CAPÍTULO 1

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Oie amores!

Espero que se divirtam com Rafael e Catarina. Vamos relembrar algumas cenas de Gael, pois algumas cenas da história é no mesmo tempo.

Obrigada pelo carinho.

Mil beijos

Sem Revisão

RAFAEL

Em um dia de agenda cheia o ideal era chegar cedo no escritório e tentar resolver os problemas com agilidade e eficiência para que eu não trabalhasse até tarde da noite, mas as nove da manhã estava estacionado diante a Delicatessen que ficava a Cafeteria Love Story.

Me perguntava se ela já tinha chegado.

Para saber, tem que entrar idiota! ─ Sussurrei, encarando a porta de entrada da delicatessen.

A garoa fina caia lá fora, fazendo o limpador de vidro trabalhar lentamente, ao contrario das pessoas que estavam de pé com guarda-chuva na mão e andavam apressadamente.

Meu celular vibra no suporte no carro, fazendo-me tomar logo uma atitude. Olho o nome de Genilda estampado na tela e sei que ela vai perguntar por onde ando, pois tinha uma reunião marcada para as nove. Ignorando a ligação, desliguei o motor do carro e saí em direção a Delicatessen, pouco me importando se a chuva me molharia.

Não podia demorar ali, não daquela vez, então decidi que compraria um cappuccino para levar... talvez dois, afinal Genilda reclamaria do meu atraso. Genilda era minha secretária há quase cinco anos. Uma profissional de causar inveja aos meus colegas advogados, que já tentaram levá-la do meu escritório por diversas vezes, mas eu não abriria mão dela. Geni, era mais que uma secretária. Era meu braço direito e até mesmo uma amiga, e por isso ela tinha esse direito de reclamar sobre meus atrasos.

Segurei a porta de vidro para uma senhora passar, e então foquei minha atenção ao balcão de atendimento. Ela estava lá...

A ruiva tagarela e sorridente.

Reprimi um sorriso e me encaminhei até o balcão para fazer meu pedido. Não conhecia nenhum dos funcionários que estavam ali, mas pouco me importava, já que meu foco era outro.

─ Bom dia, Senhor! O que deseja para esse dia frio? ─ a garota de cabelos escuros e curtos, cumprimentou-me com um sorriso no rosto.

─ Bom dia! Quero dois cappuccino e um pedaço de torta de chocolate, para levar, por favor!. ─ Teria que me desculpar com Genilda pelo atraso, pois isso inclui a torta. Sabia que ela amava, pois já à vi comendo outras vezes.

─ Aqui está nota. Pague ali no caixa e depois retire, seu produto.

─ Obrigado!

Quando ia me retirando, Ruy chegou.

─ Rafael! Que bom vê-lo por aqui. Espere! ─ voltou sua atenção para a mulher que me atendeu ─ Viih, pode entregar logo os produtos dele. Rafael é de casa, amigo de Gael. ─ piscou o olho para a menina que sorriu ruborizada.

─ Claro. Só um momento, Senhor. ─ sorriu para mim, esperei que preparasse minha encomenda enquanto fiquei conversando com Ruy.

─ Ela é nova aqui. Foi um dos funcionários que vieram transferidos.

─ Ah... e como eles estão?

─ Se adaptando. Temos a Viih e a Ana, no balcão de atendimento e o Cézar na gerencia.

Apesar de ser advogado de Gael e resolver algumas coisas da empresa dele, eu não tinha contato com os funcionários. Conhecia apenas o Ruy, por ser filho do Joaquim, dono da Delicatessen, o Leo e a Catarina, por já ter vindo na Cafeteria acompanhado de Gael.

─ Que bom.

A moça que descobri se chamar Viih, entregou-me meu pedido. Agradeci e despedi-me deles, indo para a fila do caixa.

Ficaria cara a cara com ela.

Com meus olhos fixos nela, através da parede de vidro que à separava dos clientes, observei o jeito de trata-los. Agora entendia, por que Gael nunca demitiu a garota. Ela era fascinante.

Parecia brilhar como o sol, e os clientes saiam do caixa com um sorriso no rosto.

Tinha chegado a minha vez.

Me vi parado diante dela, separados apenas pela bendita parede de vidro e queria que aquilo não existisse, só para sentir o cheiro do seu perfume. Se tem uma coisa que aprecio em uma mulher, é ela ser perfumada.

Quando dei um passo para me aproximar e pagar, uma outra mulher assumiu o posto e Catarina se foi.

Por Deus!

Abri e fechei a boca para pedir para me atender primeiro, mas fui puxado de volta para a realidade, quando a outra funcionária me chamou.

─ Senhor!

─ Desculpe. Aqui está minha nota.

Sem disfarçar, olhei na direção de Catarina que estava instruindo a Viih, a abastecer algumas máquinas. Voltei minha atenção a caixa e efetuei o pagamento, e saí da Cafeteria, mais uma vez frustrado por não vê-la falando comigo.

Com cautela devido ao fluxo de carro no transito, por causa da chuva, dirigi até o escritório. Genilda não estava com uma cara muito boa, mas com um sorriso no rosto estendi a sacola com o pedaço da torta e o cappuccino dela.

─ Bom dia, Geni!

─ Se está achando que vou perdoar seu atraso, está muito enganado.

Pisquei o olho, sorrindo para ela.

─ Seus olhos azuis e sorriso safado, não vão me convencer.

─ Trinta minutinhos só, Geni. 

─ Uma hora, Rafael Bandeira! Deveria estar aqui às oito. Foi o nosso combinado ontem. Agora se apresse, a sala de reunião já está preparada e seus clientes já estão te aguardando.

─ O que você disse a eles?

─ A chuva! Para sua sorte, hoje está chovendo.

─ Eu te amo.

─ Sei disso.

Caminhei até minha sala e deixei minha pasta e meu cappuccino. Saí tão revoltado, que não bebi durante o caminho. Certeza de que já estava frio, esquentaria quando fosse tomar.

Peguei os documentos que Genilda tinha deixado em cima da minha mesa, e saí rumo a sala de reunião, para dar início ao meu dia de trabalho.

RAFAEL - ( DEGUSTAÇÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora