• Sarah~ Segunda, 8 da manhã.
Noite passada me parece que foi a mais longa de todas, devido à mudança mal tenho conseguido tempo para descansar. Meus pais não pararam um minuto até verem todas as coisas em seu devido lugar.
Hoje é o meu primeiro dia na faculdade, estou com uma mistura de nervosismo e ansiedade, o que resulta em algo não muito bom.
Estou acordada desde 5 da manhã, deitada olhando o teto e pensando no que vestir no meu primeiro dia, não quero parecer brega, mas também não quero ir arrumada demais. Isso causa uma confusão em minha mente, me deixando ainda mais nervosa.
Por fim, resolvi levantar e tomar um longo banho, banho esse que demorou uns 30 minutos. Sim, quando estou em crise nervosa, como agora, o banho é o meu primeiro recurso, me ajuda a relaxar e acalmar.
Quando termino, seco todo o meu corpo e envolvo uma toalha em meus cabelos, vou até o armário, abro e encaro todas aquelas roupas. Mesmo com tantas peças no armário, me sinto como se não houvesse nada pra usar. Mas que droga, martirizo-me mentalmente.
Acabo por escolher uma calça jeans, que dobra no meio da perna, uma camiseta branca e por cima coloco um casaco grande.
Quando mais nova, sofri muito devido ao meu estilo. Nunca gostei de ser esse tipo de garotinha arrumadinha que se maquia todos os dias pra ir à escola, não mesmo. Sempre fui mais relaxada, optando sempre por tênis, calças e roupas frouxas.
E como já era de se esperar, nos pés, calço um tênis all star. Tiro a toalha do cabelo e seco mais um pouco o mesmo, passo a escova por toda a extensão, que não era muito grande, e por fim pego o secador, finalizando a secagem.
Estendo todas as toalhas no box do banheiro, me olho no espelho e dou um meio sorriso, enfim estou pronta para o meu primeiro dia de aula. Passo perfume, hidratante no corpo e um batonzinho quase transparente, só pra dar um ar feminino. Sorri sozinha com o resultado e então sai do quarto.
Desço pelas escadas e vou diretamente a cozinha, dando de cara com meus pais sentados à mesa do café. - Bom dia mãe, bom dia pai. - Dei um beijo no rosto de cada um e me sentei juntamente a eles. Peguei o suco e me servi.
- Está ansiosa filha? - Sorriu minha mãe enquanto se deliciava com sua xícara de café.
- Eu não sei explicar muito bem o que estou sentindo. - Murmurei enquanto tomava meu suco e meu pai soltou um leve riso.
- Então somos dois filha, estou indo para a empresa, irei conhecer o chefe e ainda nem sei o que falar. - Falou humorado, retribui o seu riso.
- Boa sorte papai, espero que ele não seja um carrasco como o seu ex patrão. - Falei rindo enquanto levantava e pegava minha mochila ao lado, ponho a mesma nas costas e olho os dois. - Me desejem sorte.
- Boa sorte filha, amo você. - Os dois falaram juntos, o que nos fez rir. Soltei um beijo no ar para os dois e enfim sai de casa.
Vou diretamente para a garagem, entro no carro, ligo o mesmo e vou tirando-o dali. A empresa onde meu pai vai trabalhar é perto, então ele decidiu por ir de táxi e me deixou dirigir o carro até a faculdade, estou tão feliz que não consigo segurar o sorriso.
No caminho para a faculdade, fico pensando em diversas coisas. O nervosismo toma de conta quando lembro que não conheço absolutamente ninguém, espero não ser tratada como "a estranha" novamente.
Após uns 30 minutos, chego e estaciono o mesmo. Desço do automóvel, pego minha mochila e vou andando por aquele imenso estacionamento. Olho ao redor e só consigo reparar na quantidade de carros lindos e caros que existem naquele ambiente. Reviro lentamente os olhos ao pensar que tem grande possibilidade de só existir filhos de papaizinhos na minha sala, os famosos mimadinhos.
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Não solte minha mão 💫
Roman d'amourEle da outro sorriso, tenta entender o lado dela, para mostrar que se importa. Ela não consegue mais ficar no quarto. Ela é consumida por tudo o que vem acontecendo. Ela diz: O que quer que aconteça, não solte minha mão. - Micha...