Meeting

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   —Okay, vocês me fizeram vir mais cedo por quê? – Yaling perguntou, jogando a mochila em um canto da sala de prática. Havia acabado de acordar quando recebeu uma mensagem de Sizhui, dizendo que ele e JingYi precisavam falar com todo mundo. 

   —Precisamos da ajuda de vocês com uma coisa. – Disse JingYi, enquanto os cinco se organizavam em círculo e ele segurava o celular para que Jin Ling pudesse ver todo mundo pela vídeo chamada. 

   —Bom, vocês sabem que eu achei uma câmera que pertencia a duas pessoas e que essas pessoas formavam um casal. – Sizhui começou a explicar, enquanto os outros prestavam total atenção nele. – O que vocês não sabem é que esse casal é composto pelo meu pai e... Um outro garoto.

   As reações que vieram a seguir foram formas diferentes de expressar surpresa. Yaling e Jin Ling arregalaram os olhos, ZiZhen escancarou a boca e A-Qing estava com uma expressão que dizia claramente "WTF?".

   —Estou contando isso para vocês porque preciso de ajuda, então, por favor, mantenham segredo. – Os quatro assentiram. 

   —Mas e aí? Você achou o outro garoto? – A-Qing perguntou, se recuperando do choque.

   —Não e é por isso que eu preciso de vocês

   —Não é só perguntar para o seu pai? – Jin Ling perguntou. 

   —Ah, claro! – JingYi rebateu com falsa animação, cada palavra pingando ironia. – "Oh pai, como vai o seu ex namorado provavelmente morto que eu não deveria saber da existência?" Que ideia brilhante. 

   —Por que vocês acham que ele morreu? – Perguntou ZiZhen. 

   —Afinal, onde vocês acharam essa bendita câmera? – Perguntou Jin Ling.

   —Cidade fantasma que o JingYi queria ir. – Explicou Sizhui. – Aproveitamos que estávamos há umas quatro horas de lá e...

   —Vocês estão me dizendo que a primeira coisa que escolheram visitar no Caribe foi uma cidade fantasma? – A-Qing perguntou, como se aquilo fosse um absurdo.

   —Não foi minha escolha. – Sizhui deu de ombros.

   —Eu arrastei ele? Sim, mas se não tivesse arrastado não teríamos encontrado a câmera. – JingYi se defendeu, mexendo tanto o celular enquanto falava que Jin Ling ficou um tanto zonzo do outro lado. – Mas isso não vem ao caso. O foco aqui é não darmos falsas esperanças ao Hanguang-Jun e acharmos o ex dele vivo ou morto. 

   —Que seja vivo, amém. – ZiZhen murmurou para si mesmo. 

   —Então, o que vocês têm? –Yaling perguntou, escorando a cabeça no ombro de ZiZhen. 

   Sizhui começou a listar algumas coisas relevantes que havia visto nos vídeos enquanto JingYi fez ou outra acrescentava alguma coisa, olhando em um bloquinho de notas. 

   —E ele não é a única pessoa que a gente quer achar. 

   —Tem uma criança que a gente sabe que está viva, mas não sabe o paradeiro. – JingYi completou. – Filha de uns amigos do pai dele. Ela foi a última a ver o cara que estamos procurando.

   —Qual o nome dela? – Perguntou A-Qing.

   —Não sei o nome verdadeiro, mas meu pai e o namorado dele chamavam ela de A-Ling. 

   —Vocês sabem o sobrenome? – Yaling perguntou, olhando fixamente para o rosto de Jin Ling no celular. 

   JingYi virou a página do bloquinho de notas, procurando onde havia anotado e riscado os nomes dos pais da garotinha.

   —Zhou ou Zheng. 

   —Jie... – Jin Ling chamou, deixando certa preocupação transparecer em seu tom. – Quais as chances...?

   —Muitas. – Yaling respondeu, passando uma das mãos pelo rosto.

   —Vocês conhecem alguém que bate com o que sabemos sobre ela? – JingYi perguntou, assim como todos notando o quão estranho os dois estavam agindo.

   —Sim... – Yaling respondeu. – Passo o que sei para vocês depois, mas... Qual é o nome da pessoa que é nossa prioridade? 

   —Verdade, vocês falaram tudo menos o nome dele. – Concordou A-Qing.

   —Sizhui? 

   —Wei Ying. 

   —Okay... – Yaling parou para pensar durante alguns segundos antes de arregalar os olhos. – Meu Deus, eu preciso fazer uma ligação e confirmar uma coisa.

   —Que liga... – Antes que JingYi terminasse de falar a garota já havia pego o celular e saído correndo pela porta. Quando foi perguntar a Jin Ling, percebeu que ele havia desligado a chamada. – O que deu neles? 

   —Eles sabem de alguma coisa. – Disse Sizhui.

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