SUITS | H.S.

| Chapter 02 |

Obviamente Ash não ia deixar isso passar. Fez eu me arrumar para irmos para uma festa que teria naquela noite. A festa seria em uma fraternidade mais afastada do centro de Manhattan e por isso, iriamos de carro de aplicativo. Essa fraternidade era conhecida por ter as melhores festas de todas as universidades de Nova Iorque, além de garotos de quase todas as universidades morando lá, o que seria bom para conhecer gente nova.

Ashley era a garota perfeita, loira dos olhos claros, não muito alta e o corpo com poucas curvas, mas podia facilmente acentuá-las colocando uma roupa mais apertada, justamente o que ela estava vestindo quando saiu do quarto. O vestido tubinho preto com a blusa amarrada na cintura e o vans preto nos pés mostrava que, além de beber, ela ia para dançar muito. Estava apenas com um delineador preto e um rímel bem passado, deixando seus cílios belíssimos, o cabelo optou pelo solto escorrido natural, sem muito fru-fru. Perfeita.

– Você poderia por uma saia, né? – Ela me olhou com meu jeans. – Eu gosto do cropped, mas eu tenho uma saia de cintura alta que vai te deixar maravilhosa. – Olhei feio para minha amiga a seguindo para seu quarto. – Não que você esteja feia. – Ela completou. – Estou falando que pode ficar melhor. – Disse me entregando a saia tubinho de cintura alta. Eu tinha a bunda maior que a da minha melhor amiga, fazendo com que a saia ficasse bem menor em mim do que ficaria nela, mas ela amou e não me deixou tirar.

Chamamos o carro de aplicativo e fomos para a fraternidade, esperando encher a cara, apesar de eu ainda não poder beber legalmente, dançar muito e quem sabe não arrumar alguém para passar a noite. Ashley riu para mim quando descemos do carro e viu que a casa estava cheia de gente, mas, principalmente, de meninos de outras universidades, o que para ela era 'win-win'. Ela fica com pessoas de outras universidades e eles ficam com ela da NYU.

Entramos dentro da fraternidade, que tinha umas pichações nas paredes da sala, seguimos para a cozinha pegando um copo de cerveja para cada uma. Ficamos conversando um pouco na cozinha, onde a música era mais abafada.

– A gente meio que continuou se vendo. – Ash falou depois de eu perguntar sobre o Professor Payne. – Ele é legal, a gente conversa bastante, mas quando nos encontrarmos, amiga... – Ela deixou no ar, me fazendo rir.

– Meu Deus, não consigo nem imaginar você e ele... Ele parece todo certinho. – Falo enquanto minha amiga analisa os meninos que entram e saem da cozinha com novos copos de cerveja na mão.

– Só parece. Acho que ele quer manter a pose, sabe? 'Sou o professor e vocês tem que me respeitar.' – Ela imitou o professor de maneira terrível. – Sei lá, não quero me envolver muito, sabe como é. – E eu sabia. Ash era uma das meninas mais bonitas da NYU, todo mundo conhecia ela e queriam ficar com ela, mas ela era toda dona de si, não se importava com o que os outros falavam e cada semana estava com um menino diferente, flertando, ficando e por ai vai.

– Talvez devesse falar isso para ele então. – Aponto para o celular que estava tocando em sua mão com o nome 'Liam Payne' estampado. Ela riu e foi para fora no gramado, onde, provavelmente, a música, que estava na sala, era bem mais abafada.

Virei o resto da cerveja que estava no meu copo e fui para perto do barril pegar mais, mas eu apertava o botão e não saia nada, ficando cada vez mais frustrada e quase desistindo.

– Aqui. Deixa que eu te ajudo. – Apareceu um menino, mais alto que eu, mas não muito, apertando o botão e, como se não fosse aquilo que eu estava fazendo, a cerveja saiu no meu copo. – Louis. – Estendeu a mão.

– Obrigada. Isabelle. – E assim eu apertei sua mão. Ele sorriu.

– Está sozinha? – Ele me olha, os olhos azul piscina me fascinaram, neguei com a cabeça. E começamos a conversar. – Eu faço música na AMDA. – Ele fala todo orgulhoso da graduação que ele estava quase concluindo, segundo a nossa conversa. The American Musical and Dramatic Academy era uma das melhores da indústria e ele parecia feliz ao falar da graduação e do que ele pretendia fazer quando se formasse.