confident

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Júlia Mara Franco - 7h30 da manhã.

Marçou né bebês!
Levantei da minha belissíma cama e fiz minhas higienes. Coloquei uma "regata" de pano fino curta, e uma saia com um cinto de glitter.
Acordei a Bela e tomamos café, conversamos um pouco e ouvi buzinas, Jp.

-Ananda! - Ananda?
-Oi Bela! - era a Ananda.
-Oi amor! - Jp disse e me deu um selinho, não retribui e ele me olhou estranho.
-A gente vai conversar sério depois. - respondo e olho a estrada.
-Oi Juju, bom dia! - Ananda disse com aquele tom de voz, aquela voz, desgraçada.
-Não estou boa hoje. - digo simples.
-Acordou virada do avesso hoje! - Bela disse e deu de ombros.
-Então tá! - a garota loira disse e levantou os braços em forma de rendição, olhei pelo retrovisor, havia um leve sorriso presente em seu lábio, vadia.

Seguimos o caminho, Bela, Jp e Ananda conversavam sem parar. Tudo que a Ananda podia fazer para chamar a atenção do Jp ela fazia, quanto a ele? Não dava moral nenhuma, e sempre que podia me colocava no meio do assunto.
Chegamos na escola e cumprimentei todo mundo, mas meu papo era com o Jp. Chamei ele e o puxei para a quadra.

-Por que trouxe a Ananda? - digo rápida e séria.
-Ela pediu, e eu a trouxe. - ele disse e abraçou minha cintura -Tem algum problema?
-Tem todos os problemas! Você sabe oque ela quer, não se faça de burro.
-Se for oque eu estou pensando, saiba que eu só quero você! - ele disse e beijou meu pescoço.
-Não! Ela é uma vadia. - digo e ele me olha decepcionado.
-Você não confia em mim? - ele disse e se afastou.
-Não! Eu não confio nela! Ela me dá vontade de vomitar. - digo e dou um beijo na bochecha dele.
-Melhor assim, mas eu só amo você! - ele disse e me beijou.
-A que pena, sinal bateu. - digo e fomos para nossa devidas salas.

Tivemos nossas aulas, e a de hoje foi com o Paz. Ciência, eu te amo.
Fizemos as atividades tudo e vimos as células do corpo, enfim, coisa que ninguém liga.
Bateu o sinal e fomos tomar café, o Mota foi comigo comprar meu chá e quando voltamos, a Ananda sentou de um lado dele, e eu do outro.
Todo momento que podia ela colocava a cabeça no ombro do Mota, mas ele sempre se afastava ou tirava mesmo, na cara dura.

-ANANDA CARALHO DÁ PARA PARAR? - Anaju se manifestou, ela percebeu meu desconforto.
-Parar o que? Eu tô quietinha aqui! - ela disse mechendo na ponta do cabelo.
-NÃO TÁ MANO, FICA QUERENDO PROVOCAR A JÚLIA. VOCÊ TEM PROBLEMAS! - Pepê gritou, meu Deus.
-Pepê, deixa quieto! - digo baixo e o Mota me puxa para mais perto
-A gente, falem oque quiserem, todos sabemos que EU sou muito mais bonita que a Júlia! - Ananda disse.
-Mas tem um caratér muito duv.... - Mota ia dizendo até ela beijar ele, ela está com o Paz como pôde? Ali, na nossa frente. Eu vi que ele empurrava ela, mas aquilo me deu nojo. Sai correndo da mesa.
-Júlia, espera! - Anaju disse e entrou na mesma cabine que eu.
-Anaju, você viu oque ela fez? Ela quer tudo que é meu! Ela é uma vadia, uma estúpida, grotesca e nojenta. Eu odeio ela! - digo com revolta.
-Amiga, mas e o Mota? - ela disse e olhei no fundo dos olhos dela.
-Eu o amo, mas vai ser muito difícil olhar para ele sem lembrar do que aconteceu agora. - digo triste -Acho que precisamos de um tempo.
-Vou chamar ele aqui, conversem civilizadamente! - ela saiu. Vi ele entrar, tinham lágrimas escorrendo. Isso vai me custar muito.
-Júlia, não foi minha culpa. - ele disse e se apoiou da pia. -Porque eu sou tão horrível assim?
-Isso vai me custar muito, vai me custar o meu grande amor. - digo e ele me olhou -Mas eu preciso de um tempo, para pensar. - digo e saio do banheiro. Vejo ele chorar mais, acabo voltando. -Eu vou continuar usando a nossa aliança!
-Eu vou te amar pra sempre! - ele disse e me deu um abraço.

