Hell's Secrets

Capítulo 1 - Uma vida quase normal

Os dias estavam finalmente em paz, mesmo tendo uma missão ou outra, o rapaz estava feliz. Estava morando com Magnus no loft do feiticeiro e eles tinham adotado o pequeno Max e também o menino Raphael. A vida estava tranquila para Alec, muitas coisas novas haviam acontecido e seus sonhos estavam se realizando aos poucos, não os sonhos que tinha anteriormente, mas os de agora. Antes de conhecer Magnus tudo o que o rapaz mais queria era agradar o pai e namorar o irmão, sem que isso parecesse horrível; no entanto agora estava "casado" e com dois filhos e não podia estar melhor. Ele não conseguiu ser o chefe do instituto, não conseguiu orgulhar o pai, não conseguiu ter um filho com seus olhos azuis, não conseguiu ficar com Jace, mas estava muito bem com tudo o que havia conseguido. Depois de conhecer o feiticeiro percebeu que o que sentia pelo loiro não era sequer paixão, Jace era apenas um cara muito bonito que o tratava muito bem e a sua carência fez em sua cabeça uma grande ilusão. Magnus era o seu verdadeiro amor, o homem que fazia o seu coração disparar apenas com um sorriso. Eles tinham que enfrentar muitas barreiras é claro, não eram aceitos nem por nephilins e nem por submundanos, mas eram respeitados. Muitas pessoas viam a união deles como uma coisa nojenta e ele tinha que provar para a clave praticamente todos os dias que podia ser o intermediador do submundo junto a eles, pois ninguém o compreendia. As reuniões eram cheias de lições de moral e mesmo que isso parecesse um fardo, o jovem caçador de sombras se tornava mais forte. Depois que adotaram o pequeno feiticeiro e o menino caçador de sombras, suas forças foram ainda mais renovadas e ele se tornou além de marido, um pai e um pai tem que lutar pelos interesses dos filhos. Tudo o que aconteceu na vida de Alec o transformou numa pessoa melhor e definitivamente ele se orgulhava muito disso. Talvez por isso voltar para casa era muito gratificante, porque ele havia construído uma vida e uma família que o amava e ele faria de tudo por eles.

Era uma noite razoavelmente quente quando ele chegou em casa de mais uma missão, ele deveria ter passado no instituto para relatar o incidente com demônios, mas estava cansado demais para fazer relatórios e deixou que Jace fizesse isso. Afinal de contas ele e Clary agora eram os chefes e bom já estavam a par dos acontecimentos, visto que estavam junto com ele. Suspirou entrando na casa completamente silenciosa, não tinha esperanças de encontrar ninguém acordado, já que estavam madrugada adentro. Depois quando o Max dormia, eles aproveitam para dormir já que ele acordava muitas vezes durante a noite deixando tanto ele quanto Magnus exaustos. Alec atravessou o hall tirando a jaqueta de couro que estava vestindo, assim como a calça jeans escura e a camiseta negra um tanto arruinada pelo sangue de demônio indo diretamente para o chuveiro. Sentiu a água gelada cair pelo corpo, tirando aquele cheiro de luta, suor e sujeira, a água gelada o deixava mais calmo e tranquiliza a sua mente, como se todos seus problemas pudessem ir ralo abaixo, depois de cerca de dez minutos saiu, colocou apenas uma boxer preta e se jogou na cama, tentando não acordar o marido... em vão.

- Demorou. – Disse Magnus com um tanto de mãnha na voz, abraçando-o por trás e ajeitando o seu corpo com o dele. Alec se sentiu confortável para se deixar encaixar no abraço do mais velho.

- Desculpe... demorou mais do que eu imaginava. – Disse no meio de um longo bocejo. O jovem Lightwood mantinha os olhos completamente fechados, enquanto sentia as mãos do feiticeiro passear no seu corpo.

- Hum... você está gelado. – Sussurrou Magnus no seu ouvido e o fez rir.

- Eu tomei banho gelado. – Respondeu levando uma das mãos para trás da própria cabeça, encontrando os cabelos naturalmente espetados do outro e massageando o seu couro cabeludo. – O que você quer...? – Perguntou baixinho.

- Muitas coisas... coisas que envolvem arrancar essa boxer e jogar ela lá no corredor, enquanto eu beijo todo o seu corpo. – Magnus beijou a nuca do marido, fazendo seu corpo se arrepiar automaticamente. – Mas você está muito cansado e eu só quero que durma.