Capítulo 19

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Fui criando falatórios por onde eu passava. Até que um certo dia na balada, me viro para trás e encontro Sophia olhando a sua volta com cara de desesperada talvez a procura de alguém. Não eu não queria Sophia naquela vida também. Amava ela, mas não queria ela no mesmo caminho que eu.

Fui até a ela e perguntei:

- O que está fazendo aqui ?

- Agatha vamos embora agora isso não é lugar pra você.

O som estava muito alto chamei ela pra  fora pra conversarmos melhor. Sophia já tinha escutado por aí o que eu andava fazendo e resolveu me buscar de repente.

- Agatha, você está indo longe demais com essa história de vida nova!

- Me deixa só quero ser feliz.

- Você vai ser feliz, mas não aqui. Vem!

Sophia me puxou pelo braço até o meu carro entrei e comecei a ouvir aquele sermão chato e repetitivo. Dizia que estava decepcionada comigo,e que as coisas não se resolviam desse jeito. Porra ninguém entendia que eu estava tentando achar uma maneira de destrair meus pensamentos!

Meu extinto sempre foi voltado pra bagunça. Até nos dias de hoje sou assim. Há quem queira se destrair lendo, e estudando. Há quem queira se destrair jogando bola. Há quem queira se destrair fazendo compras. Meu jeito de destração era na balada sim! Eu gostava daquilo e estava bom pra mim. Mas Sophia não me entendia e achava que o que importava era que ela pensa. Não é bem assim!

Ouvi Sophia, mas não dava a mínima para as palavras dela, estava parecendo meus pais . E eu não gostava dessas chatices!

Enfim, já era tarde, não sabia como ela me achou ali. Não disse uma palavra a ela e só ouvia o que ela tinha a dizer, e pra ela parar de falar um pouco voltei para casa com ela. Eu já tinha cheirado essa noite sim, já tinha bebido e me divertido. Não queria escutar aquele tipo de chatisse mais, então voltei para casa. Depois de muito falar Sophia me deixou em casa e foi para a casa dela. Que era na mesma rua, mas um quarteirão pra cima. Após o banho me deitei em minha cama e percebi que tudo o que ela dizia estava fazendo sentido. Ela só queria me proteger, e talvez eu faria o mesmo por ela. Eu faria o mesmo por ela.

Mas foi um pensamento passageiro e logo fui pesquisar na internet qual seria o próximo lugar para nos reunirmos.

Minha fase de vício estava ficando um pouco mais avançada. Eu sentia falta de usar aquele maldito pó até dentro de casa. Tinha dias que eu não resistia, quando lembrava de Lannys no meio de uma tarde por exemplo, eu saia de casa com meu carro e procurava alguém que vendia aqui perto no bairro mesmo. Quando eu usava, eu perdia os sentidos e meus pensamentos se perdiam no tempo então momentâneamente Lannys saia da minha cabeça. Foi assim que a fase do vício foi se agravando.

Ah se eu pudesse voltar a alguns meses atrás talvez eu tivesse feito diferente. O problema é que eu estava entrando num estado de amor por você. Mas não me permiti, não te permiti, não nos permiti. E as consequências aparecem, pro bem ou mal elas aparecem.

Mas eu sabia que uma hora ia passar, e não, eu não queria abandonar minha vida por mais desajeitada que fosse por mais bagunçada que estivesse eu não queria abandona-la pra viver uma vidinha chata e sem graça. Não sabia onde iria acabar, mas é como se eu estivesse com medo de entrar num quarto escuro e pensei que a melhor coisa a fazer era entrar de repente sem pensar. Não adianta nada ficar do lado de fora vendo fantasmas, imaginando coisas que não existem. Melhor entrar de uma vez.

Ja era amor antes de serOnde histórias criam vida. Descubra agora