Segredo Revelado

807 83 49
                                    

Um mês depois

Pov Alec 

já eram 5 horas da manhã, mas eu não conseguia dormir. Na verdade eu passei quase que a noite toda pensando no que iria fazer hoje. 

Depois de um mês ficando com Magnus, eu já estava perdidamente apaixonado por ele.

Seu jeito doce e sincero, mas também o seu jeito dominador e fogoso na cama me deixava louco.

Tudo nele me fascinava, o jeito inteligente que ele falava, o amor em que ele me contava sobre os animais que cuidou durante o dia.

Haviam muitas coisas que ainda me deixava confuso. Como o fato de ele nunca ter me levado em sua casa, na maioria das vezes sempre ficávamos na minha.

Eu esperava que ele me esclarecesse sobre isso logo, principalmente diante o que eu faria.

Hoje eu marquei de almoçar com ele, então nós iriamos para os nossos trabalhos, e depois nós nos encontraríamos em um restaurante e seria nesse momento em que eu o pediria em namoro.

Talvez seja cedo demais, faz apenas um mês que nos conhecemos, mas eu estava certo do que queria e era Magnus.

Levantei da cama aceitando que eu não iria conseguir dormir e fui até a cozinha. Peguei um brigadeiro de panela que estava pronto na geladeira, peguei uma colher e fui para a sala.

-Mas que raios você está fazendo na minha casa a essa hora!? –Perguntei tentando me recuperar do susto que levei quando avistei Jace estirado no me sofá.

-Meu deus Alec, que susto! –Levantou do sofá ainda sonolento.

-Susto? Você quem está na minha casa as 5 da manhã! –Me joguei do seu lado no sofá. –Agora, o que raios você está fazendo na minha casa? –Perguntei novamente enquanto começava a comer meu brigadeiro.

-A Clary está na casa da mãe, eu não queria ficar sozinho então vim pra cá. –Ele se levantou e foi até a cozinha. Voltando logo depois com uma tigela de morangos e uma colher.

-Eu tenho que repensar esse negocio de você ter a chave da minha casa para emergência, já que claramente você usa quando te dá na telha.

-Alec não seja tão insuportável. –Falou antes de jogar os morangos picados na minha panela com brigadeiro sem permissão.

-Meu deus como você é espaçoso. –Bufei quando ele colocou os pés na minha mesinha e começou a comer junto comigo.

-Como está a Clary? –Perguntei.

-Ela está ótima, como sua mãe mora em outra cidade ela resolveu visita-la antes que a barriga crescesse mais e ela não pudesse mais viajar.

Clary e Jace estão juntos ha três anos, ela é pintora e ele é dono de uma galeria de artes, e foi por meio da arte que os dois se conheceram. Ela está gravida de 4 meses e a espera de uma menininha. Jace não podia estar mais bobão.

-E como vai o seu lance com o Sr. Gostosão? –Perguntou e eu revirei os olhos com o uso indevido do apelido que era apenas de nós dois, e não de todo mundo, mas Isabelle não sabe ficar de boca fechada.

-Você pode parar de chama-lo assim? Esse apelido é só nosso está bem?

-Tá legal me desculpe! –Falou levantando as mãos como forma de rendição. –Mas como vai o seu lance com o Magnus?

-Depois de hoje a tarde vai deixar de ser um lance.. –Sorri e ele rapidamente entendeu o que eu quis dizer.

-Nãoooo! Você vai pedi-lo em namoro? –Assenti e ele me deu um empurrão. –Alec, mas há um mês você iria se casar com outro cara! Você deve gostar muito dele, não é?

-Sim, Jace, eu gosto muito. –Falei olhando para o teto e pensando nele. Na maior parte do tempo eu sempre estava assim, pensando em Magnus Bane.

(...)

Cheguei alguns minutos adiantado no restaurante. Depois de uma manhã agitada no trabalho, com projetos publicitários para revisar antes de mostra-los aos clientes, com os projetos que eu havia ficado encarregado e todas as outras coisas que agora era a minha função realizar, depois de todas essas coisas eu só precisava do meu calmante.  E era Magnus.

Um beijo, um abraço, um sorriso dele eram coisas que me acalmavam. Apenas a presença dele me acalmava e eu gostava disso.

-Oi, anjo. –Falou aparecendo na minha frente e me dando um selinho demorado.

-Oi, Magnus. –Comecei a ficar nervoso pelo que eu estava prestes a fazer.

E se Magnus não gostasse de mim da mesma forma? E se ele achasse que era cedo demais? Tudo podia acontecer e eu não sei se estou preparado.

É irônico, eu que sempre me considerei uma pessoa bem resolvida quanto aos meu sentimentos, estou apavorado com a possibilidade de um cara que eu conheci no bar ha um mês, diga não ao meu pedido de namoro. 

-Como foi o trabalho? –Perguntei tentando ganhar tempo.

-Foi tudo ótimo, sabe como é né.. as maravilhas de ser médico veterinário.. Hoje só dois cachorros fizeram suas necessidades no meu consultório. –Disse com bom humor e eu ri. –E como foi lá na empresa? Andrew está se comportando bem?

-Está sim, no começo foi estranho ter que lhe dar ordens, mas eu confesso que gosto da sensação. Ele também parece ainda ter ressentimentos quanto ao término, mas eu não me importo.

Depois que terminamos de comer, nós continuamos sentados conversando e trocando beijos enquanto a nossa sobremesa não chegava.

-Bom..Magnus, eu quero te dizer uma coisa.. –Comecei a dizer meio incerto e Magnus logo ficou preocupado. –Não se preocupe.. é uma coisa boa.. –Disse e ele suspirou aliviado.

-Diga, Alexander..

-Eu gosto de você.. e bem, acho que você gosta de mim também.. –sorri nervoso. –Então eu quero saber se você quer ser..

Fui interrompido com uma voz feminina que se fez presente perto de nós.

-Olha quem eu achei.. –Olhei para o lado e lá estava parada uma mulher linda e muito elegante. Voltei minha atenção para Magnus que a olhava como se ela fosse um fantasma.

-Camille! O que faz aqui? -Perguntou e sua voz demostrava desespero. A mulher ignorou sua pergunta e se virou para mim.

-E você deve ser o cara que está dormindo com o meu marido! –Sorriu para mim com o seu batom vermelho e meu mundo pareceu girar. De repente minha garganta ficou seca e minha cabeça começou a doer. Eu ouvi direito? Marido?

-Ex marido, Camille. –Ele falou.

-Então por que há um mês eu te mandei os papeis de divórcio e você ainda se recusa a assina-los?

Meu Melhor Erro (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora