Capítulo 4 - O Acampamento

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Depois de termos deixado a cidade, conseguimos nos livrar dos infectados e resolvemos investigar o caso do Mr. P.

Fugimos daquela cidade e compramos artigos de acampamento, para termos onde ficar e investigar. Passamos 1 mês visitando lugares diferentes e colhendo mais informações, o máximo que pudemos.

Decidimos ficar em um acampamento com alguns chalés, uma caverna e uma casa na árvore. Mas estávamos morando em uma tenda, pois todos esses lugares estavam trancados, menos a casa na árvore, que estava quebrada na escada.

Não descobrimos muita coisa, só sabíamos que o paradeiro de Mr. P era desconhecido, nem o que causava a infecção nas pessoas. Apenas descobrimos quem foram as vítimas, mas não foi algo tão útil, pensamos.

Um dia estávamos na nossa tenda e percebi a única coisa que a nossa descoberta nos rendeu, então eu disse para Doggy:

— Eu acho que aqueles monstros... Acho que eles eram nossos amigos...

— Hm... Bom, está ficando tarde, eu acho devíamos dormir.

Depois que Doggy falou aquilo, resolvi tentar dormir, mas na hora que peguei num sono, ouvi um som de ovelha...

Mas o problema é que durante um mês inteiro, nenhuma ovelha apareceu no acampamento, então eu resolvi olhar e o que eu pensava que era realmente era.

Suzie Sheepy, melhor amiga de Penny, infectada, estava ali. Não fiz movimentos bruscos para ela nos descobrir, mas fui avisar para Doggy, o outro problema era que Doggy não estava ali.

Doggy disse que estava com sede antes de dormir, mas não tinha água. Ouvi o som de alguém bebendo e depois ouvi um latido muito forte, quase um uivo.

Sabia que Sheepy estava ali, mas gritei:

— Doggy, onde você está?

Era bem melhor não ter feito aquilo...

Doggy apareceu perto da cabana, mas Doggy estava com um machado na mão, dentes para fora e com os mesmos olhos de Penny. Doggy foi infectado!

— Doggy, o que aconteceu com você?

Mas não esperei a resposta, por que tive que correr, pois Doggy avançou para cima de mim e corri.

Logo ali vi uma garrafa suja de líquido verde vazia, que dizia: Refrigerante de limão. Era o favorito de Doggy, devem tê-lo enganado.

Tentei sair daquele acampamento, mas Sheepy havia nos trancado. E eu nunca soube onde estava a chave, por isso nunca tranquei. Só havia uma solução, achar a chave.

Sheepy arrombou um dos chalés e lá encontrei uma tábua de madeira, um martelo e uma chave inglesa. Aquele era o chalé-armazém.

Peguei a madeira e o martelo e consertei a casa na árvore, achei uma chave que combinava com a de um chalé, então fui lá e destranquei.

Tinha um cofre que só podia ser aberto com uma senha, então deixei para lá. Mas sem antes pegar a chave que estava embaixo do cofre.

Abri outro chalé e lá tinha uma chave, eu peguei e, OPA! – Sheepy entrou naquele chalé também e quase me pegou, se eu não tivesse me esquivado.

Passei por mais apuros do que todas as vezes, porque agora havia dois monstros correndo atrás de mim.

Depois de ter encontrado a senha do cofre, abri ele e achei uma tocha apagada, acendi com um fósforo e decidi ir na caverna.

Nunca fui lá pois não tínhamos lanterna, mas também achei uma boa, assim nem Doggy nem Sheepy iriam me achar.

Realmente foram meus momentos de paz, pois além de não ser perseguido pelos monstros, achei um cubo de gelo que havia uma chave de chalé e decidi ficar ali para pegar a chave.

Realmente, só havia um chalé que não fui, o chalé que tinha vários fios ligados a ele, não sei por que.

Usei minha tocha para derreter o gelo, logo funcionou. Voltei para o acampamento e Doggy logo ficou correndo atrás de mim, mas deu tudo certo.

Depois de ter ido ao chalé que faltava, não muito longe da nossa tenda, abri o chalé e encontrei um gerador.

Perto da entrada do acampamento tinha um registro de luz com 3 espaços, significava 3 geradores. Eu já vi os outros dois, um perto da porta e outro do outro lado do acampamento, dentro de um cercado.

Eles é que faziam o acampamento ter luz, só que como nunca conseguimos abrir nada, sempre foi muito escuro ali.

Voltei para o chalé do gerador e achei a chave do cercado. Fui então para o outro lado do acampamento e destravei o outro gerador.

Encontrei uma nota ao lado dele e dizia: Ligue os geradores com a chave inglesa.
Voltei para o chalé-armazém e comecei a ligar os geradores.

Claro que a perseguição não podia parar, Sheepy e Doggy apareceram de surpresa na minha frente. O susto foi tão grande que caí no chão e Doggy passou de raspão com o machado, mas nada aconteceu.

Me levantei antes que pudessem fazer mais coisas. Mas acabei mancando por causa do susto.

O primeiro gerador foi complicado, mas depois que aprendi a mexer, peguei o jeito e consegui ligá-lo.

O segundo já foi mais fácil, só não mais pois Sheepy apareceu lá.

— Será que eu não posso fazer nada sozinho? – Gritei. Mas fugi antes que Sheepy respondesse com seu bastão.

O terceiro foi bem fácil, pois já tinha pego a manha, pena que era do outro lado do acampamento.

Depois de todos ligarem, as luzes foram acesas e tudo ficou mais claro. Como todo monstro, Doggy e Sheepy se incomodaram com a luz, mas para mim foi ótimo, pois achei a chave da porta.

Destravei a porta e ao passar, tranquei de novo, para ganhar mais tempo, pois sabia que não aquela porta não ia segurá-los por muito tempo.

Do lado de fora havia um banquinho com um walkie-talkie em cima. Alguém estava falando e eu resolvi escutar:

— Olá? Tem alguém aí?

Logo descobri de quem era aquela voz...

O mistério de Piggy (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora