Capítulo V

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Seis dias. As duas palavras que martelavam em sua cabeça, independente de onde estivesse ou o que estivesse fazendo.

Passando as mãos pelo cabelo, bufa em pura frustração por seus pensamentos. O que a consolava, era lembrar que em seis dias tudo aquilo acabaria, a ansiedade e preocupação ganhariam um ponto final. Mas será que ela estava mesmo preparada para esse tipo de pontuação?

Encarando seu reflexo no espelho por mais alguns segundos, Dulce suspira, deslizando mais uma vez o pincel com blush na bochecha.

Terminando de se maquiar, ela sai da suíte, posicionando a bolsa no ombro e abandonando o apartamento.

Enquanto em um ponto não tão distante do condomínio de Dulce, Maite e Christopher tomavam café rapidamente, em meio a um interrogatório da mulher.

- Você está igualzinha a mamãe... - O mais novo comenta, balançando a cabeça negativamente.

- Que nada! - Maite rebate, bebericando o café de sua xícara rosa. - Inclusive, é melhor se preparar, ela vai fazer muitas perguntas. As minhas são as mais básicas.

- Está louca, isso sim. - Christopher solta uma risada rouca.

- Chris, não consigo acreditar que não aconteceu nada... Belinda é caidinha por ti. - Perroni responde com uma careta.

- Ela quer que eu vá atrás agora. - Uckermann dá de ombros. - É um desses joguinhos femininos.

- Não fale assim! - Mai se ofende, empurrando-o levemente. - Mas responda, você vai atrás?

- Talvez. - Chris suspira ao responder. - O encontro foi agradável, ainda há uma química legal... Não estou pensando muito sobre, vou deixar acontecer. - Ele define por fim.

- Interessante, maninho. A tranquilidade faz parte de nosso DNA. - A morena sorri, fazendo com que o irmão repetisse o ato. - Mas agora melhor irmos, temos 30 minutos. - Ela lava as xícaras e os talheres usados rapidamente.

- Ah, dá e sobra, Mai! - Christopher a contraria, comendo mais um pedaço de bolo. - Em 10 minutos você me deixa no escritório, e depois vai para a imobiliária, que é apenas alguns quarteirões a frente.

- Por isso você se atrasa, Chris! - Ela revira os olhos, colocando as mãos na cintura. - Nem sabe como está o trânsito.

- Você é cismada igualzinha sua amiga. - Uckermann balança a cabeça negativamente, se referindo a Dulce. - Ainda bem que meu carro chega hoje.

- Não esqueça que precisamos terminar de empacotar minhas coisas! Eu disse pra Dul que iria pro apartamento dela amanhã. - Maite aponta, enquanto o outro balança a cabeça positivamente, terminando de comer.  - Mas agora vamos logo, além de ser a mais velha, o carro é meu. - Maite dá leves tapinhas em seu ombro.

- Chata. - Ele reclama, antes de se levantar e seguir seus passos.

Do outro lado da cidade, longe das residências aconchegantes do subúrbio, Dulce María estacionava em sua vaga, calçando os saltos antes de sair do automóvel. Suspirando, em passos firmes alcança o elevador, seguindo até o ponto mais alto do prédio. Hoje era um dia diferente, haveriam negociações, sendo assim, seus pais estariam lá.

Passando pelos seguranças e secretárias rapidamente, a mulher não precisava ser anunciada. Todos sabiam quem ela era. Então, apenas adentrou a sala de supetão e sorriu, abrindo os braços.

Convite de PandoraOnde histórias criam vida. Descubra agora