Tradicionalmente, quando se vai pedir a mão de alguém em casamento o normal é conversar com o pai da pessoa, mas a forma como o Sr Jeon tagarelava só fazia Taehyung ter certeza que aquele velho bêbado era um sadomasoquista.
A cada palavra, Taehyung arruinava mais um incisivo da boca dele com a ponta do alicate, puxando o dente até expor suas raizes.
Sr Jeon lhe falou dos árduos esforços que teve para fazer de Jeongguk um "macho" de verdade. Quando o menino completou 15 anos seu presente foi uma prostituta. Imaginar o terror que seu amado sofreu fez Taehyung descontar com devoção seu ódio usando o martelo; Sr Jeon não conseguiria mais escrever cartas ofensivas dali por diante.
As mentes sãs não irão querer saber o que aconteceu nas últimas duas horas, mas a terra foi alimentada com o sangue do seu próprio proprietário quando Taehyung encheu o balde com fluido escarlate e o despejou 3 vezes através da janela.
Taehyung recolheu seus pertences e saiu pela porta da frente às 2h00, deixando para trás definitivamente seu último pecado justificado na vingança.
Abriu o porta malas e jogou as ferramentas sanguinolentas dentro, também retirou sua camiseta preta, que apesar de não atestar as manchas, fedia a miasma sanguíneo.
Ele ligou seu celular e foi bombardeado por inúmeras ligações e mensagens de Jeon; seu namorado estava furioso e preocupado. Deu uma desculpa esfarrapada que havia ficado sem bateria, mas avisou que já estava voltando para casa. Sua casa não era de fato a propriedade, mas sim Jeongguk, ele era seu lar, sua família, ele era o motivo de Taehyung dar o melhor de si e até sujar as mãos quando necessário.
Ele sentia-se exausto e teve que parar no acostamento para dormir ao menos 3 horas, mas chegou em Tromsø no dia seguinte, as 21h00, ele vestiu sua jaqueta de couro e desceu do mustang.
A loja estava iluminada e com alguns carros parados em frente.Ele reconheceu a mercedes preta na entrada e foi recebido por seus pais.
Até seus antigos amigos de Oslo estavam ali; Jimin, Hoseok e Seokjin.
Jeongguk havia planejado muito bem a festa e de forma surpreendente conseguido unir as poucas pessoas que Taehyung conhecia.
Seus pais lhe repreenderam por estar apenas de jaqueta, com o abdômen tatuado exposto e sua mãe só faltou puxar sua orelha para ele ir se vestir.
Já seus amigos prestaram desculpas envergonhadas, dizendo que sentiram a falta de Taehyung e que se orgulhavam dele ter culhões para fazer o que de fato queria fazer. Contaram que Jeon havia escrito cartas explicando o ocorrido e com uma perspicácia tangente os fizeram perceber o quão tolos haviam sido com tanto preconceito incoerente.
Taehyung rumou até o segundo andar, precisava de um banho para se livrar do cheiro sútil mas presente de sangue seco em sua calça e principalmente, ele precisava ver Jeongguk.
- Tae ... - Jeon estava no quarto, com o celular na mão e um semblante duro de preocupação - Por que não deu notícias antes? Eu quase acabei com a festa e formei um grupos de busca!! Eu fiquei com medo, achei que tinha acontecido algum acidente, que eu tinha te perdido!
- Ei, não diga bobagens, não existe possibilidade de você me perder - Taehyung suspirou baixo quando o corpo pequeno de Jeon colidiu em seu peito, puxando a jaqueta dos seus ombros para se agarrar a pele quente de seu corpo, como um filhote assustado - Jeon, eu sei que não te digo isso sempre, mas eu quero que não esqueça disso - Taehyung puxou o rosto dele para cima, segurando o queixo para olhar os orbes escuros e marejados - Eu te amo e vou te proteger, até o fim, eu vou cuidar de você.
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i•hate•everything•about•you
Romance[CONCLUÍDA] Taehyung não se considerava um músico comum, ele cantava contra a boa produção musical, contra as regras, contra as pessoas, contra a moral e contra a sociedade. Mas com seu grito de liberdade ele criou suas próprias algemas; o intocáve...