Alive

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   Quando Yaling voltou para a sala, a atenção de seu grupo de amigos rapidamente se voltou para ela. 

   —Licença. – Sorriu de maneira tímida, em seguida fez um sinal para XingChen. 

   —Algum problema? 

   —Preciso falar com o Sizhui. – Apontou para o garoto se alongando no canto da sala. – Acho que não vamos poder fazer aula agora, podemos vir a tarde? 

   Mesmo achando estranho, XingChen concordou e fez sinal para Sizhui sair da sala. Assim que o garoto apareceu na porta, Yaling agarrou seu braço e os dois correram para fora da empresa.

   —Por que estamos correndo? – Perguntou Sizhui, enquanto os dois dobravam uma esquina. 

   —Porque é o horário que o seu tio chega e se ele pegasse a gente lá fora... – Yaling deixou a frase no ar assim que os dois pararam em frente a uma padaria. – Precisamos conversar. Eu achei ele. 

   —Wei Ying? – Os olhos de Sizhui se iluminaram e um sorriso começou a surgir em seus lábios, aparentemente todo o cansaço que sentia havia ido embora.

   —Agora ele chama Wei Wuxian... – Yaling sorriu fraco, contendo o impulso de apertar as bochechas do garoto. – E é meu tio.

   —Como assim? 

   —Ele é irmão adotivo da minha mãe. 

   —E onde ele está? – Perguntou, segurando a vontade de sair pulando e gritando de alegria. 

   —Em New York, ele mora lá. – A felicidade do garoto era tão contagiante que Yaling sentia seu sorriso aumentando a cada palavra. – É um designer bem famoso por lá a propósito. 

   —Como meu pai nunca reencontrou ele? – Sizhui perguntou indignado, sem perceber que os dois estavam se segurando pelos ombros. 

   —Nenhuma das madames saiu do país que estava. Meu tio não saiu dos Estados Unidos e seu pai não saiu da China.

   —Vamos ter que mudar isso. – Sizhui sugeriu. 

   —Ah, vamos. Claro que vamos. – Yaling concordou, tirando o celular do bolso. – Só para garantir...

   Após procurar por alguns instantes, Yaling virou a tela do celular com o que parecia ser uma foto tirada pelo próprio Wei Ying na frente do espelho. Sizhui praticamente tomou o celular das mãos dela para ter certeza de que era ele e começou a dar pulinhos de felicidade ao confirmar.

   —Eu sou uma sobrinha ligeiramente apegada com ele, então se você quiser ver outras fotos é só passar para o lado. – Sizhui assentiu, fazendo o que ela disse. – Faço ele me mandar fotos as vezes para garantir que está comendo direito e faço chamada de vídeo algumas vezes para confirmar.

   —Você parece uma sobrinha meio coruja. – Sizhui comentou, rindo enquanto devolvia o celular para ela.

   —Isso existe? Eu só me preocupo com ele morando sozinho e tudo mais. Antes eu morava com ele então... deu para criar um certo laço. – Yaling deu de ombros. – Enfim, como vamos contar ao seu pai? 

   —Eu não tenho ideia. 

   —Olha, acho melhor eu conversar com meu tio primeiro, porque se ele nunca mencionou o Hanguang-Jun deve ter um bom motivo. 

   —E se ele achar que meu pai está morto? – Sizhui perguntou, se lembrando de uma das coisas que chamou sua atenção quando estava no Caribe. – Eu vi uma lista e os nomes dos dois estavam lá. 

   —Pode ser isso. 

   —Me avisa quando falar com ele? 

   —Aviso. – Estendeu a mão e o garoto apertou, como se estivessem fazendo um trato. – Vamos resolver logo esse mal entendido e tirar esse peso dos ombros dos dois. 

   —Não vejo a hora. – Sizhui sorriu.

   —Agora, me conta. Como era a relação do meu tio com o seu pai? 

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