• ZaynAlgumas semanas se passaram depois da grande festa. Tudo está aparentemente bem, os novos funcionários apossaram-se de seus cargos e a empresa está caminhando e seguindo os planos da melhor forma possível.
Hoje sai mais cedo de casa, estou cheio de contratos pra assinar e ainda tem mais duas reuniões, espero estar desocupado de serviço até as 15 da tarde.
Olho no relógio e percebo que ainda são oito da manhã, só aí percebo que ainda não comi nada, resolvo descer e caminho até a cantina do prédio. Poderia pedir a um dos funcionários para pegar? sim, mas estou com a cabeça cheia e senti que precisava andar um pouco.
Pego o café e caminho novamente até o elevador, aperto o botão do andar destinado e logo vejo suas portas se fechando, até serem interrompidas por um corpo pequeno e supostamente muito apressado.
- Ah, me desculpe. - Falou rapidamente, entrou e apertou o botão. Apenas dei um meio sorriso enquanto observava cada detalhe de seu rosto.
- Te vejo mais aqui do que seus próprios pais. - Comentei ironicamente, ouvi seu risinho fraco e sem muito humor.
- Meus pais esqueceram de me entregar um documento, e eu preciso dele pra entregar na faculdade hoje. - Comentou apressadamente e com certa timidez em seu tom de voz.
- Seus pais saíram para uma pequena reunião há 15 minutos, voltarão em torno de 30 minutos. - Tomei um gole do meu café preto e amargo e a olhei.
- Droga. - Murmurou baixo. - E eu posso esperar? - Me olhou de forma suplicante.
- Claro, se isso não for de atrasar mais ainda pra faculdade. - Falei ironicamente enquanto olhava no relógio.
- Eu já perdi a primeira aula, agora vou perder a segunda também, já estou mais do que ferrada. - Riu fraco.
Dei um meio sorriso e vi as portas se abrirem, fui saindo e ouvi seus passos me acompanhando. Entro em minha sala e a espero entrar também, assim que o faz, fecho a porta.
- Eu não vou te atrapalhar, nem vai notar minha presença. - Falou com tom de voz nervoso e se sentou no sofá.
- Fique a vontade. - Falei naturalmente, passando-lhe segurança e fui caminhando até minha mesa. Sento-me na cadeira que fica de frente para o sofá onde ela estava, a mesma mexia no celular, tentei pegar uns papéis para revisar mas meus olhos teimavam em encará-la.
De acordo com o passar do tempo, meus olhos rolavam por cada gesto nervoso feito pela mesma. Levanto lentamente e fico à frente da mesma.
- Quantos anos você tem? - Cruzo os braços; encosto-me na mesa e a olho curiosamente.
- Eu... é, 18. - Deu um sorriso sem graça.
- Estuda o dia inteiro? - Pergunuei demonstrando total interesse em suas respostas.
- Antes sim, mas agora eu troquei o curso, então estudo até meio dia. - Guardou o celular na mochila e passou a me olhar nos olhos, o que não estava fazendo antes por timidez, talvez.
- E você não pensa em trabalhar? - Semicerrei os olhos.
- Penso sim, mas ainda não encontrei nada. - Sorriu fraco.
- Entendi... - Pensei um pouco e logo depois voltei a olhá-la. - Manda seu currículo, darei uma olhada. - Desencostei da mesa e caminhei de volta para minha cadeira.
- Jura? - Me olhou de forma esperançosa.
- Por que não? você me parece uma garota inteligente, e eu estou a procura de uma secretária. Por que não te dar uma chance? Seus pais já trabalham aqui mesmo. - Esbocei um meio sorriso e dei de ombros.
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Não solte minha mão 💫
RomanceEle da outro sorriso, tenta entender o lado dela, para mostrar que se importa. Ela não consegue mais ficar no quarto. Ela é consumida por tudo o que vem acontecendo. Ela diz: O que quer que aconteça, não solte minha mão. - Micha...