Saí de lá detonada e pedi para ir embora mais cedo.
Cheguei em casa, e a única coisa que soube fazer foi chorar. Se a minha irmã estivesse viva ela saberia oque fazer. Eu até falaria com a minha mãe se ela não estivesse viajando.
Estava tudo indo tão bem, mas eu sempre soube que a Ananda ia estragar tudo.
Minha mãe sempre me disse para não confiar nela, ela me disse que ela transbordava inveja. Mas eu como sempre, cabeça dura, disse que não fazia sentido, que ela era minha amiga.
Amiga o caralho.
Resolvi dormir, e acordei com uma barulheira lá em baixo.
Meus amigos.

-Pepê! - digo correndo indo abraçar ele.
-Você está bem? - ele me olhou.
-Não muito, mas jajá passa! - digo e dou um sorriso.
-Gente! - Ananda disse gritando -Tenho um recado!
-Porque você está aqui? Não lembro de ter te chamado! - Anaju disse.
-Porque o meu quase namorado, Jp, me trouxe! - ela disse e sorriu.
-Isso é sério? - digo triste.
-É sim! - Ananda me respondeu sorridente.
-Eu não estou falando com você, estou falando com ele. - digo para a garota e meus olhos enchem de lágrimas.
-Você disse que me ama, que nunca deixaria de usar nossa aliança! - digo e vejo ele chorar.
-Eu não deixei... - ele me mostrou o colar que tinha feito com a aliança.
-Você não deixou? - Ananda disse e o sorriso se desfez.
-Ele ama ela, e não você. Sua esquisita! - Paz disse seco. O coração partido não era só meu.
-Ele nunca vai deixar de amar a Juju - Bela disse enquanto eu e João nos olhavámos.
-Eu não seria capaz. Capaz de te esquecer. - ele me olhou -Será que a gente pode ir pro seu quarto?
-Você não vai! Não ousa ir! - Ananda disse com ódio.
-Ananda, depois a gente conversa. - ele disse e deu um selinho nela, era para ser eu.
-A gente pode ir? - ele me perguntou e eu acenei um sim, eu não conseguia falar nada.

Fomos para o meu quarto em silêncio total. Não que a gente nunca tenha brigado, mas dessa vez era diferente, era mais grave.
Entrei no quarto e fechei a porta.
Olhei no fundo dos olhos dele.

-Pode me falar, fale oque quiser - meus olhos produziam lágrimas.
-E-eu vou pedir a Ananda em namoro.... - então ele veio me dizer isso?
-IDIOTA. Você é um babaca! Como pode fazer isso comigo? - digo chorando, eu estava incrédula.
-Eu a amo! - eram palavras vazias.
-Jp? Você beijou a menina hoje, e foi totalmente contra sua vontade! - digo e choro mais.
-É uma junção. - ele disse e olhou baixo.
-Junção de que? Então você estava comigo enquanto amava ela? - isso não podia ser real. Ele só me olhou.
-Como eu sou tola. Como eu pude acreditar que um dia você me amou? - olho a aliança.
-Júlia, não faça isso.... - ele sabia, ele sempre soube.
-Coloca isso, no dedo da Ananda. Aproveita cada traço do corpo dela, porque ela realmente é gostosa. - digo fria e jogo a aliança na mão dele.
-Júlia, não faz isso comigo! - ele disse e se levantou.
-Quem estava fazendo isso é você! Você escolheu o falso amor dela, do que ao meu. - o abracei e choramos juntos.
-A Ananda sempre teve tudo que eu tive ou queria ter. A única coisa que eu tinha e ela não, era você, e agora ela tem isso também! - me separei dele, vi ele chorar, aquilo me quebrou o coração.
-Júlia, eu sempre vou te amar. Independente de quanto tempo passe, você ainda vai ser minha baixinha. Mas agora, eu tenho que deixar tudo oque a gente viveu para trás. - ele disse indo a direção da porta.
-Eu espero que vocês sejam muito felizes. - digo e empurro ele para fora do meu quarto.

Comecei a chorar, eu o amo, mas talvez não fosse para ser.
E mesmo que não fosse pra ser, eu amei o nosso pequeno infinito.
Mas agora ele tem que ser feliz, e eu não quero atrapalhar.
Sendo assim, eu também preciso seguir em frente.
Ouvi risadas vindo lá de baixo, era somente a Ananda, ninguém quer graça com ela, ninguém ama ela.
Fui pegar um copo d'água e reparei que Jp me olhou, deu um sorrisinho e subi.
Era um falso sorriso, eu perdi o amor da minha vida, para uma garota qualquer.
Relaxei, o coração partido também era do Paz.
Eu me sinto horrível, mas daqui para frente tem que ser assim.

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meu deus q tristeza
nem chorei não kakakakka
será esse o fim?

bjão da tia

Tudo Aconteceu - moju 🌟Onde histórias criam vida. Descubra agora