Living Memories

Strange

Algum Tempo Depois

   —Não contou para a sua família que estava voltando? – XiChen perguntou, enquanto os dois arrastavam suas malas pelo aeroporto. 

   —Só para o meu tio. – Yaling deu de ombros enquanto rezava para Jiang Cheng não ter tido a brilhante ideia de trazer Wuxian com ele. Se XiChen visse que Wei Ying estava vivo, seu plano estaria arruinado. – Ele disse que vinha... Olha ele ali! 

   XiChen olhou para onde a menina estava apontando e congelou no lugar ao ver quem era o tio que ela tanto falou durante a viagem. Yaling levou algum tempo para notar que ele não estava mais ao seu lado e se virou para trás com um semblante confuso.

   —ZeWu-Jun? Tudo bem? 

   —Hum? Sim, sim. – XiChen parecia ter acabado de sair de um transe. – Estou bem. 

   Seguiram o caminho até Jiang Cheng, que estava com um sorriso enorme no rosto até reconhecer a pessoa ao lado de sua sobrinha. O clima de repente parecia tenso. 

   —Oi! – Yaling o abraçou, mesmo sentindo que havia alguma coisa errada. – Senti saudades.

   —Eu também... – Murmurou entre o abraço, erguendo e girando a sobrinha no ar. – Mas por que não queria que eu contasse para os seus pais? 

   —Longa história. – Yaling se virou para o CEO atrás de si, vendo que ele parecia olhar para qualquer pessoa ou ponto que não fosse Jiang Cheng. – Tio Cheng, este é... 

   —Lan XiChen. 

   —Jiang Cheng.

   Os dois se cumprimentaram com acenos educados com a cabeça, enquanto Yaling fazia uma lista mental de todas as perguntas que faria a Jiang Cheng quando estivessem sozinhos. Quando XiChen se despediu dos dois, a garota notou que seu tio soltou um suspiro de alívio. Aquela foi sua deixa para começar o interrogatório. Também interrogaria XiChen quando tivesse a oportunidade.

   —O que foi aquilo com o Lan XiChen? – Perguntou assim que entraram no carro de Jiang Cheng. – Por que ficaram evitando olhar um para o outro daquele jeito? 

   —A-Ling, existem algumas coisas que você não compreende.

   —'Tá falando igual minha mãe. – Yaling revirou os olhos, antes de voltar seu olhar para ele. – Tio Cheng, XiChen é alguém importante para mim e não preciso ficar dizendo que você também é. Então, por favor, conversem e resolvam o que rolou entre vocês.

   —Você sabe o que eu e ele tivemos? – Jiang Cheng perguntou sem desviar o olhar da avenida. – Ele te contou? 

   —Sim. – Mentiu, mas já tinha uma certa ideia do que poderia ter acontecido. – Ele é mais meu amigo do que meu CEO. Enfim, vou falar com ele sobre isso e ver se consigo fazer vocês conversarem. 

   —Podemos mudar de assunto? – Jiang Cheng pediu fazendo careta. – Vai me explicar o motivo de você ter voltado para casa do nada e ficar me perguntando sobre o Wuxian?

   —Só vou te explicar porque você vai ser meu parceiro no crime.