Capítulo 8 - O Carnaval

162 21 19
                                    

Haviam se passado 2 meses desde que Bunny havia deixado de vir comigo, desde então, voltei a procurar saber onde estava Mr. P, pelo visto ele havia sumido e não foi visto por mais ninguém desde que ele começou seus experimentos, ou seja, havia 6 meses que Mr. P não foi visto (apesar de que depois de ter salvo Bunny há três meses).

Passei estes últimos tempos viajando tentando descobrir alguma coisa sobre ele, não foi um fracasso, pois consegui uma informação que pode ajudar muito...

A gravidade dos crimes de Mr. P se tornou tão elevada que chego ao nível nacional, portanto está sendo procurado por todo o país.

Mas apesar disto, antes dos seus experimentos malucos, Mr. P era um empresário rico, dono de vários lugares.

Pelo visto, a maioria destes lugares foram fechados, alguns até demolidos. Mas havia um lugar que por ter parado de funcionar, não foi investigado.

Mr. P era muito legal com crianças e adorava elas, por isso acabou construindo um carnaval: metade circo metade parque de diversões.

As crianças gostavam tanto deste lugar que era extremamente lotado, mas quando Mr. P começou seus experimentos, todos pararam de frenquentar o carnaval de Mr. P e depois da falência, parou de funcionar.

Pensei que aquele lugar estava realmente desabitado, mas depois de pensar muito, percebi que lá era o melhor lugar para Mr. P se esconder, pelo menos temporariamente.

Era do outro lado do estado, mas eu viajei para lá depois que descobri estas informações e peguei o trem trans-estadual.

Depois de um tempo cheguei lá, e naquela noite eu fui para o carnaval. Peguei um táxi até o local mais próximo, depois fui andando.

Ao chegar lá, pude ver, que era bem grande, lá havia uma grande tenda de circo, umas barracas, jaulas, salinhas, roda-gigante e montanha russa.

— Melhor estar preparado Mr. P, estou indo até você. – Eu disse.

Fui caminhando e depois de entrar, falei para mim mesmo:

— "Ele deve estar em algum lugar aqui por perto."

Ao entrar, pude ver um pôster e nele dizia:
Atração da noite: Clowny, o palhaço.

Embaixo das palavras, havia a foto de um palhaço pintado de branco, verde e rosa no rosto, olhos negros, macacão azul índigo, gola de palhaço vermelha com cabelos turquesa enrolados.

Depois de ter terminado de olhar o pôster, acabei ouvindo uma risada, mas não parecia feliz, parecia malvada.

Procurei ver de onde vinha a risada, depois de olhar para o outro lado da tenda de circo, vi Clowny sorrindo para mim, vindo em minha direção, com uma marreta branca com pontinhos coloridos na mão.

Apenas pelos olhos deu para perceber que Clowny estava infectado. Como todas as outras vezes, corri.

O problema era que ele parecia usar patins, então ele deslizava, era mais rápido que todos os outros.

Desta vez foi ainda pior para mim, não sabia nem o que fazer... Procurei despistar Clowny, apesar de saber que não seria nada fácil...

Depois de um tempo finalmente o despistei e voltei para o início para ver se encontrava alguma coisa interessante, bom, tudo que encontrei foi um mapa próximo ao pôster que eu li antes de Clowny me achar.

O mapa tinha 9 pontos:
1. Circo
2. Roda-gigante
3. Montanha-Russa
4. Barracas da diversão
5. Armazém
6. Lanchonete
7. Banheiro
8. Jaula do Foxy
9. Escritório P

Ficou óbvio que Mr. P estivesse em seu escritório, mas provavelmente trancado.

O problema era que seu escritório era do outro lado do carnaval, tive que andar bastante e com cuidado para Clowny não me achar.

Obviamente, seu escritório estava trancado, mas era com uma chave de ouro.
Percebi que teria que fazer outra vez uma jornada para conseguir passar.

Não muito longe dali, ficava a jaula do Foxy, não tinha entendido naquela hora, mas depois que cheguei perto, vi que era um raposo parecido com Doggy, então percebi que ele também estava infectado, mas dentro de sua jaula havia a chave de ouro.

O problema foi que Foxy deu um rosnado tão alto quando me viu que rapidamente Clowny apareceu ali e para meu azar, socou sua marreta em e caí no chão.

Ele ficou me arrastando, mas não demorou muito tempo para sair e correr dele mais uma vez.

Pelo visto a Jaula do Foxy também estava trancada, então tentei achar algo que abrisse aquilo.

Passei pelas barracas e não havia nada, muito menos na montanha russa e na roda gigante...

Entrei na Lanchonete e achei a chave que liberava a porta que dava na sala do armazém.

Ao chegar lá, havia a senha de um cofre, depois de perceber que o único canto que ainda não havia ido era o banheiro.

Porque teria um cofre no banheiro?
Não sabia porque, mas continuei andando antes que Clowny me achasse.

Impressionantemente havia um cofre no banheiro. Peguei a senha e ao colocar ela desbloqueou o cofre e peguei um pé de cabra.

Usei ela para liberar as estacas que bloqueavam a passagem para dentro da tenda do circo.

Era enorme, procurei nas arquibancadas que a plateia costumava sentar, mas não havia nada. Procurei no picadeiro, tampouco havia algo ali.

O que sobrou foi o redão que segurava as pessoas se caíssem na corda bamba. Por sorte, havia uma chave da cor de Foxy ali.

Voltei para a jaula do Foxy apesar de Clowny ter me visto e me perseguido algumas vezes, liberei a jaula e Foxy também veio atrás de mim.

Rapidamente, despistei ele e entrei na sua jaula, peguei a chave de ouro e corri para o escritório P para finalmente encontrar Mr. P. Ao chegar lá liberei a porta, era uma sala não muito grande, antes de olhar para Mr. P vi uma foto de Mrs. P, mas não dei atenção, me voltei para ele e disse:

— Mr. P, estou aqui para... – Mas Mr. P não estava ali, e sim uma zebra e um pônei que estavam na frente de um buraco. – Quem são vocês?

— Zizzy, ele está infectado? – Disse o pônei.

— Infectados não falam, Pony. – Respondeu a zebra.

— Certo, eu sabia disso!

Então a zebra se virou para mim e disse:

— Oi, eu sou Zizzy e este é meu amigo Pony.

— Oi, eu sou John, o que vocês estão fazendo aqui?

— Viemos procurar por sobreviventes, vamos levá-los para um lugar seguro.

— Olha, parece que ele tem um amigo. – Disse Pony apontando para atrás de mim.

Foxy estava atrás de mim.

— Esse não é um amigo, é um infectado! – Gritou Zizzy.

— Não se preocupe, eu pego ele! – Falou Pony.

Pony sacou uma espada e nocauteou Foxy.

— Obrigado, essa foi por pouco! – Disse eu agradecido.

— John, venha conosco para a segurança, aqui é perigoso. – Disse Zizzy.

Resolvi acompanhá-los, nós saímos pelo buraco e depois saímos dali o mais rápido que pudemos.


O mistério de Piggy (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora