbvio que eu e meu trabalho não somos muito bem vistos pela sociedade, mas não tenho o direito de reclamar muito sobre isso, mas pelo menos eu tenho uma enorme conta bancaria, é sou uma péssima pessoa.

É noite, e estou no meu carro, e acabo de sair de uma das minhas "áreas" de trabalho, um governador do México que por ser totalmente contra corrupção o rival político dele contratou os meus serviços.

Mas ei, ele não era nenhum santo, sabe onde esse governador estava? No apartamento da amante, que ele sustenta, fazendo sexo desesperadamente, enquanto a mulher dele fica esperando em casa com os 2 filhos.

Nenhuma pessoa viva ou morta é inteiramente santa ou inteiramente má, nada nem ninguém é absoluto, tirando a própria morte. Até eu não sou completamente mal e cruel, eu tenho minhas próprias regras, uma linha ética que eu não vou cruzar, primeiro, nunca matar ou machucar nenhuma criança, e segunda, causar o mínimo de dor possível, de preferência sem dor nenhuma.

Eu não me vejo como uma pessoa cruel e sanguinária que pode matar qualquer um por dinheiro, me vejo como alguém que só adianta um pouquinho o inevitável.

O lado ruim do meu trabalho é ficar sozinho, não sou o tipo de pessoa carente, eu já tive uma família quando pequeno, obviamente sinto falta dela, não sou um monstro, mas é só dela, não quero começar algo totalmente novo, como me casar e criar filhos e etc.

Meu pai começou com esse trabalho de assassinato, eu amava ele, mas ele tinha uma mente muito pequena para o trabalho, ele nunca nem saia da cidade dele nos Estados Unidos. Já minha mãe morreu na ignorância completa, nunca soube a verdade sobre o marido, o que pra ela era muito bom, ela amava meu pai mais do que tudo, mas nunca foi capaz de matar um inseto e sempre foi contra todo tipo de violência, o que é bem irônico considerando o marido e filho que ela teve.

Graças ao meu trabalho eu viajo para o mundo todo, e nem sempre tenho paciência para ficar em um quarto de hotel, algumas vezes eu comprava uma casa e ficava por menos de uma semana, e não era qualquer casa, era uma verdadeira mansão, eu tinha pelo menos uma mansão para cada estado dos Estados Unidos.

Eu com o tempo criei um império de assassinos, nossa organização seguia as minhas duas regras, não machucar crianças, causar o mínimo de dor necessária para matar alguém. É claro que sempre tem aquela maçã podre em todo grupo, e para essas pessoas eu mesmo quero ver o corpo delas queimar.

Na minha opinião, assim como a opinião de Dante, a traição é o maior de todos os pecados do mundo, e aquele que a fizer merece a punição máxima, a morte, talvez nem isso seja suficiente.

(A divina comédia de Dante, fala sobre a viagem do autor do caminho do inferno ao céu, nela Dante diz que o inferno é dividido em 9 círculos para os piores pecadores, eles são, 1 aqueles que não foram batizados, 2 os luxuriosos, 3 os gulosos, 4 os pães duros, 5 rancorosos, 6 os que não acreditam em Deus, 7 violentos, 8 mentirosos e 9 traidores, cada um deles com a punição adequada. Quem quiser saber quais as punições que os pecadores levam pesquise, se eu falar fica muito grande.)

E infelizmente para mim, existem muitas pessoas que estão dispostas a me trair, mas para minha sorte eles são em sua maioria burros e ignorantes.

Enquanto eu dirigia o meu carro, um outro carro completamente preto aparece ao meu lado, a janela desse carro se abre e uma mini metralhadora aparece da janela e começa a atirar em mim.

Em uma tentativa de fugir da mini metralhadora eu viro o volante e bato em um poste de luz, destruindo meu belo carro e também fazendo eu bater a cabeça no volante me machucando muito e ficando meio zonzo, mas eu ainda tenho um pouco de lucidez para eu poder sair do carro e tentar fugir, claro que com uma pistola pistola na mão, mas eu duvido muito que eu vá conseguir usá-la perfeitamente.

Enquanto eu tentava me esconder atrás do carro eu ouço o som da porta de um carro abrindo, sem dúvida alguma era do carro preto.

Eu ouvia uma pessoa se aproximando de mim e do meu carro.

??? - hahaha! Se machucou muito chefe? Porque eu te garanto que vai doer ainda mais!

Esse filho da puta! Eu não consigo acreditar nesse cretino!

A pessoa que estava falando era o Charlie, o meu braço direito, ele era audacioso, mas isso! Isso é demais até pra ele!

Mike - Charlie?! Sério mesmo?! Caralho, isso é por dinheiro? Você já tem dinheiro pra viver como quiser!

O fato de eu estar escondido atrás do carro impossibilitava de eu o ver, mas eu tinha certeza de que ele estava andando para a minha direção e sem dúvida alguma estava com uma arma, provavelmente com a mini metralhadora que me fez bater.

Charlie - claro que não é por dinheiro, bom, também é por ele, mas também é pelo poder! Eu quero poder mandar em todo mundo sem ter peso na consciência de que alguém pode desfazer tudo o que eu fiz! Quero poder fazer o que eu quiser e quando quiser!

Que coisa mais ridícula!

Charlie - mas já chega de conversa. Vamos acabar logo com isso!

Então eu começo a ouvir o som de tiros da mini metralhadora, e eu percebo uma coisa, não era uma coisa do tipo "eu vi minha vida passar pelos meus olhos" ou coisa do gênero.

Não, eu percebi, que finalmente vou encontrar a morte, eu vou finalmente conhecer o ser a quem eu já mandei várias pessoas aos braços. E sinceramente eu não estou com medo do que está por vir, seja o inferno ou qualquer outra vida que estava por vir, eu não entrei em pânico, só aceitei o que é inevitável.

Mas então, um raio caiu na minha cabeça.

Servo do rei demônioOnde histórias criam vida. Descubra agora