Sinto meu rosto esquentar, é a raiva me consumindo.
"Quem ele pensa que é pra me tratar assim."
Pego minhas coisas e faço um jutsu para pôr tudo em um pergaminho. Feito isso saio pela janela, melhor evitar as portas, pode ter um certo alguém me esperando em alguma delas. Saio de mansinho, uma das dádivas de ter treinamento ninja, você só é percebida se quiser.
Quando já estou longe o bastante daquele lugar, caminho tranquilamente.
"E agora, o que eu vou fazer pra sobreviver? Não acho q vão me deixar voltar pra academia, depois das verdades que eu falei pro Tobirama-san. Mas ele mereceu. Bem, um problema por vez. Preciso relaxar."
Pela posição da lua devem ser umas 21:00 horas. Entro em uma taverna e vou em direção a uma mesa vazia. Sento e abro o colete do uniforme, fazia um calor insuportavel. Peço ao garçom uma dose de saquê, que ele traz em seguida. E assim eu fico, bebendo enquanto milhares de pensamentos giram e giram em minha cabeça. Haviam poucas pessoas ali, apenas eu, o garçom, um homem atrás do balcão que julgo ser o dono do estabelecimento, mais dois ninjas sentados no balcão e um homem sozinho em outra mesa.
Alguns minutos depois e os ninjas vão embora, um deles lança um olhar de desaprovação em minha direção.
"É amigo, eu também não gostaria de estar aqui. A que ponto chegamos."
Tomo mais uma dose de saquê e quando baixo o copo, vejo que o homem da outra mesa me encara e eu não desvio o olhar. Ele então levanta, e vem até minha mesa, algo parecia diverti-lo.
- Boa noite. O bafo de saquê que sai de sua boca chega a me deixar tonta.
- Desculpe, eu te conheço? Falo enchendo meu copo outra vez.
- Creio que não, mas para mim seria um prazer conhecer você. Ele fala sorrindo.
- Sinto muito, não posso ajudá-lo.
- Mas é claro que pode, vamos, não se faça de difícil. Ele tenta pegar minha mão mas eu sou mais rápida e a retiro de cima da mesa.
- Olha, eu acho melhor você me deixar em paz. Não quero problemas.
- É dinheiro? Vamos, fale quanto quer? Vejo que ele pega sua carteira.
- Escuta aqui cara, é melhor você cuidar da sua vida e não se meter comigo. Se quer se divertir, vá atrás de outra pessoa. Garçom, a conta por favor. Falo enquanto me levanto e vou até o balcão.
- Você chegou aqui se oferecendo, e agora está dizendo que não quer nada? A que se dane. O homem chega por trás de mim e me prende com o seu corpo contra o balcão. Meu punho se fecha como um reflexo, me viro e o acerto um soco bem no nariz. Ele caminha para trás, colocando as mãos sobre o nariz que jorra sangue.
- Sua vagabunda. Ele berra. E vem novamente em minha direção. Eu o agarro pela gola do casaco e o jogo sobre uma das mesas, que quebra com o peso do homem. Ele fica lá mesmo, desacordado.
- Aqui está. Pego um dinheiro e coloco sobre o balcão. Era mais que suficiente para pagar pela minha bebida e a mesa quebrada.
Saio da taverna e sigo caminhando sem rumo. Não tenho pra onde ir, e agora estou levemente embriagada. Rio da situação.
"Pelo menos não pode ficar pior, não é?"
Mas podia, ô se podia."Não tenho pra onde ir, talvez papai e mamãe tenham algum conselho."
Chego ao cemitério da Vila e vou até o túmulo dos meus pais.
"Quanto tempo ein. Me desculpem por não vir muito aqui."
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Meu Chefe, o Hokage
FanfictionAkira Inu, uma jovem aventureira que acaba de se tornar professora na academia de gennins de Konoha. Sua vida vai mudar quando começa a ter contato frequente com o então Hokage arrogante da Vila.