To Hell We Go

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"O-o que?" Harry sussurrou no susto. Ele ainda se agarrava ao seu ursinho de pelúcia, o xixi que ele havia feito mais cedo em sua fralda estava coçando e irritando, provavelmente também causaria uma assadura. Mas nada poderia ser pior do que isso: um monstro, com olhos negros e dentes afiados, dizendo a Harry que ele era papai dele.

O monstro silenciou ele. "Vai ficar tudo bem agora. Todos os garotinhos precisam de papais, huh?" Ele disse em uma voz excessivamente suave. "Agora você tem um, hm? Isso não era exatamente o que você queria?"

Harry balançou a cabeça freneticamente. "Eu não quero um assustador... Seja quem for, ou tanto faz o que você seja, está invadindo minha casa e invadindo completamente minha privacidade e-" Ele estava hiperventilando.

O monstro acariciou a mão sobre o cabelo de Harry. Isso deveria acalmar Harry, mas só o fez entrar em mais pânico. "Não se preocupe. Papai Louis vai cuidar de você agora." Ele sorriu. Harry ficou aliviado ao ver os dentes do tubarão desaparecendo - eles eram menores do que dentes de tubarão, no entanto. "Agora papai vai empacotar algumas coisas para você e nós vamos para casa."

"Essa é a minha casa!"

Louis, como o monstro que era, olhou para ele. "Não grite com seu pai. Você quer sua bunda vermelha?"

Corando, Harry mordeu o lábio. Ele teria que ficar quieto. Talvez quando saíssem, ele gritasse por socorro. Por enquanto, tudo o que ele podia fazer era ficar em silêncio e deixar esse imbecil fazer o que ele veio fazer. Que, aparentemente, foi fingir ser o pai de Harry.

Ficar em silêncio era bom, quando Louis, o monstro acenou alegremente para ele. "Eu só vou pegar algumas roupas para você." Ele entrou no closet de Harry, desaparecendo ao virar na grande porta. E sim, Harry poderia fugir, mas por alguma razão ele sabia que não iria funcionar. Além disso, ele estava apenas em sua fralda e camiseta, e sair correndo lá fora com isso não seria nada bom.

Será que Louis de alguma forma descobriu sobre o fetiche de Harry e agora estava tentando sequestrá-lo e usá-lo? Ele não vê como isso era possível, sendo que ele manteve segredo, além de alguns lugares on-line, é claro. Mas isso foi algo que aconteceu na ocasião, em que as pessoas fazem on-line e, em seguida, na vida real. Harry foi apenas azarado e foi escolhido como uma dessas pessoas.

Louis saiu, sem roupas de Harry à vista. Então, para constrangimento total de Harry, ele puxou a caixa privada de debaixo da cama e sorriu para ele. "Tenho que ter brinquedos especiais do meu bebê antes de irmos."

Mas para onde que ele vai seria levado? Inferno, talvez? Ele podia se ver sendo arrastado para o inferno por esse monstro.

... E, bem, ele não chegou a esperar isso. Foi mais do que um pensamento ultrajante. E ele pensou que ele só imaginou os olhos pretos e a movimentação tão rápida quanto a velocidade da luz em sua mente assustada. Ou, pelo menos, ele esperava que fosse tudo sua imaginação.

Mas sim, ele foi basicamente tomado pela força do inferno. Literalmente, o Inferno. Com demônios. E o fogo. Com um assustador e barulhento moinho de vento,  brilhante como o sol; um buraco redondo girando apareceu em seu quarto contra a sua parede. Harry nunca tinha ficado tão apavorado, nem mesmo quando ele se assumiu para sua família.

"Segure-se firme no seu ursinho, amor!" Louis gritou sobre o vento. Ele agarrou Harry ao redor de sua cintura e puxou-o para fora da cama em seus braços. Harry gritou, chutou e se debateu. Todas suas tentativas de se soltar foram falhas e um minuto depois já estava feito. Louis era forte e não se mexeu durante o tempo todo.

"Brincadeira do papai. É alto e assustador, mas é o caminho de casa, ok?"

"Por favor. Não me machuque." Lágrimas escorriam pelo rosto de Harry. Ele estava agora segurando a camisa do homem e empurrando o rosto em seu pescoço. Foi estranho, o homem que segurava Harry pôs suas mãos na fralda sobre sua bunda, mas nada podia ser feito. Ele estava apavorado. O que ia acontecer com ele?

"Oh, querido, eu nunca te machucaria. Não enquanto você é um bom menino, pelo menos," Louis murmurou em seu ouvido, pressionando os lábios em seu lóbulo sobre o emaranhado de cabelo. "Então, basta ser o meu bom bebê Hazza, ok? Agora, vamos para casa."

The Demon That Babied Me  [l.s portuguese version]Onde histórias criam vida. Descubra agora