intrigante e misterioso 💫

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• Sarah

Hoje acordei uma hora mais cedo do que o dia anterior, não estava afim de levar mais uma bronca do professor. Se tem uma coisa que eu levo a sério, é minha reputação como aluna.

Fiz o mesmo processo de sempre, que resumidamente consiste em tomar banho, me vestir, tomar café e sair. Só que hoje tentei fazer tudo mais rápido, assim, pude sair com 30 minutos adiantados de casa.

Cheguei no horário previsto, assisti todas as aulas da manhã, que pra mim, foram ótimas e com 100% de sucesso, acredito que aprendi tudo direitinho, só mais uma revisão e tiro 10 em uma prova.

Ah, hoje conheci uma garota chamada Letícia, ela é legal, parece não ser do grupo de metidinhos que me causam náuseas, fomos almoçar juntas em um restaurante aqui perto. De acordo com ela, é um dos melhores restaurantes da região.

A comida realmente era ótima, conversamos bastante durante nosso intervalo, ela me contou coisas sobre a faculdade, sobre as pessoas dali e também, citou o dono de uma empresa que por pura coincidência (creio eu), estava no mesmo restaurante que a gente. Não me recordo muito bem o nome, mas me soa familiar, o que parece bem estranho.

Enfim, esse foi um resumão do meu dia, agora deve ser umas quatro da tarde. Depois do almoço voltamos para a escola e tivemos mais 4 aulas, acabamos de ser liberadas.

Caminho até o meu carro, entro e logo vou saindo daquele estacionamento. Mantenho minha atenção na estrada, até que meu celular toca, olho rapidamente o visor, atendo e ponho no viva voz.

- Oi pai. - Falo atenciosamente.

- Oi meu amor, acredito que esteja saindo da faculdade, tem como você passar aqui na empresa pra levar a sua mãe? o turno dela acabou, mas eu vou ter que ficar até mais tarde. - Falou calmamente.

- Claro, eu estou a dois quilômetros daí, aviso quando chegar. - Dei um leve sorriso, mesmo ele não podendo ver, nos despedimos e voltei a atenção à rua.

Não sei muito bem o caminho, mas pelo o que me lembro, meu pai já citou essa localização, acredito que não seja tão difícil chegar lá.

Depois de alguns minutos, chego no local e vou diretamente ao estacionamento, paro o carro e desço os vidros das janelas. Mando uma mensagem para a minha mãe, a mesma responde e então eu guardo o celular para aguardá-la.

- Gforce Life sciences, esse nome não é estranho.... - Murmurei só pra mim e então veio na cabeça a voz de letícia dizendo que o cara que estava no restaurante era o dono dessa empresa, ou seja, patrão dos meus pais.

Abro minha boca em um perfeito O, aquele homem tão jovem é dono de uma empresa desse tamanho? Inacreditável.

Fico perdida em meus pensamentos, até que ouço vozes, uma possivel conversa. Desço rapidamente do carro por achar que é minha mãe, mas acabo dando de cara com aquele homem, ou melhor, o dono da empresa.

Se eu já estava chocada antes, agora já não sei mais o que estou. Não prestei tanta atenção nele na hora do almoço, só agora pude ver o quão intimidante ele demonstra ser.

Minha cara de tacho deve estar chamando mais atenção do que a minha própria presença ali. Sinto seu olhar me fuzilando com um resquício de dúvida, talvez não fosse pra eu estar aqui.

- Você, quem é? - Desligou a chamada e guardou o telefone no bolso, sem tirar aquele olhar sério de mim.

- Eu sou Sarah, Sarah Hudson. - Falei rapidamente e estendi minha mão ao mesmo.

Se aproximou e retribuiu o cumprimento rapidamente.
- Filha dos Hudson's.- afirmou, apenas assenti com a cabeça.

- Zayn Malik. - Recuou um passo e colocou as mãos no bolso.

- Eu sei, minha amiga me fez te conhecer muito bem hoje. - Falei meio humorada. - Ela parece ser sua fã número 1. - Rio fraco.

O mesmo retribuiu o riso, mas sem muito humor.

- Entendi, então, eu já vou indo. Sua mãe já deve estar descendo. - Falou naturalmente e foi se dirigindo ao carro mais chamativo daquele local, nossa.

O observei até entrar no veículo, e só aí percebi o quão eu estava parecendo uma nova. Balancei a cabeça saindo de meus devaneios, olhei o elevador e pude ver minha mãe saindo dele, abri um leve sorriso e andei ao seu encontro.

- Oi mãe. - Falei sorrindo e beijei seu rosto.

- Oi filha, ainda bem que você veio, seu pai vai ter que ficar. - Lamentou enquanto caminhávamos juntas até o carro.

- Mas por que? até o dono já foi embora. - perguntei confusa.

- Você viu o senhor Malik? - Me olhou surpresa.

- Sim, por que? - Franzi o cenho.

- Nada, ele falou com você? - Entramos no carro, liguei e fui saindo dali.

- Ele só me cumprimentou. - Sorri fraco e dei de ombros, coloquei o cinto e logo dei partida.

- Entendi, filha. - Ajeitou-se no banco e dirigiu seu olhar a rua.

- E como está indo o novo emprego, mãe? - Pergunto enquanto mantenho minha visão fixa na estrada.

- Tudo perfeito filha, o chefe é muito simpático. Ao contrário do sr Montenegro. - Falou em tom de alívio.

- Como esquecer aquele ser humano tão terrível? - Murmurei.

Ficamos conversando durante o percurso inteiro, embora tentasse me concentrar na conversa, meus pensamentos sempre pairavam na mesma pessoa: Zayn Malik. Ele me deixou intrigada de certa forma, parece ser uma pessoa misteriosa, e é isso que faz eu pensar o tempo inteiro nele. Mas que droga.

Ao chegarmos em casa, subo diretamente para meu quarto, ponho a mochila sobre a escrivaninha e me jogo sobre a cama. O cansaço estava consumindo todo meu corpo.

Olho o teto e começo a fazer o meu calendário mental, organizando assim todas as coisas que preciso fazer antes de dormir: Finalizar as anotações de algumas matérias, organizar uma planilha de custos pra contabilidade e ainda mais, como uma boa amiga, tenho que ligar pra letícia. Sim, combinamos de nos falar mais tarde.

E assim está sendo minha vida, em tão pouco tempo já estou me adaptando a correria de Chicago.

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