Meu Melhor Erro (Malec)

Amor

Pov Magnus

-Amor, cheguei! –Ouvi Alexander praticamente gritar enquanto entrava no nosso apartamento e na mesma hora eu fechei o livro que estava lendo, e voltei minha atenção pra ele.

Ele estava tão gostoso vestido de publicitário que eu mordi os lábios já me imaginado o despindo e entrando fundo nele.

Ele foi até a cozinha e depois voltou com uma garrafinha de água e um sorriso apaixonado, desconfio que eu também estava sorrindo.

Era sempre assim quando ele chegava do trabalho, não importa o quão estressante havia sido o dia dele, não importava o quão insuportável era a convivência com o seu ex no trabalho, Alexander sempre chegava sorrindo, animado e com toda paciência para ouvir sobre o meu dia, não que eu fizesse muitas coisas, já que estava afastado do trabalho para me recuperar, mas Alec queria que eu contasse exatamente tudo que eu havia feito no dia, mesmo que fosse apenas ler livros.

Eu sabia que ele se sentia mal por ter que ir trabalhar e me deixar em casa sozinho, mas eu me sentia bem melhor por causa da terapia, dos dias de descanso em casa e principalmente, por causa dele.

-Como você se sente? –Perguntou se sentando do meu lado.

-Me sinto bem, anjo.. e você? Como foi o trabalho?

-Nada disso, Magnus, vamos falar sobre o seu dia. –Disse colocando a garrafinha na mesa e se aproximando para me dar um selinho. –Não quero estressar você com o meu trabalho.

-Amor, eu estou bem, estou me recuperando. –Olhei em seus olhos para que ele visse que eu estava sendo sincero. –Eu agradeço que queira me proteger e cuidar de mim, mas eu sou seu namorado, estou aqui pra te ouvir também.

-Tudo bem.. –Disse pensativo. –Tudo bem! –Repetiu, agora mais animado, antes de me dar um beijo.

Alexander era a pessoa mais tagarela que eu conhecia, provavelmente havia sido difícil não falar tudo que queria por medo de me estressar.

-Amor, você não vai acreditar.. –Começou a falar. Se deitou no sofá com a cabeça no meu colo. -.. Andrew está fazendo da minha vida um inferno no meu próprio trabalho.

-Mas, você não é o chefe dele, Alexander? –Perguntei sentindo a raiva subir no meu peito, mas não deixei transparecer no meu rosto a vontade que eu estava de dar uma segunda surra naquele imbecil.

-Sim.. mas eu não quero que as pessoas achem que eu não sou um bom profissional e que eu não sei separar o trabalho da vida pessoal..

-Mas quem não sabe é ele!

-Andrew é adorado por todos naquele lugar, Magnus.. ficariam todos contra mim. –Suspirou. Foi a primeira vez que eu havia visto o rosto de Alec ficar com uma expressão triste em dias.

E no mesmo momento eu me senti culpado. Talvez eu o tivesse sobrecarregado com os meus problemas, meus fantasmas e minhas dores e por isso não percebi que ele poderia ter os próprios problemas.

-Eu sinto muito que esteja passando por isso sozinho. –Passei as mãos pelos seus cabelos. –Mas, meu amor, você não pode ficar refém no seu próprio trabalho. Andrew é subordinado a você, todos são.

-Tem razão.. –Fechou os olhos aproveitando o carinhos nos cabelos. –Eu vou resolver isso o mais breve possível.

-Fico feliz. –Respondi. –E eu sinto muito por não estar te ajudando da mesma forma que você me ajuda..

-Por que diz isso?

-Desde que você veio morar aqui.. a sua maior preocupação tem sido em me dar amor, apoio e a me ajudar a conviver com a dor de ter perdido minha filha.. eu sinto como se não estivesse retribuindo da forma que você merece. –Confessei. Alexander tornou a se sentar e me encarou.